Quem somos

Minha foto
JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Acidente com morte na Br040 em Juiz de Fora

Por Robson Rocha


O dia estava tranquilo quando chegou a informação de uma manifestação em Correia de Almeida, distrito de Barbacena.
Segundo um morador, são vários acidentes no mesmo trecho e nada tem sido feito para resolver o problema.
Hoje, mais um acidente.
Um caminhão saiu da pista e foi parar no estacionamento de um hotel.
Moradores da região fecharam o trânsito na BR-040, no sentido Juiz de Fora/Belo Horizonte, por quase duas horas, causando um grande congestionamento.
A manifestação foi para pedir sinalização e quebra-molas no local.

 Quando o repórter Evandro Medeiros e eu estávamos indo para Barbacena, nos mandaram voltar ao km 787 da BR 040, em Juiz de Fora.
Passamos pelo trecho e havia dois carros da Concer no local.
Fizemos o retorno e não vimos nada de acidente.
Descemos do carro da TV e nada do carro acidentado.

Os funcionários da concessionária nos explicaram onde estava o carro.
Ele caiu a bem mais de cem metros da estrada.
O veículo não fez a curva, saiu da pista, passou por um pasto, uma estrada vicinal, abriu a vegetação e só tocou o chão depois de bater em uma cerca de arame.
O motorista, de 39 anos, foi atirado para fora do carro e morreu na hora.

Descemos pela estradinha de terra e vimos que, onde o carro bateu no chão, ficou a roda com parte da suspensão e outras partes do Corsa com placa de Mogi das Cruzes.
O veículo ainda capotou por mais de cinquenta metros até parar no meio de um pasto.
O carona de 49 anos foi socorrido e levado para o HPS de Juiz de Fora.

Chegando próximo ao carro, um morador da região disse que o estrago foi pequeno pela violência do acidente e que tinha sido um milagre o carona não ter morrido.
Não havia muita coisa no local.
No meio do mato, alguns panfletos de uma igreja evangélica, uma vasilha de plástico e alguns papeis.

O resultado da perícia deve revelar a possível causa do acidente.
Infelizmente para nós da imprensa, mais uma notícia triste.
Para a Polícia Rodoviária Federal, mais um número na estatística.
Mas, para a família, uma perda irreparável.
É difícil não pensar que em algum lugar havia pessoas esperando pelo motorista.
Agora, restam lembranças e dor naqueles que perderam um parente querido.

Nossa profissão nos obriga a viajar muito.
Depois de cobrir tantos acidentes e tantas tragédias nas estradas, é impossível não se sensibilizar e, até mesmo, sentir um pouco de medo.
Trabalhar como jornalista nos coloca diante de cenas que ninguém gostaria de ver e sempre traz aquela sensação de que poderia ser com alguém da nossa família.