Por Michele Pacheco
A exploração clandestina de madeira é um desafio para as autoridades em todos os estados brasileiros.
Tem gente que pensa que só na Amazônia os desmatamentos colocam em risco a sobrevivência da flora e da fauna nativas
Mas, basta olhar com atenção ao nosso redor para perceber os indícios de crime ambiental.
Os policiais militares da 13a Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito faziam uma fiscalização de rotina numa madeireira em São João del Rei e constataram que o dono armazenava 51,5 metros cúbicos de madeira nativa serrada e 37,0 metros cúbicos de toras.
O fato não teria chamado atenção, se o material não fosse quase todo Jacarandá.
As árvores de madeira de lei são muito cobiçadas no mercado.
Para atender à demanda nacional e internacional, muitos comerciantes de madeira tentam driblar as autoridades.
Eles derrubam sem autorização as árvores e vendem ilegalmente a madeira.
As formas de escoar o produto sem chamar atenção dos fiscais são cada vez mais ousadas.
Um simples caminhão transportando lenha pode ser a camuflagem para levar aos compradores o material tão procurado.
Por isso, a Polícia Militar e os órgãos de fiscalização estão sempre atentos às denúncias e reforçando as vistorias.
O comerciante de São João del Rei estava sem documentação que acobertasse um total de 88,5 metros cúbicos de produtos e subprodutos da flora nativa.
Diante da ilegalidade, ele foi preso em flagrante delito e levado para a Delegacia de Polícia.
Foi lavrado auto de infração do IEF no valor de R$ 13, 000,00 (treze mil reais) e a madeira foi apreendida.