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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Correr do tiro ou em direção ao tiro - dúvida exclusiva de repórter

Por Marcelo Lima
Repórter da Rádio Solar

Esta semana tive a agradabilíssima surpresa de encontrar nos corredores da 7ª DRPC, uma companheira diária de pautas que após ter sido promovida passou a gozar do conforto da redação do jornal Tribuna de Minas, abandonando de vez os colegas de “porta de cadeia”.
Reencontrá-la é a certeza de reviver histórias Fora do Ar das mais engraçadas.

Famosa por seu jeito distraído, o que não a impede de ser uma excelente repórter, essa amiga que por timidez vou poupá-la da identificação, protagonizou uma das passagens mais engraçadas da minha curta carreira profissional.

Certa vez, formavam uma roda no corredor da Sétima Delegacia, eu, ela e um delegado, quando um tiro foi disparado dentro de uma das salas. Em poucos segundos, dezenas de policiais com armas em punho corriam na nossa direção. Sem saber se procurava de onde havia partido o tiro ou se abrigava de possíveis novos disparos, essa colega permaneceu estática com o bloco de anotações na mão.

Como avaliei que não havia muito tempo para pensar, puxei-a em direção ao estacionamento, onde descolei um esconderijo à altura do utilizado por Bin Laden (seja lá onde for que ele se localize); um espaço entre o abandonado rabecão da Polícia Civil e uma reforçada coluna de concreto, onde só cabia um repórter de aproximadamente 2 metros de altura e sua diminuta colega de profissão. Por ali ficamos até que a poeira baixou e conseguimos apurar o que havia acontecido.

Em outra ocasião, o Secretário de Defesa Social do estado aterrissou no pátio da 7ªDRPC no indefectível helicóptero “Carcará” da Polícia Civil.
Jornalistas fizeram montanhas de perguntas, o Secretário respondeu e voltou apressado para a aeronave. Eu e minha distraída amiga trocávamos informações em meio ao barulho ensurdecedor que o aparelho fazia ao decolar, quando ela dispara reclamando do barulho do helicóptero:- Puxa, esqueci de perguntar isso, preciso voltar e apurar com o Secretário! Infelizmente não foi possível porque o helicóptero já sobrevoava a delegacia em direção a Belo Horizonte, sem que minha colega percebesse que levava o Secretário que ela havia visto embarcar. Enfim, costumo brincar com ela: Se uma Kombi rosa guiada pela Isabelita dos Patins passar com as meninas Super Poderosas de carona pela avenida Rio Branco, domingo de manhã, ainda assim há risco dela não ver porque estava distraída.

Seja bem vinda de volta, amiga.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Humberto Mauro – A história do pai do cinema nacional virando lixo

Por Robson Rocha

Em abril de 1997 fui a Volta Grande e Cataguases gravar matérias sobre os cem anos de Humberto Mauro. O cineasta mineiro que sonhou em transformar sua terra natal em uma Hollywood brasileira. Pra isso ele construiu ao lado de sua casa, em Volta Grande, o Estúdio Rancho Alegre.
Asssiti a alguns filmes dele e fiquei impressionado com os enquadramentos (fotografia). Ele conseguia ângulos maravilhosos e dá a sensação que ele gostava de arriscar, de fazer coisas diferentes do padrão da época.

Conheci a família de Humberto Mauro na casa dele, na cidade de Volta Grande. Na residência existem algumas peças que ele inventou, como o lustre da sala. Ele criou um mecanismo para que o lustre tenha uma altura variavel. No estúdio apenas um galpão e pequenas salas vazias, que no passado eram camarins, cabines de gravação, etc.O estado dos imóveis naquela época já não era bom e os filhos lutavam para manter o patrimônio do pai, a casa e os estúdios Rancho Alegre.

Tive o prazer de conhecer o Zequinha Mauro, um senhor, que foi super-simpático com a gente e que tinha um bom gosto para escolher uma cachacinha.
Ele nos deu uma aula de cinema, sabia muito de como tirar boas imagens de coisas simples.
Mas ele estava muito preocupado com o estado da casa e dos estúdios. Apesar de toda festa pelos 100 anos do pai, nada estava sendo feito para recuperar o local onde boa parte dos filmes de Humberto Mauro foi produzida.
Zequinha morreu em dezembro de 2002 sem conseguir a recuperação.

