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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Bejani volta à prefeitura

Por Robson Rocha

A volta de Bejani à prefeitura de Juiz de Fora deu trabalho pra galera da imprensa.
Tá pensando que vida de jornalista é fácil?! Chegamos cedo pra esperar a chegada.
O Carlos Mendonça, repórter fotográfico do jornal “O Tempo” e eu, depois de sairmos mal na foto de ontem, nos forçamos para mudar o “tamanho” da nossa imagem.
O difícil é ficar sem respirar quando a Michele vai bater a foto.
Ela demora demais!!!!

Brincadeiras à parte, os funcionários da prefeitura desceram e se juntaram aos políticos, sindicalistas e a populares que esperavam a chegada do chefe do executivo.
Enquanto isso, o pessoal da imprensa se embolava para conseguir um melhor lugar.
Aí, pela cara de choro do João Schubert, repórter fotográfico do jornal Panorama, parece que nosso amigo, o cinegrafista da prefeitura, Maurício Mazzei deu um pisão no John John. O flagrante é do Carlos Mendonça!

Mas, em nome da união da classe que produz imagem jornalística em Juiz de Fora, cinegrafistas e fotógrafos se reuniram para essa foto histórica.
Peguei pesado, mas é que a foto registra, somando a idade da galera, uns 400 anos de imagens.
O mais novinho aí, sou eu. Ré, ré, ré...

Durante a espera os grupos acabam, em alguns momentos, se espalhando. A maioria não parava de falar, mas ninguém perdia de vista nenhum carro que chegasse. Gravamos tudo e o jeito era aguardar a chegada de Bejani. Enquanto isso, a Michele esperava tranqüilamente o motoboy para levar as fitas conversando com o Mauro, da Defesa Civil. A Patrícia, repórter da tv Panorama, estava meia enrolada para segurar tanta coisa e escrever ao mesmo tempo.
E, a toda hora, se lembrava do dead line.

Quando o prefeito chegou, a luta por espaço começou. Era um mundo de gente! Quinhentas pessoas querendo cumprimentar o prefeito e a gente da imprensa tentando garantir uma imagem.
Fui sendo levado pela multidão e gravando o Bejani e o povo em volta dele. Em determinado momento ele quase chorou, emocionado com o carinho do pessoal. Garanti a imagem, mas só não cai de costas no degrau porque não havia espaço pra cair. A senhora que estava atrás de mim ficou espremida. O máximo que pude fazer foi pedir desculpas.

Acho que andamos uns cinqüenta metros até a entrada do prédio da prefeitura, mas pareceu uma eternidade. A Michele foi espremidinha, mas fez a entrevista. E eu, quando cheguei no saguão, me vi no reflexo e estava parecendo um urso panda com mancha em um olho só. O visor da câmera estava marcado na minha fuça.
Subimos rapidamente para o nono andar, Bejani chegou logo depois e foi para o gabinete. Tentei fazer a imagem dele entrando, mas não deu. Era muita gente.
Dali, saímos e aguardamos para gravar uma entrevista exclusiva com o prefeito.
Mas, agora vou tomar uma cerveja e a Michele conta essa história pra vocês, logo abaixo.

Bejani dá entrevista exclusiva à TV Alterosa

Por Michele Pacheco

Depois de ser solto e retornar a Juiz de Fora na última terça-feira, o prefeito Alberto Bejani voltou ao trabalho. Ele enviou ofício à Câmara Municipal ontem à tarde, comunicando o cancelamento das férias que tinha pedido e avisando do retorno ao cargo. Hoje, por volta de onze e meia da manhã, o prefeito de Juiz de Fora voltou à prefeitura e foi recebido por uma multidão de 500 assessores, políticos, servidores municipais e eleitores. Todos disputando espaço para dar um abraço e demonstrar apoio.

Bejani chegou com a mulher, Vanessa Loçasso Bejani. No caminho, ele recebeu um cumprimento afetuoso do vice-prefeito José Eduardo Araújo. No gabinete, o prefeito chamou um a um todos os aliados que estavam presentes para uma conversa. Depois de uma reunião com os secretários, ele conversou com exclusividade com a nossa equipe.

Logo que entramos, Bejani deixou claro que estava disposto a responder a qualquer pergunta. Ele comentou o trabalho da imprensa no caso, dizendo que ficou surpreso com o fato da prisão dele ter tido de todas as empresas mais divulgação do que a prisão dos outros prefeitos e do juiz detidos na Operação Pasárgada, da Polícia Federal.

