Por Michele Pacheco
Começou hoje, em Juiz de Fora, um evento que busca unir forças no combate à criminalidade.
A 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública foi dividida em três etapas: municipal, estadual e federal.
A primeira está sendo realizada em vários municípios brasileiros.
Em Minas, apenas 10 cidades foram selecionadas como sede das discussões.
É a primeira vez na história do Brasil que a participação popular vai ajudar a definir os novos rumos das políticas públicas de segurança.
Autoridades militares, civis, representantes da sociedade e políticos se reuniram na Escola de Governo para a solenidade de abertura.
Foram definidos 7 eixos temáticos que vão ser debatidos até a próxima quarta-feira.
São eles: gestão democrática de controle social e externo, integração e federalismo; financiamento e gestão política pública de segurança; valorização profissional e otimização das condições de trabalho; repressão qualificada da criminalidade; prevenção social do crime e das violências e construção da paz; diretrizes para o sistema penitenciário; diretrizes para o sistema de prevenção, atendimentos emergenciais e acidentes.
O Inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Wallace Wischansky, elogiou a escolha dos temas e disse que essas abordagens podem ajudar a formar propostas inteligentes e pertinentes.
Além dos assuntos que vão ser discutidos, ele destacou a participação de todos e a união de forças.
Encontramos no evento vários líderes comunitários e pessoas da comunidade envolvidas em projetos sociais. O Negro Bússola, Presidente da Casa de Cultura, que atende crianças, adolescentes e jovens carentes, está otimista com a Conferência. “Esse é um novo modelo de planejamento e reflete a preocupação do governo federal com a opinião do povo e da sociedade organizada” comemorou.
O consultor de mobilização do Ministério da Justiça, Rodrigo Xavier, explicou aos participantes que a etapa eletiva municipal é muito importante.
Dela, vão sair propostas que vão ser discutidas na etapa nacional.
Mas, antes disso, vai ser realizada nas capitais a etapa estadual. Em Minas, ela está prevista para o mês que vem.
O Tenente Coronel Rodney de Magalhães, comandante do 4º Batalhão de Bombeiros Militar, esteve presente entre as autoridades.
Ele comentou que lamenta que o papel dos bombeiros ainda não seja bem compreendido pelos demais órgãos públicos e de segurança pública. “Ainda tem gente que pensa que os bombeiros servem apenas para apagar incêndio e salvar vidas em acidentes. Nossa função é bem maior. Envolve um trabalho preventivo, educativo e social. Gostaria que nossas atividades fossem mais conhecidas” lamentou.
O coronel Anselmo Fernandes, comandante da 4ª Região de Polícia Militar, destacou a participação coletiva na busca por soluções para melhorar a segurança pública.
A Polícia Militar tem intensificado o combate aos jogos de azar e à pirataria.
Sem falar no empenho em retomar o controle em bairros entregues à criminalidade, como a Vila Olavo Costa.
A Polícia Civil também tem rendido boas reportagens.
As apreensões de droga têm colocado a equipe do GTO, Grupo Tático Operacional, em evidência. Isso, sem tirar a importância das delegacias distritais, que têm agilizado a apuração dos crimes.
O delegado Cristino Ribeiro, Chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, comentou exatamente os bons resultados da integração entre as polícias civil e militar implantada em Minas Gerais.
Representantes do Exército e da Polícia Federal também participam das discussões.
Resta torcer para que esse esforço conjunto seja realmente levado à sério e ajude a direcionar as ações futuras ligadas à segurança pública.
Nós, da imprensa, estamos tão acostumados a ouvir promessas de melhorias em todos os setores, que preferimos esperar a conclusão da Conferência e a aplicação das propostas para então acreditar que a iniciativa deu certo.
Quem somos
- Michele Pacheco e Robson Rocha
- JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
- Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Dia Nacional de Incentivo à Adoção
Por Michele Pacheco
A data foi comemorada em Juiz de Fora com um encontro de autoridades e pessoas interessadas no assunto.