Em 2004, voltamos em Volta Grande e o que encontramos foi um total abandono. O galpão onde eram feitas as filmagens totalmente depredado. Quando entramos onde era a sala de áudio, ficamos sem palavras. Simplesmente, tudo destruído. Vandalos entraram arrancaram tacos, fizeram fogueiras dentro da sala e danificaram até o teto.

Simplesmente, parte da história do cinema nacional está virando, ou melhor, virou lixo. Aí a gente nota que em um mundo capitalista não existe respeito pela história, é cada um olhando para o seu umbigo. Se não dá pra levar vantagem, deixe a história virar lixo.
Mas vendo a casa de Humberto Mauro e andando pelo quintal da casa, você começa a viajar no tempo e é impossível não admirar a determinação desse cara que é conhecido como o “Pai do cinema nacional”.

E me lembro do Zequinha contando como eram produzidos os filmes, naquele cantinho de Minas.
O ultimo filme de Humberto Mauro, “Canto da Saudade”, foi rodado no Rancho Alegre.

Existem projetos para recuperar o espaço, mas nenhuma verba é aprovada para que isso aconteça. O projeto foi arquivado pelo Ministério da Cultura em 2005. E a memória de Humberto Mauro vai morrendo aos poucos. Assim como aos poucos o estúdio está acabando. Se alguém quiser conferir, o endereço é:
www.cultura.gov.br/salic4/index.php?pronac=046658

Estivemos gravando em Volta Grande nessa terça-feira, 15 de janeiro e o que vimos mais uma vez foi um prédio abandonado e mais castigado pelo tempo. Mais uma vez tive a sensação de que o Rancho Alegre é um lixo para a história do cinema nacional, por isso tem que ficar “jogado em um canto”. Mas quem sabe alguém se interesse em “reciclar esse lixo que sobrou do cinema nacional?”


Dia 18 de janeiro começa a 11ª Mostra de Cinema de Tiradentes. Será que alguém vai se lembrar de Humberto Mauro? Com certeza! Talvez até alguém do Ministério da Cultura faça um discurso elogiando o cineasta mineiro. Mas não vai dizer que o Rancho Alegre está caindo aos pedaços, junto com o passado do cinema nacional.

É difícil avaliar, existe dinheiro do Ministério da Cultura pra tanto lixo que é produzido no Brasil e não existe verba para recuperar um importante capítulo da história do cinema nacional.

Que pena!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Me empresta a sua dentadura?

Por Aline Veroneze
www.averoneze.blogspot.com

Olá pessoal, tenho que contar aqui uma história que o cinegrafista Robson Rocha já fez o favor de contar pra toda TV Alterosa e matar todo mundo de rir.

Fomos fazer uma matéria sobre um conjunto habitacional na região de São Pedro. Setenta famílias, desabrigadas pela chuva há 3 anos, receberam da prefeitura casas populares.

Primeiros dias do ano... Que planos tinha quem começava 2008 com a casa própria de presente?

A produção colocou na pauta o nome de uma moça. Bati na casa dela, demorou uns minutos para me atender... Disse que estava dormindo, com a casa desarrumada, que ninguém tinha avisado। Muito sem graça me falou que o marido não queria que ela gravasse, mas se prontificou a arrumar outra pesoa para falar comigo.Algum tempo depois ela me apresenta a mãe dela.

Eu pergunto se ela pode me mostrar a casa, falar do período em que a chuva derrubou sua moradia, dos últimos 3 anos sem lar e dos planos para o ano que começava...

Ela me respondeu:

- Só não reparar a casa está um pouco bagunçada.

- Claro que não! afirmei.

Ela completou:

- "Só espera um minutinho que eu vou tentar arrumar uma dentadura emprestada!"


Não vou comentar como foi a entrevista, nem como reagi à vizinha, do lado de fora, sem dentadura, esperando a sonora terminar para acabar de tomar o café da manhã...

domingo, 13 de janeiro de 2008

Cachaça de Minas - Bom pra tudo.

