Por Michele Pacheco
Começamos o dia registrando o frio que deixou todo mundo encolhido e cheio de agasalhos.
Desde segunda-feira, Juiz de Fora está gelada.
O tempo fechado dá uma preguiça danada!
A vontade é de ficar sob as cobertas, com um bom livro e uma caneca de chocolate quente.
Mas, temos que trabalhar.
O jeito é reforçar a quantidade de roupas de frio e enfrentar a temperatura baixa.
Nas bancas do centro da cidade, as manchetes dos jornais chamam atenção de quem passa pelas ruas.
Todo mundo acha um tempinho para parar e se atualizar sobre o caso do ex-prefeito Alberto Bejani.
O escândalo político já é apontando como o mais grave de Juiz de Fora.
Bejani renunciou depois de ser preso pela segunda vez pela Polícia Federal, na continuação da Operação Pasárgada.
As denúncias são de enriquecimento ilícito e recebimento de propina de várias empresas.
Desde abril, Bejani tenta se livrar das acusações.
Ele apresentou documentos e indicou testemunhas.
Mas, deu tudo errado.
Como uma novela trágica, os juizforanos acompanham cada capítulo e têm reações que vão desde a revolta até a incredulidade.
A Polícia pôs em cheque a autenticidade dos contratos apresentados e os depoimentos foram um tiro pela culatra.
Testemunhas importantes, como o empresário Marcelo Abdala, que teria comprado a fazenda do ex-prefeito e pago o dinheiro que foi encontrado na casa do Bejani, voltaram atrás e negaram tudo.
O relatório da CPI da Câmara Municipal foi entregue nessa segunda e citou alguns assessores de Bejani, além do ex-prefeito.
Enquanto a população de Juiz de Fora busca notícias, a Polícia Federal busca mais provas.
No meio da manhã, fomos deslocados para uma concessionária da família Carapinha, onde os policiais federais apreenderam 5 veículos.
Lembrando: Francisco Carapinha, o Bolão, foi preso na última quinta-feira junto com o pai e o irmão.
Eles são suspeitos de pagar propina ao ex-prefeito e atuar num esquema de lavagem de dinheiro.
No local já estava a equipe do jornal Tribuna de Minas.
O repórter fotográfico Olavo Prazeres e o Robson se posicionaram para não perder nenhum detalhe do comboio, que deixou o shopping automotivo na Av. Desdedith Salgado e seguiu para a Delegacia da Polícia Federal.
Foi preciso parar o trânsito, para que os policiais saíssem com os carros apreendidos.
Um sexto carro foi recolhido numa loja dos empresários no centro da cidade.
Os veículos seriam usados num esquema de lavagem de dinheiro montado por Bejani e Francisco Carapinha, o Bolão.
O empresário é mostrado no vídeo divulgado pela revista Época. Os dois aparecem no escritório de uma das lojas negociando propina para liberar o aumento no preço da passagem. Foi na mesma loja em que os policiais federais apreenderam o sexto veículo.
O trabalho continuou na parte da tarde.
Nós seguimos para outra pauta. Os moradores do bairro Santa Tereza ligaram para a TV reclamando da retomada das obras no Hospital Albert Sabin. Em março deste ano, um deslizamento de terra causou rachaduras em duas ruas e em várias casas. Na época, algumas famílias acreditavam que a obra de ampliação do hospital, que fica no alto do morro onde houve a instabilidade, seria responsável pelos problemas.
A Defesa Civil demoliu 14 moradias e a encosta está sendo recuperada, para evitar outros riscos.
Chegamos no bairro e vimos um guindaste sendo usado para encher uma laje nos fundos do hospital, logo acima da área atingida.
O Reinaldo Freesz, presidente da Associação dos Moradores do Bairro Santa Tereza que tiveram as casas demolidas, estava revoltado com a falta de informação e providências.
A obra foi embargada logo que os deslizamentos de terra começaram.
Ele reclamou também que até agora os moradores não tiveram uma definição sobre o pagamento das indenizações prometidas pela prefeitura.
Registramos a reclamação e esperamos retorno da Polícia Civil sobre o laudo do Instituto de Criminalística.
Antes de voltar à TV, corremos ao bairro Bairu, onde houve um acidente de trânsito. Num cruzamento da Praça da Baleia, um motorista não parou onde deveria e bateu num Fusca que vinha na preferencial. A estudante que estava no fusca ficou ferida e foi socorrida por moradores. Os dois veículos bateram no muro de uma casa. Os estragos não foram grandes, mas o susto vai demorar para ser esquecido.
Quem somos
- Michele Pacheco e Robson Rocha
- JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
- Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...
terça-feira, 17 de junho de 2008
Professores param a BR 116 por melhorias nos salários e nas condições de trabalho
Do www.interligadonline.com
Uma manifestação programada para as principais rodovias do estado teve em Muriaé um dos seus pontos de apoio, para os professores da rede estadual de ensino, da Zona da Mata.
Às 15 horas, conforme previamente combinado, com faixas, bandeiras e apitos, centenas de professores, realizaram uma paralisação nas pistas centrais da BR 116, distribuindo panfletos e chamando a atenção de todos que por ali passavam em relação a melhorias nas condições de educação, salários e respeito por tudo que desenvolvem no setor.
Para Sandra Lúcia Couto Bittencourt, uma das diretoras estadual do Sind Ute (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), a manifestação, acompanhada da paralisação de 24 horas foi realizada para chamar a atenção das autoridades e fazer com que, principalmente os caminhoneiros possam levar para fora de Minas Gerais, a realidade do ensino no Estado, diferente do que é propagado pelo Governo Estadual.
“Precisamos fazer com que outros estados conheçam a realidade de nossos salários e do ensino de Minas” Concluiu a diretora.
Durante a manifestação diversos caminhoneiros furaram o bloqueio promovido pelos professores, subindo nos canteiros e passando para outras pistas, com a intenção de seguirem viagem.
Fonte: www.interligadonline.com
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