Eu nunca tinha feito nenhuma cirurgia.
Depois da cesariana para o nascimento da Olívia, entendi o que todos reclamam sobre a recuperação.Tive sorte e minha cicatrização está sendo muito rápida.
Depois de 23 dias, não sinto mais nenhum incômodo e só senti dores nos dois primeiros dias.
Um adulto tem noção de não poder fazer muito esforço, de como deve agir para se recuperar sem problemas e, ainda assim, muitos têm problemas.Imagine então quando o paciente é uma criança, ativa e sem paciência para o que todos dizem ser o certo.
As cirurgias pediátricas estão muito avançadas.
Nessa semana, Juiz de Fora sediou o V Curso Avançado de Videocirurgia Pediátrica.É o único da América Latina a apresentar técnicas modernas desse procedimento.
A idéia é usar técnica e equipamentos para realizar o trabalho de forma menos impactante para a criança.É o que chamam de cirurgia minimamente invasiva.
Em vez de cortes grandes e que demoram a cicatrizar, são feitos apenas três "furinhos" no paciente.
Em dois entram o equipamento cirúrgico e no terceiro uma câmera que ajuda o médico a ver o
procedimento que está fazendo.Durante o curso, os profissionais treinaram num simulador, onde praticaram sutura em víceras animais.
O evento teve duas etapas.
A primeira foi a prática da técnica no simulador.
A segunda foi com videocirurgias ao vivo.
Doze crianças, todas pacientes do SUS, foram operadas por Edward Esteves, Chefe do Serviço de Cirurgia Pediátrica da Universidade Federal de Goiás, e profissionais de um hospital de Juiz de Fora.Elas eram portadoras de má-formações em diversas áreas.
Nos dois primeiros dias, os participantes tiveram aulas teóricas e práticas.Nos dois últimos, acompanharam as cirurgias e discutiram os casos mostrados.
Alguns profissionais vieram de outros países para aprender a técnica que tem ajudado tantas crianças.