Por Robson Rocha

Uma das coisas que herdei do “Seu” Antonio de Pádua Castro, mais conhecido como Curió, foi o gosto pela boa e velha "pinguinha". Ele tinha o hábito de sempre, antes das refeições, tomar “uma” para abrir o apetite.
Aos domingos pela manhã, era sagrado, eu e ele nos assentarmos na varanda dos fundos pra bater papo e tomar nossa "cachacinha". É claro. Com um bom tira-gosto.
Infelizmente ele se foi antes da hora e não foi por causa da "branquinha". Mas me deixou no sangue o gosto pela “marvada”.

Não sou daqueles que toma uma todo dia, como diz a Paula, minha filha, sou um degustador de "pinga".
Mas Minas é um produtor de respeito no que diz respeito à “água que passarinho não bebe” e nas nossas andanças encontramos de grandes a pequenos produtores. E logicamente, tenho que provar a "caninha" e muitas vezes levar um bom exemplar para casa. Só não entendo como não consigo fazer minha coleção crescer, mas tudo bem, não vamos entrar em detalhes.

Talvez a culpa seja da minha cabacinha.

Um dos alambiques mais interessantes é o de Coronel Xavier Chaves, tido como o mais antigo do Brasil e, o melhor é que continua produzindo uma *cachaça de qualidade.
Bem pertinho dali em Resende Costa, estávamos fazendo uma matéria sobre móveis de demolição e havia um bar todo feito com esse material, com muitas garrafas de “água benta” e fui “obrigado” a experimentar o melhor “suco de cana” que já tomei. Isso pois o entrevistado estava nervoso, foi tomar “uminha” e tive que acompanhá-lo.
Quando acabamos a gravação, tentei comprar algumas garrafas de “elixir”, mas ele não quis me vender. Me doou alguns exemplares do “produto artesanal” e não pude recusar(é falta de educação).

O bom mesmo é fazer cobertura de exposição agropecuária. Ali as “arrebenta-peito” estão todas à mostra, esperando para serem degustadas no 0800, quer dizer, de graça!
A santinha” é tão boa que até a Michele que jura que não bebe, já provou e aprovou.
Pois nem fez cara feia.

E quando o tempo está frio, nada melhor que uma “garapa-doida” pra esquentar o corpo. Costuma até dar uma vontadezinha de trabalhar depois de bicar uma “tira juízo”.

São João Del Rei tem um bar do qual já virei freguês, é o Bar do Zotti. Ele tem um “xarope de cana” com mel que é uma maravilha e no inverno, que em São João é caprichado, esquenta o corpo.

Até quando saio de férias as “fábricas” de “chá de cana” me atraem.
Na nossa lua de mel fomos para Penedo, na serra da Mantiqueira na divisa entre os estados do Rio e de São Paulo. Um lugar tranqüilo e muito bonito. Uma vez que já havia parado de fumar, decidi não beber, mas quando chegamos na pousada a primeira coisa que li, quando o funcionário nos mostrava o lugar foi:
RESERVA ALCOOLOGICA”. Falar o quê?

Saímos para dar uma volta nos lugarejos ao redor de Penedo e lá estávamos nós, em uma fazenda antiga maravilhosa. A fazenda da Capelinha, a caminho de Visconde de Mauá. Tiramos fotos na fachada da imponente construção, mas o melhor estava do lado de dentro.

Inúmeros tonéis com um "líquido precioso".

Cheguei a conclusão que parar de fumar não foi difícil e foi muito bom, mas não posso parar de degustar meu “assovio de cobra”.

Vou parando por aqui que está me dando uma vontade de “molhar o bico”.

