Por Michele Pacheco
Jornalista descansa com o celular ligado!
Parece piada, mas não é.
E, neste ano, parece que está acontecendo de tudo desde que entramos de férias.
As fontes ligam ansiosas para passar as informações e lá vou eu perturbar o pessoal da TV.
Em três dias, foram quatro casos fortes.
Primeiro, me ligaram na manhã de terça-feira para avisar que a PM tinha fechado um matadouro clandestino em Matias Barbosa.
No mesmo dia, o Robson ligou para passar que um policial militar reformado, tinha acabado de matar o genro, no bairro Francisco Bernardino, e sido preso pela PM.
Ontem, às onze da noite, liguei para repassar dados da operação da Polícia Civil que acabou com um Disque-Droga na zona sul da cidade.
Foi a segunda operação de combate ao tráfico de drogas realizada pela Polícia Civil nesta semana. Na segunda-feira, a equipe do GTO (Grupo Tático Operacional) de Entorpecentes e Homicídios foi a um lava-jato no bairro Alto dos Passos e apreendeu 41 kg de maconha.
E hoje, perturbei de novo para avisar de um acidente grave na BR 267, em Valadares, divisa de Juiz de Fora com Lima Duarte.
Estávamos passando pela BR 040, quando os policiais rodoviários federais nos avisaram do acidente com o caminhão-tanque.
Liguei logo para a TV e avisei.
Como o local era no caminho para onde estávamos indo, aproveitamos para ver de perto a situação e registrar tudo para o nosso blog.
A fila de veículos era grande.
Todo mundo parado esperando que a ponte fosse liberada para tráfego em meia pista.
O acidente foi por volta de três da tarde desta quinta-feira.
No local estavam bombeiros, policiais rodoviários federais, fiscais do IBAMA e representantes da Defesa Civil.
Todos avaliavam o impacto ambiental da queda do tanque cheio de álcool combustível.
A Defesa Civil recolheu amostras da água do rio do Peixe para análise.
O objetivo é avaliar se o derramamento de combustível afetou o meio-ambiente. Como o rio está muito cheio devido às chuvas intensas e a carga é biodegradável, os fiscais calculam que o produto deve se diluir sem causar estragos.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, motoristas que passavam pela estrada na hora do acidente contaram que o caminhão-tanque seguia no sentido Lima Duarte-Juiz de Fora.
O caminhoneiro perdeu o controle da direção antes da ponte, o veículo tombou, a carga vazou na pista e pegou fogo.
Uma explosão jogou a cabine longe.
Os eixos ficaram divididos dos dois lados da proteção da ponte.
A cabine e o tanque caíram no rio do Peixe.
O compartimento de carga foi arrastado pela correnteza, indo parar cerca de 50 metros à frente do local da queda.
Olhando de cima, dava para ver apenas a parte de cima.
Parecia que o tanque caiu com as rodas para o fundo do rio e foi arrastado nessa posição.
A retirada vai ser complicada, já que o acesso do guincho ao local vai ter que ser aberto no meio do mato.
A distância é grande demais para esticar os cabos de aço.
Amanhã, as equipes devem retornar ao local para remover o caminhão.
Os bombeiros entraram na água à procura da cabine, onde poderia haver vítimas.
Um bote também foi usado para dar buscas na área ao redor do tanque.
Primeiro, segundo o Tenente Rafael Cosendey, as equipes de resgate desconfiaram de que a cabine teria ficado submersa bem debaixo da ponte.
Mas, os mergulhadores suspeitaram mais tarde que a cabine também tinha sido arrastada.
As buscas seguiram até o início da noite e devem ser retomadas amanhã.
Cinco viaturas e 15 bombeiros foram deslocados para Valadares.
Um homem morreu no acidente. Com a violência da explosão, Sidnei Bernardes do Nascimento, de 30 anos, foi arremessado para fora da cabine, bateu num pilar de concreto na base da ponte e caiu no meio do mato, na margem do rio.
Segundo os policiais rodoviários federais, um médico que passava pela rodovia viu o acidente e parou para prestar socorro.
A vítima ainda estava viva, não tinha documentos e estava muito ferida.
Antes de morrer, o homem teria dito que havia mais gente no caminhão.
As autoridades suspeitavam de que ele seria um passageiro e aguardavam a chegada de um representante da transportadora para confirmar.
Mas, quem reconheceu o corpo como sendo do motorista foi o pastor da igreja frequentada pela vítima.
Com o fogo e os destroços na pista, o trânsito ficou perigoso.
A Polícia Rodoviária Federal interrompeu o tráfego para a retirada dos eixos e de pedaços do caminhão que ficaram sobre a ponte. Terra e areia usadas para apagar o fogo foram varridas pelos policiais, para evitar derrapagens quando os veículos passassem pelo local.
Quem acha que vida de policial rodoviário é só andar de um lado para o outro com o formulário de multas na mão, está enganado.
Garantir a segurança nas rodovias é uma tarefa difícil e que inclui todo tipo de trabalho.