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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O improviso nosso de cada dia

Por Robson Rocha

Este ano pela primeira vez em vinte anos de profissão, consegui férias no carnaval.
Eu e a Michele aproveitamos para viajar e voltamos a tempo de ir à Banda Daki. Pulamos bastante e resolvemos fazer uma coisa que há muito tempo eu não fazia. Assistir aos desfiles das escolas de samba de Juiz de Fora.
Mas, de cara deu pra reparar que São Pedro resolveu não tirar folga no carnaval e fomos para a avenida assim mesmo. Como pretendia tomar uma cervejinha, fomos de táxi.

Tomando minha gelada no camarote, comecei a observar os cinegrafistas que estavam trabalhando na avenida. Isso porque a chuva limita muito o trabalho de fotógrafos e cinegrafistas, pois água e câmeras não combinam. Aí, eles têm que garantir boas imagens sem esquecer de proteger o equipamento.
Cada um descolou uma maneira de evitar que o equipamento molhasse.
Infelizmente, não tem como fazer imagens apenas de cima dos camarotes, tem que ir pra pista. O pessoal da TV Alterosa e da TV Panorama estava devidamente equipado com capas nas câmeras, além de capas e botas para os profissionais.

Mas, muita gente teve que improvisar. O moço aí da foto conseguiu prender um guarda-chuvas em sua pequena stead-cam, mas pela altura do guarda-chuva, não sei se protegeu tanto assim sua pequena câmera mini-DV. Mas a idéia é boa e dá pra tentar pensar em alguma coisa lá para a tv.

Contudo não era difícil encontrar câmeras com as melhores tecnologias digitais, CMOS, CCD's, leitura nativa em alta definição... escondidas sob sacolas plásticas e amarradas com barbante. São milhares de dólares protegidos por um material, digamos, reciclado. Mas apesar do visual estranho, o equipamento ficou sequinho.

Já o meu amigo Evandro Carvalho, não ficou nem vermelho. Apesar de estar usando uma capa de chuva de primeira, pegou um saco de lixo mesmo e tratou de embrulhar a câmera. Deu trabalho arrumar a "capa" toda hora. O bom é que ele conseguiu manter a câmera seca.

Alguns profissionais contaram com a ajuda de auxiliares, caso de um outro amigo, o Fernando Barbosa, repórter fotográfico da prefeitura de Juiz de Fora. Quando tinha que descer pra pista, ele contava com o Carlinhos como auxiliar de guarda-chuva.

Mas mesmo quem optou em ficar no camarote não escapava da chuva, pois São Pedro mandava junto um ventinho. Apesar de fraco, era suficiente para nos molhar. Aí a turma da Facom, Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora, se revezava em todas as funções, inclusive na de segurar o guarda-chuvas. Afinal, já vão aprendendo que o trabalho de cinegrafista além de criatividade, tem que ter uma boa dose de "técnica" para proteger nosso ganha pão:
a câmera.