*O nome Cachaça vem do espanhol “cachaza” que é o nome de uma aguardente feita da casca de uva.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Dieta Infalível

Por Michele Pacheco

A profissão de jornalista contraria todas as regras da boa nutrição.
Quantas vezes fomos trabalhar imaginando ter um dia normal de serviço e tivemos que viajar às pressas ou estourar o horário em função de alguma matéria complicada de última hora. Lembro de quando entrei na TV Alterosa, em 97. O ex-presidente Itamar Franco estava em Juiz de Fora e muito se especulava sobre o destino político dele. Resultado: plantões e mais plantões na porta do edifício onde ele morava, no centro da cidade. Algumas vezes, chegávamos por volta de oito da manhã, ficávamos à espera de alguma informação dos assessores e só no fim da tarde conseguíamos a entrevista. Arredar o pé poderia ser um problema, já que o ex-presidente era imprevisível. Passava a manhã toda informando que não atenderia a imprensa e, sem mais nem menos, aparecia e falava com quem estava na porta. Assim, as chefias de todas as redações passavam a mesma ordem: fiquem até o fim. O difícil era encontrar posição para ficar na espera. Os canteiros da entrada do prédio já tinham sido tão judiados de plantões da época em que Itamar era presidente, que o condomínio colocou uma mureta vazada, cheia de ganchinhos que nos torturavam. Com dor ou não, cada milímetro de canteiro era cobiçado. Até rodízio a gente fazia. Na hora do almoço, vinha o dilema. Quem tinha mais equipes providenciava a rendição. No nosso caso, éramos só eu e o Robson. O jeito era apelar para o fast food. O McDonalds faturou um bocado às nossas custas.

Por falar na lanchonete, demos um susto uma vez num atendente. Trabalhamos pela manhã e já estávamos contando os minutos para o horário terminar e irmos almoçar, quando veio a notícia de tumulto no cadeião de Juiz de Fora. Corremos para o Ceresp e ficamos na porta esperando notícias. Para nosso azar, a barraca de lanches que funcionava em frente estava fechada. Solução: fast food! Perguntei aos colegas quem estava interessado num lanche, anotei os pedidos e fui para um canto de um barranco onde o sinal de celular era um pouco melhor. Eu me contorci toda para conseguir falar bem. O atendente anotou o monte de pedidos, avisei que as notas deveriam ser fechadas em separado e ele perguntou o endereço para a entrega. Quando eu disse que era no Ceresp, o homem virou uma onça! Disse que eu estava atrapalhando o serviço dele, que trote era coisa de gente à toa... Meu estômago roncando, o pescoço doendo, o pessoal cobrando... Perdi a paciência. Expliquei que eu estava desde as sete da manhã trabalhando, em jejum, que eu era funcionária da TV Alterosa e que se ele tinha dúvidas, que ligasse para a empresa e confirmasse. O cara ainda ficou na dúvida, mas pegou o número da TV. Alguns minutos depois, eu tornei a ligar e ele disse que iria liberar o pedido. Esperamos uma hora e meia! Eu já estava achando que eles tinham desistido, quando o pessoal da PM veio debochando que a minha entrega estava barrada na entrada do Ceresp, na parte de baixo do morro. Um motorista de um jornal se ofereceu para descer de carro e buscar, já que à pé era muito longe. Enfim, comemos os sanduíches frios e as batatas murchas como se fossem manjares dos deuses.
Rebeliões são sempre um atentado contra o nosso estômago.


Durante a rebelião na Penitenciária Arioswaldo Campos Pires, em Juiz de Fora, eu e o Robson passamos as cinco noites na porta da unidade. Além do frio intenso, enfrentávamos a fome. Depois de sofrer na primeira noite, nós ficamos espertos. Sempre levávamos biscoitos, água e até uma garrafa térmica com chocolate quente. Como equipes de jornais, da outra emissora de TV e das rádios nos acompanhavam nos plantões noturnos, a gente sempre dividia alguma guloseima. Teve uma noite, que resolvemos pedir uma dobradinha com feijão branco, de um restaurante que adoramos. A entrega foi rápida. Mas, ao abrir as sacolas descobrimos que não tinha colher! O Robson não pensou duas vezes. Passou a mão no pão de alho que eu pedi e foi até a guarita. Pediu socorro a um policial e trocou meu pãozinho por duas colheres emprestadas. Com a fome que eu estava, nem me importei!