A juíza da Vara da Infância e da Juventude revelou que o município tem hoje 218 cidadãos com menos de 18 anos internados em instituições sociais.
A maioria saiu de situação de risco social.
“A droga é um problema sério. Hoje, o traficante é responsável por tirar dessas crianças e desses adolescentes o convívio familiar.
Os pais chegam a vender mantimentos, leite e remédios dos filhos para sustentar o vício” explicou a juíza.
Nos abrigos, a grande maioria dos internos veio de famílias desestruturadas pelo tráfico.
No evento de hoje, foram apresentados problemas e soluções sobre a adoção.
Além do discurso das autoridades, foi apresentada uma palestra sobre os trâmites da adoção.
A palestrante começou dizendo que era uma pena que a gente só ouça falar dos problemas e dos dados estatísticos.
Ela prefere abordar o lado positivo, o que já mudou para melhor e a redução do número de crianças na fila de espera por pais adotivos.
Alguns participantes apresentaram histórias de sucesso sobre adoção.
A secretária de Assistência Social de Juiz de Fora contou que uma campanha de incentivo está sendo planejada no município e deve contar com a participação de pessoas famosas que adotaram ou foram adotadas.
Entre os cotados, está Milton Nascimento. As negociações já estão em andamento.
A data foi comemorada em Juiz de Fora com um encontro de autoridades e pessoas interessadas no assunto.
A juíza da Vara da Infância e da Juventude revelou que o município tem hoje 218 cidadãos com menos de 18 anos internados em instituições sociais.
A maioria saiu de situação de risco social.
“A droga é um problema sério. Hoje, o traficante é responsável por tirar dessas crianças e desses adolescentes o convívio familiar.
Os pais chegam a vender mantimentos, leite e remédios dos filhos para sustentar o vício” explicou a juíza.
Nos abrigos, a grande maioria dos internos veio de famílias desestruturadas pelo tráfico.
No evento de hoje, foram apresentados problemas e soluções sobre a adoção.
Além do discurso das autoridades, foi apresentada uma palestra sobre os trâmites da adoção.
A palestrante começou dizendo que era uma pena que a gente só ouça falar dos problemas e dos dados estatísticos.
Ela prefere abordar o lado positivo, o que já mudou para melhor e a redução do número de crianças na fila de espera por pais adotivos.
Alguns participantes apresentaram histórias de sucesso sobre adoção.
A secretária de Assistência Social de Juiz de Fora contou que uma campanha de incentivo está sendo planejada no município e deve contar com a participação de pessoas famosas que adotaram ou foram adotadas.
Entre os cotados, está Milton Nascimento. As negociações já estão em andamento.
Violência contra a mulher - Vice-prefeito de Palma-MG agride a esposa
Por Robson Rocha
Mas, apesar da maioria das denúncias partirem da camada mais humilde da população, essa violência também atinge as classes mais altas. Porém, segundo especialistas no assunto, mulheres de classe média e alta, preferem não se expor e, em outras vezes, não querem perder as condições econômicas.
Muitas vezes, a violência doméstica atinge a quem legisla.
Foi isso que aconteceu na cidade de Palma, na Zona da Mata Mineira.
A vereadora pelo PSC, Maria Aparecida de Fátima de Paula Titoneli, procurou a polícia militar daquela cidade, no inicio da noite de sábado, dia 23, para prestar queixa contra o marido. José Francisco Titoneli, de 48 anos, vice-prefeito de Palma eleito pelo DEM.
Segundo o boletim de ocorrência(BO: 492/09), por volta das 19h30, a vereadora foi ao destacamento policial de Palma e disse que, ao chegar em casa, encontrou o esposo dela, o vice-prefeito, bastante exaltado. Ocasião em que começaram a discutir. Logo em seguida, segundo ela, o vice-prefeito passou a agredi-la com socos e pontapés causando várias lesões pelo corpo.
A vereadora conseguiu sair de casa e procurou atendimento médico no hospital local.
Segundo o boletim de ocorrência, a vereadora ficou internada em observação até à tarde. Quando saiu do hospital e denunciou o fato.
