A Rotam fazia uma operação de rotina, quando a equipe do
Sargento Claudinei recebeu uma denúncia de que havia tráfico de drogas em
andamento no bairro Ponte Nova.
Os PM's deslocaram para lá e viram uma mulher correr até uma
casa ao avistar a viatura.
Eles foram atrás dela e chegaram a um adolescente de 17
anos.
Na casa dele estavam 40 buchas de maconha, 18 pedras de crack e 32
papelotes de cocaína.
Além disso, os policiais encontraram um revólver calibre 22
e sete munições.
O adolescente apreendido, a mulher detida e o material
encontrado foram encaminhados à delegacia de polícia civil.
A cidade de 3200 habitantes está de luto e chocada com a
violência sem explicação.
Daniela de Paula, de 32 anos, estava cumprindo o primeiro
mandato da vida dela como vereadora e era coordenadora do Procon na cidade.
Ela foi encontrada morta no banheiro do órgão de defesa do
consumidor.
Foi o marido quem encontrou o corpo.
O assassinato foi na quarta-feira pela manhã.
A Polícia Civil de Leopoldina investiga o caso e suspeita
que o assassino usou um silenciador, já que ninguém ouviu nada.
A cidade não tinha registro de assassinato há 15 anos e
ninguém entende o motivo do crime.
Conversamos dom parentes e moradores e todos afirmaram que a
Daniela era uma pessoa alegre, tranquila e não tinha inimigos.
O pai me contou que a filha e o genro moravam na casa dele e
tinham um bom relacionamento.
O Secretário Administrativo da Câmara Municipal de Argirita
contou que a vereadora não tinha problemas no trabalho e se dava bem inclusive
com a bancada de oposição.
Ela apresentou algumas propostas nos 100 dias de vereança.
Os de maior destaque foram o projeto de castração de animais
de rua para diminuir essa população e o pedido de utilização de parte de uma
verba que a prefeitura recebeu em asfaltamento de bairros.
A polícia civil não descarta ninguém nem nenhum motivo.
Pode ser um crime passional, apesar de ninguém saber de
nenhum indício nesse sentido.
Pode ser um crime político, já que ela foi a segunda
vereadora mais votada na última eleição.
E pode ser um crime relacionado a algum problema que ela
estivesse acompanhando no Procon.
Enfim, a única certeza é de que a polícia vai ter um
trabalho e tanto para descobrir a razão do assassinato.