A última desventura gastronômica que tivemos foi durante a invasão da reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora. Só para variar, ficamos sem almoço. O repórter Bruno Sakaue, da TV Panorama, foi o anjo da vez. Ele disse que iria comprar alguma coisa para comer e perguntou quem queria algo. Cada um fez seu pedido e lá foi ele. O problema foi que por perto só tinha restaurantes e nenhuma lanchonete aberta. Como comer em marmita de alumínio sem talheres?! Por fim, cansado de procurar ele voltou. Eu tinha pedido um pão de queijo e água, mas ele só encontrou a água.


O Robson e o Humberto Nicolini, fotógrafo, pediram uma coxinha cada um. Mas, na confusão na hora de comprar, o Bruno levou só uma e entregou o saquinho ao Nicolini, achando que tinha duas e que ele iria entregar a do Robson. Moral da história, O Robson "almoçou" uma garrafa de refrigerante e assim foi com o resto da imprensa. Felizmente, existem aquelas viagens em que a gente se farta com as delícias de Minas. Mas, isso é uma outra história!

Descaso e má vontade da Imprensa de BH

Por Marco Antônio Caetano de Andrade

Com a experiência de mais de 40 anos no Futebol Amador, temos consciência das grandes dificuldades enfrentadas por Presidentes de Ligas Amadoras, Dirigentes de Clubes, Atletas, enfim, por todos aqueles que dedicam grande parte do seu tempo em busca de motivação para se manterem em atividade com a maior dignidade possível. Reconhecemos ainda que o trabalho destes valorosos esportistas transforma o Futebol Amador em um esporte de grande apelo social, pois nos campos da várzea se misturam pessoas de todas as camadas sociais, que convivem quase que diariamente em grande harmonia e em um clima de grande amizade e confraternização.

Há 6 (seis) anos sou o Editor responsável por um site na Internet dedicado exclusivamente à divulgação e valorização do Futebol Amador de Minas Gerais. O meu site não tem nenhum fim comercial ou lucrativo, apenas de prestação de serviços.

Apesar de toda a minha longa experiência no Futebol Amador, até hoje não consigo entender a incapacidade e a falta de sensibilidade da Imprensa Esportiva de Belo Horizonte (com exceção da Rádio Itatiaia, na pessoa do Coordenador de Esportes Júnior Brasil e do jornalista Chico Maia, que mantém uma coluna no jornal Super Notícia), que insiste em ignorar o Futebol Amador, um segmento do esporte que movimenta durante os fins de semana em Belo Horizonte e região da Grande BH, um público de aproximadamente 60 mil pessoas, entre praticantes e simpatizantes. E é este mesmo público que dá audiência para os programas de rádio e televisão e aumenta a tiragem dos jornais.

Para tomar conhecimento das notícias sobre Futebol Profissional, os esportistas têm várias opções como jornal, rádio, televisão e Internet, enquanto que sobre o Futebol Amador não se encontra nenhum tipo de divulgação na Imprensa.

Alguns jornalistas esportivos de Belo Horizonte já me disseram o Futebol Amador não tem espaço na imprensa por que não dá retorno financeiro. Tenho certeza disto. Mas se qualquer programa esportivo de rádio ou de televisão dedicasse alguns segundos ou ainda algum jornal dedicasse algumas linhas para o Futebol Amador, com certeza a audiência dos programas e a vendagem dos jornais teriam um crescimento acentuado.

É inadmissível para o Futebol Amador de Minas Gerais, que promove as duas maiores competições do gênero no Brasil (A Copa Itatiaia e a Copa Centenário) que a maioria da imprensa Esportiva de Belo Horizonte continue ignorando o trabalho incansável de alguns abnegados que dedicam grande parte do seu tempo para proporcionar uma das poucas formas de lazer acessível às populações mais carentes da sociedade e que afasta as crianças e os jovens do mundo das drogas e da criminalidade.

Esperamos que no ano de 2008 possamos continuar contando com o apoio dos amigos e quem sabe, a grande maioria da Imprensa de Belo Horizonte acorde para a realidade de que o Futebol Amador é um grande “FILÃO” na busca de audiência entre os concorrentes.

Sendo o que nos apresenta para o momento, renovamos nossos protestos de elevada estima e sincera consideração.