Esse é o exemplo a ser seguido, independente de classe social, em caso de violência doméstica, denuncie!
Em 2007, um estudo do SerH mostrou que 5.760 mulheres foram agredidas por dia no Brasil e a maioria dos agressores era homem.
Em 2001, a Fundação Perseu Abramo determinou que a cada 15 segundos uma mulher apanha neste país, de aproximadamente 190 milhões de habitantes, dos quais quase 51% são mulheres.
Segundo relatos das vítimas, a maioria das agressões acontece durante a noite, quando o homem desconta na mulher os problemas que enfrentou durante o dia.
Em muitos casos, o agressor age depois de usar bebidas alcoólicas e apresentar como desculpa que estava bêbado. E, a mulher, por uma série de motivos, não denuncia o companheiro.
Esse comportamento dá início ao chamado Ciclo da violência doméstica.
Tudo começa com o homem depreciando a mulher, a coisa vai se agravando. E, por fim, além da agressão moral vem a agressão física.
Aí, muitas vezes, a mulher reage e ameaça ir embora.
Mas, o parceiro se mostra arrependido e, com o comportamento carinhoso do homem, a relação parece melhorar e ela acredita no marido. Em grande parte dos casos, o ciclo da violência reinicia.
Em muitos casos, o agressor age depois de usar bebidas alcoólicas e apresentar como desculpa que estava bêbado. E, a mulher, por uma série de motivos, não denuncia o companheiro.
Esse comportamento dá início ao chamado Ciclo da violência doméstica.
Tudo começa com o homem depreciando a mulher, a coisa vai se agravando. E, por fim, além da agressão moral vem a agressão física.
Aí, muitas vezes, a mulher reage e ameaça ir embora.
Mas, o parceiro se mostra arrependido e, com o comportamento carinhoso do homem, a relação parece melhorar e ela acredita no marido. Em grande parte dos casos, o ciclo da violência reinicia.
Hoje, maridos violentos podem ser presos preventivamente, mesmo sem flagrante.
A pena também foi modificada: em vez de doação de cestas básicas, prisão de até três anos.
Essa lei responsável pelo aumento do rigor na punição de companheiros violentos e também também provocou o aumento das denúncias de violência contra a mulher.
Mas, apesar da maioria das denúncias partirem da camada mais humilde da população, essa violência também atinge as classes mais altas. Porém, segundo especialistas no assunto, mulheres de classe média e alta, preferem não se expor e, em outras vezes, não querem perder as condições econômicas.
Muitas vezes, a violência doméstica atinge a quem legisla.
Foi isso que aconteceu na cidade de Palma, na Zona da Mata Mineira.
A vereadora pelo PSC, Maria Aparecida de Fátima de Paula Titoneli, procurou a polícia militar daquela cidade, no inicio da noite de sábado, dia 23, para prestar queixa contra o marido. José Francisco Titoneli, de 48 anos, vice-prefeito de Palma eleito pelo DEM.
Segundo o boletim de ocorrência(BO: 492/09), por volta das 19h30, a vereadora foi ao destacamento policial de Palma e disse que, ao chegar em casa, encontrou o esposo dela, o vice-prefeito, bastante exaltado. Ocasião em que começaram a discutir. Logo em seguida, segundo ela, o vice-prefeito passou a agredi-la com socos e pontapés causando várias lesões pelo corpo.
A vereadora conseguiu sair de casa e procurou atendimento médico no hospital local.
Segundo o boletim de ocorrência, a vereadora ficou internada em observação até à tarde. Quando saiu do hospital e denunciou o fato.
Esse é o exemplo a ser seguido, independente de classe social, em caso de violência doméstica, denuncie!
A Central de Atendimento à Mulher recebe denúncias de violência doméstica e dá orientações às vítimas.
O número do serviço, disponível em todo o Brasil, é 180.
Disque denúncia - violência doméstica é 0800-283 12 44
Disque denúncia - violência doméstica é 0800-283 12 44
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