Sobre as denúncias de fraude no repasse de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (pela denúncia da Polícia Federal, os prefeitos detidos pagavam um advogado e lobista para negociar sentenças favoráveis para a liberação do recurso a municípios com irregularidades, em especial dívidas com o INSS, o que seria o caso de Juiz de Fora), Bejani negou qualquer envolvimento e disse que a cidade recebeu os recursos porque a dívida com o INSS desde a administração anterior está sendo paga. Ele foi duro ao criticar o INSS, afirmando que o órgão sim é que deveria ser investigado, já que reteve de forma irregular o dinheiro dos municípios. Segundo Bejani, o INSS deveria descontar 6% das prefeituras, mas estaria há alguns anos trabalhando com descontos de 9%, o que significa que as cidades deveriam ter reembolso dessa diferença e não tiveram. Ele desafiou os responsáveis pelo INSS a provar que há irregularidades.

Sobre as armas encontradas na casa dele, o prefeito voltou a afirmar que a pistola 9mm apreendida não é de uso exclusivo das forças de segurança. Ele reforçou o depoimento exclusivo do ex-policial civil, e agora empresário, Mauro Fusco ao Jornal da Alterosa.

Fusco disse que a arma foi adquirida por ele em 97, como presente de um amigo, e já saiu da loja no centro de Belo Horizonte com nota fiscal e registro no nome do então inspetor da Polícia Civil. A pistola seria uma 9mm short, ou seja 9mm curta, com munição menor e menos potente do que a usada pelas forças armadas e por alguns policiais. Bejani lembrou que ficou preso na Penitenciária Nélson Hungria, de segurança máxima, por 11 dias a mais que os outros detidos. O motivo seria a posse ilegal de arma de uso restrito. Argumento que foi derrubado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O prefeito contou que a apreensão foi ilegal e um dos desembargadores chegou a sugerir que as armas fossem devolvidas.

A imagem do dinheiro encontrado na casa do prefeito de Juiz de Fora, um milhão 120 mil reais, chocou muita gente. Perguntamos se poderia explicar a origem daquele dinheiro. Ele disse que só não tinha levado os documentos para a entrevista, porque os advogados dele pediram que esperasse até a próxima semana. Mas, afirmou que vai divulgar logo esses documentos. Ele pretende conversar com o governador Aécio Neves sobre o que viu e viveu na penitenciária, em Contagem. Um dos pontos que chamaram a atenção dele foi a situação dos agentes penitenciários, que não têm nenhuma garantia de que vão voltar ao trabalho no dia seguinte, que estão em contato constante com integrantes de facções perigosas, como o PCC, sem ter como se defender das ameaças. As condições dos presos também chocaram Bejani, que afirmou que, daquela forma, ninguém sai recuperado.

Sobre o futuro político, Bejani disse que está mais preocupado agora em cumprir o mandato até o fim, que não está pensando ainda na eleição deste ano e que não sabe se vai continuar na vida política. Para ele, o mais importante neste momento é rebater todas as denúncias e provar que é inocente. A entrevista está sendo exibida pelos jornais da TV Alterosa. Ela já foi ao ar hoje, no Jornal da Alterosa 2ª Edição e deve ser repetida nos telejornais dessa sexta-feira. Quem não puder assistir, pode ver o material mais tarde no site da TV Alterosa, http://www.alterosa.com.br/ A partir de amanhã à tarde, a entrevista vai estar também no site de Juiz de Fora www.alterosa.com.br/jf

Homem passa a noite algemado pelos pés na porta da carceragem por falta de vaga em cadeia de Minas

Por Silvan Alves
Jornalista da TV Atividade

Um muriaeense foi preso ontem (23) por volta das 18 horas, depois de ter contra ele, um mandado de prisão por pensão.

Ao ser levado para a Delegacia Regional de Polícia Civil de Muriaé, foi surpreendido pela falta de vagas, uma vez que a cadeia está interditada a cerca de um mês. E o jeito foi improvisar.
Algemado pelos pés, ele passou a noite na calçada enfrente a carceragem, no interior da DP.

Hoje pela manhã ele continuava lá.
O homem evengélico confirmou sua prisão por não ter pago a pensão de quatro filhos:
"antes eu pagava meio salário, agora estava pagando R$ 120,00, porque não tenho condições de pagar mais".

O valor atual do atraso pode estar R$ 1.500,00.
Segundo informações o homem fora levado para o albergue, que também funciona dentro na cadeia.
Na Delegacia de Polícia Civil fomos informados que não há vagas em Muriaé e nem nas cadeias vizinhas, que é para onde foram feitas várias transferências.
Será que essa situação vai continuar?
Amanhã teremos pessoas presas pelos corredores?