Atenciosamente,
Marco Antônio Caetano de Andrade

Site: http://www.futebolamadordeminas.com/
E-mail: marcoantonio@hc.ufmg.br

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Perigo no Trânsito - Juiz de Fora – Um haras urbano

Por Robson Rocha


Juiz de Fora é uma cidade com mais ou menos 600 mil habitantes, com um trânsito intenso em suas avenidas e ruas estreitas. Uma coisa que tem me chamado a atenção na cidade, é a quantidade enorme de animais soltos nos bairros. Além dos cães, agora existe uma quantidade absurda de cavalos. E o pior é que eles já chegaram à região central da cidade.


Antes eles ficavam apenas nas margens do rio Paraibuna, agora estão por toda parte. Os proprietários desses animais estão deixando que eles fiquem soltos. Outro dia fomos chamados no bairro Santa Rita, onde um cavalo, que foi solto à noite pelo dono, caiu no quintal de uma outra casa e teve que ser sacrificado.
Além de doenças transmitidas pelos animais aos seres humanos (zoonoses), podem acontecer acidentes de trânsito.

Um domingo desses, um passeava tranqüilamente pela avenida Rio Branco, a principal da cidade. Sorte que domingo à tarde o trânsito é muito pequeno na região central.



Hoje à tarde, mais uma vez eles estavam à solta pela cidade. Desta vez eles transitavam calmamente entre os carros na rua Olegário Maciel.

O DEMLURB e a Secretaria de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental (SSSDA), deveriam fazer o recolhimento desses animais de grande porte das vias públicas. Mas parece não estão conseguindo ver que esses “bichinhos”, estão invadindo a cidade.


Por lei, esses animais de grande porte devem que ser apreendidos e ficar à disposição de seus proprietários por quinze dias. E só podem ser liberados do depósito municipal mediante pagamento da taxa de apreensão, mais diárias.
Se os proprietários não aparecem, os animais são leiloados.




Abandonar animais em vias públicas é um crime previsto no
Decreto - Lei nº 24.645 de 10 de julho de 1934.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Enchente em Juiz de Fora e acidente em Ewbanck da Câmara

Por Michele Pacheco

Depois de duas semanas de calor intenso, a chuva chegou. E com vontade!
E, como jornalista é um ser que nunca sossega...

O Robson estava de folga e resolvemos ir ao cinema com a Paula, filha dele. Quando estávamos saindo, veio o temporal. Ao passarmos pela Avenida Rio Branco, no centro de Juiz de Fora, vimos o trânsito complicado e parte da avenida alagada. O instinto de repórter cinematográfico falou mais alto e o Robson usou a nossa câmera "familiar" para registrar o máximo de imagens que pudesse. As cenas foram surpreendentes.

Os motoristas que tentavam seguir pela avenida tinham que dar ré. O tráfego ficou confuso. Um carro parou no meio do caminho com água no motor e não saiu do lugar. Numa rua íngreme do bairro Alto dos Passos a enxurrada dificultava a passagem dos veículos. A correnteza vinha pela calçada arrastando tudo.

Com medo, muitos pedestres tentavam se proteger nas entradas dos prédios e até subindo nos bancos dos pontos de ônibus.


Entre o trevo do bairro Bom Pastor, zona sul da cidade, e a Avenida Independência, no centro, encontramos vários trechos de alagamento. Por todo lado, motoristas tentando tirar os carros das áreas com mais água.

No bairro Poço Rico, a Avenida Francisco Valadares foi a mais atingida. A inundação começou perto do Cemitério Municipal e se estendeu por uns 500 metros. Na parte mais baixa do bairro, várias casas foram invadidas pela enxurrada. Nas calçadas alagadas, os moradores iam de um lado ao outro com água no joelho para buscar ajuda.

