Por 2º Sgt PM Neto - 13ª Cia Ind Mat
Recentemente, o Comando da 13ª Cia de Meio Ambiente e Trânsito de Barbacena colocou em prática o projeto de introdução do aeromodelismo em apoio às atividades operacionais de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário, criado há 1 ano atrás.
Trata-se de um empreendimento pioneiro na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e, inicialmente, está sendo testado como uma importante ferramenta no atendimento de ocorrências relacionadas à flora, a exemplo das queimadas e desmatamentos ilegais.
O aeromodelo, conhecido como “Asa voadora”, tem o formato semelhante a uma asa delta, com envergadura de 1,50m, pesando cerca de 800gr.
O sistema de funcionamento da Asa é composto por: “baterias de lipo”, “motor elétrico de 750 KV” e 01 (uma) hélice 10 X 6 (Com “torque e passo – responsável pela estabilidade e sustentação no ar”).
O vôo tem a duração aproximada de 30 minutos levando-se em conta os ventos leves, o que permite o planeio e as manobras com mais precisão, favorecendo a qualidade dos trabalhos relacionados à captura de imagens de vídeo em tempo real.
Estas imagens são obtidas através de micro – câmera localizada na parte inferior do aeromodelo, as quais são transmitidas para o sistema informatizado na viatura ambiental.
Os vídeos ou fotos ficam armazenados no computador e, após análises referentes às degradações ambientais existentes, desencadeiam-se as operações de cunho repressivo às possíveis infrações detectadas.
Os vídeos ou fotos ficam armazenados no computador e, após análises referentes às degradações ambientais existentes, desencadeiam-se as operações de cunho repressivo às possíveis infrações detectadas.
O projeto, embora, esteja em caráter experimental, já tem demonstrado importantes resultados em relação à descoberta de diversos pontos de desmatamento.
Os desmates são imperceptíveis devido a sua localização (áreas de maior elevação) e a maneira como ocorreu: do interior para a borda da cobertura arbórea.
A borda transmite uma falsa sensação de que a mata encontra-se intacta.
Um fato curioso e, ao mesmo tempo, estratégico é a semelhança da Asa voadora com uma grande ave negra no ar, o que facilita ainda mais o sobrevôo com segurança na região que está sendo monitorada.
O aparelho é controlado por um Policial Militar Ambiental altamente capacitado na área de aeromodelismo.
O controlador recebe as orientações de direcionamento através da equipe que visualiza as imagens de vídeo em tempo real.
A aplicabilidade do projeto revela uma expressiva vantagem relacionada a custo e benefício quando comparado com o emprego de uma aeronave tripulada, por exemplo.
A aplicabilidade do projeto revela uma expressiva vantagem relacionada a custo e benefício quando comparado com o emprego de uma aeronave tripulada, por exemplo.
O aeromodelo além de econômico, utiliza baterias recarregáveis e não poluentes.
A utilização do aparelho é feita de forma criteriosa, seguindo um planejamento de ações compatíveis com as demandas existentes nas frações ambientais da 13ª Cia PM Ind MAT.
A utilização do aparelho é feita de forma criteriosa, seguindo um planejamento de ações compatíveis com as demandas existentes nas frações ambientais da 13ª Cia PM Ind MAT.
Esse mecanismo de monitoramento será de grande valia na proteção do patrimônio natural sob a jurisdição da Unidade, incluindo aí, parte de um dos mais importantes biomas brasileiros que é a Mata Atlântica, além de colaborar, sobremaneira, no mapeamento das atividades operacionais seja na área de meio ambiente ou de trânsito rodoviário.
O projeto é de autoria do Comandante da 13ª Cia PM Independente de Meio Ambiente e Trânsito, Major PM Cláudio César Trevisani. Ainda encontra-se em fase de testes e ajustamentos.Os levantamentos realizados com o emprego do aeromodelo contribuíram para o planejamento e ações desencadeadas na zona rural dos municípios de Desterro do Melo, Alto Rio Doce e Senhora dos Remédios.
A operação envolvendo a 13ª Cia de Meio Ambiente e Trânsito e o Instituto Estadual de Florestas iniciou-se no dia 24 de novembro e, em apenas um dia chegou-se a 9ha (Hectares) de vegetação nativa desmatada, incluindo queimada, áreas de preservação permanente (curso d’água), apreensão de motosserra e 13,5m³ de lenha nativa.
Até o momento foram aplicadas multas no total de R$ 7.750,00 (Sete mil e setecentos e cinqüenta reais).
As atividades operacionais continuarão até o dia 28 de novembro.