Nos contatos que fizemos com a Defesa Civil, os engenheiros ainda não tinham o cálculo total das chamadas, mas explicaram que as ocorrências foram todas na Zona Sul da cidade.
Imaginei que a Paula iria ficar triste com a mudança de planos (trabalho em vez de cinema), mas fiquei surpresa. Com a máquina fotográfica do pai, ela estava compenetrada, tirando fotos de tudo o que via, como uma autêntica repórter. Deve estar no sangue o instinto jornalístico. As fotos dela são estas que colocamos no blog. Com direito de crédito de imagem. Fotos Paula Palazzi.

Acionei a equipe de plantão para fazer o rescaldo da chuva, os moradores limpando as casas, etc. Eles já estavam terminando a matéria, quando recebi a notícia de um acidente grave na BR 040, em Ewbanck da Câmara. Uma carreta bateu em dois carros e jogou um deles de cima de uma ponte. O veículo caiu no centro da cidade e foi um tumulto! Três pessoas morreram e uma está internada em estado grave na Santa Casa de Santos Dumont. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, chovia na hora do acidente. Eu me pergunto de que adianta fazer tanta reportagem pedindo cuidado e atenção aos motoristas, se ainda tem gente que se arrisca e coloca a vida dos outros em perigo!

Desde que assumi no dia 17 de dezembro, o cargo de Editora Responsável pela TV Alterosa em Juiz de Fora, cobrindo férias da minha chefe, eu não fiquei um dia sequer sem trabalhar. Não dá. Fico preocupada com tudo e todos. Quando não dá tempo de achar a equipe de plantão, arrasto o Robson para a ocorrência. Com a chuva chegando, estamos mais alertas do que nunca. Coitado, ele ainda vai ter muito serviço pela frente!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Férias da chefe - Trabalho dobrado.

Por Robson Rocha

Este mês a Michele está no lugar da Gilze na chefia do jornalismo.

E eu estou trabalhando com a Aline Veroneze. www.averoneze.blogspot.com
Muitos vão pensar: “Agora você é peixe!”. Engano. Estou é um peixe frito!
Pra quem pensou que minha vida ia ser boa, se enganou. A Michele na chefia é gentil, educada, etc, etc... Mas pra mim existe um grande problema. Não é machismo, mas agora ela manda em casa e no trabalho.

Pra vocês terem uma idéia, dia trinta de dezembro, depois de um dia longo de trabalho, eu estava esparramado no sofá, enquanto minha linda chefinha, dormia o sono dos justos. Quando, por volta de 23horas, recebi a informação de um crime em Matias Barbosa, um cara teria seqüestrado a namorada e ameaçava matá-la. Eu tinha que passar a informação pra minha chefe. Tudo bem, pois seria difícil de achar a repórter àquela hora da noite. Minha torcida era pra Aline não atender o telefone e a gente recuperar o assunto na manhã do dia seguinte. Mas, a Michele nem ligou para a Aline e afirmou que não ia chamar a Aline, pois a filha dela havia acabado de voltar do Rio e que ela, Michele, iria fazer o material. Juro que procurei todas as desculpas do mundo (todo cinegrafista tem um bom manual de desculpas para não fazer uma matéria), mas não encontrei nenhuma.

Fui mal-humorado, bati boca com um soldado aluno da PM.
Mas você acha que meu drama acabou por aí? Não!
Saímos de Matias Barbosa às três da madruga, depois do camarada se entregar para a PM. Só queria meu “bercinho”.

Cheguei em casa e desmaiei, porém foi um desmaio rápido, pois às seis da manhã o celular da Michele tocou. Minha vontade foi de atirá-lo pela janela para não ouvi-lo, mas a Michele ouviu e o pior, atendeu. E o catastrófico: me chamou para trabalhar de novo. Dois trens tinham batido de frente. Tentei algumas argumentações e senti que era voto vencido, 2 a 1. Fui ordenado duas vezes a sair da cama rapidamente. Uma pela chefe Michele Pacheco e outra pela “patroa” Michele Pacheco. Minha vontade foi de esganá-la, mas lembrei da Lei Maria da Penha e fui para o trabalho.

Quando chegamos ao local, meu olho parecia cheio de areia e eu não tinha forças para abri-lo, até ver o acidente. Não pelo acidente, mas pela distância que eu teria que andar no meio do mato. Quando entramos (a área é da Cemig!), fomos expulsos em alto e bom som pela MRS.

Apesar do meu mal-humor, fiquei até feliz com a grosseria do funcionário da MRS. Isso a pelo menos 200 metros do acidente (os caras mandam mesmo!). Aí, não pudemos chegar mais perto. E como o carro da tv ficou preso pelos carros de resgate só pudemos sair do local depois da retirada dos feridos.

Ralei o dia todo, mesmo! Pois meu dia de labuta só acabou depois da virada do ano.


Pelo menos nesse dia, deixei no trabalho a chefe Michele Pacheco e levei pra casa minha carinhosa esposa Michele Pacheco.

OBS: Ela ainda vai ficar na chefia mais duas semanas...

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Bombeiros: profissionais ou heróis?

Por Robson Rocha

A cada vez que acompanhamos o trabalho do Corpo de Bombeiros, nos tornamos fãs ainda maiores destes profissionais. Eles são heróis de verdade e sem super-poderes. Eles têm sim, muita garra, competência e amor pelo que fazem.
Sempre digo que eles podem ficar à toa seis dias da semana, pois em um único dia o trabalho deles vale uma vida.

Em 2003, Juiz de Fora enfrentou sérios problemas com as chuvas e entre as centenas de ocorrências, infelizmente, duas se destacaram.
Os soterramentos nos bairros Graminha e Três Moinhos.
No Graminha, eles trabalharam por dias, há procura dos corpos.
No meio da busca houve um desabamento e um bombeiro ficou
soterrado. Apesar da preocupação com o colega no hospital, os outros não pararam de cavar, às vezes com as mãos.
Dois dias depois durante as escavações outro desabamento. Vi a
hora que a casa começou a trincar, gritamos para os bombeiros saírem. Por pouco a tragédia não foi maior.





No fim realizaram o trabalho, mas os semblantes mostravam que nossos heróis são humanos.




Nos Três Moinhos, eles fizeram tudo que foi possível. O gerador de energia foi soterrado junto com o bombeiro no Graminha. Usei o sun gun (pequeno spot de luz à bateria), para iluminar o local onde procuravam os corpos de duas crianças. Chovia muito, mas nossos heróis anônimos não desistiram, mesmo sabendo que não havia nenhum sinal de vida. Menos de cinco minutos depois dos corpos serem encontrados, todo o local onde estávamos foi todo soterrado.

Imaginem a garra desses caras quando eles podem salvar a vida da vítima. Somos testemunhas do profissionalismo deles.
Nos acidentes eles se doam ao máximo e não fazem corpo mole não. Se concentram tanto no que estão fazendo, que parecem possuídos por um espírito (do bem). Nem mesmo nós, com câmeras e luz tiramos essa concentração. E têm um espírito de equipe que impressiona.

Depois que eles retiram a vitima e prestam os primeiros socorros, a vida do acidentado está nas mãos do motorista do resgate. A própria imprensa já questionou a velocidade de viaturas, mas eles infringem muito menos as leis de trânsito que nós do jornalismo que nunca corremos porque estamos com alguém ferido que precisa chegar rápido a um hospital.
E para os bombeiros, a rapidez que a ambulância chegar ao hospital, por menor que seja, pode significar salvar uma vida. Nossos heróis sem super-poderes também não têm super máquinas, mas acho que têm competência ao volante. Trabalho em tv há vinte anos e só me lembro de um acidente com Resgate na avenida Brasil. E, olha que eles rodam vinte quatro horas por dia, sabendo que a rapidez com que chegarem ao hospital pode significar salvar uma vida.

E não podemos esquecer de duas pessoas: uma é o capitão Marcos Santiago, assessor de comunicação do 4ºBBM, que é sempre pego de surpresa pela imprensa que quer informações. Muitas vezes o sangue de bombeiro fala mais alto e ele não consegue ficar só na parte de comunicação e parte para a ação e nós, literalmente no pé dele, atrás de informações.

Outro é o Tenente Coronel Rodney Magalhães, o comandante mais operacional que já vimos nos bombeiros.
Mas isso a gente conta depois com histórias que vivenciamos de heróis dos bombeiros de Juiz de Fora.