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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

domingo, 13 de janeiro de 2008

Cachaça de Minas - Bom pra tudo.

Por Robson Rocha

Uma das coisas que herdei do “Seu” Antonio de Pádua Castro, mais conhecido como Curió, foi o gosto pela boa e velha "pinguinha". Ele tinha o hábito de sempre, antes das refeições, tomar “uma” para abrir o apetite.
Aos domingos pela manhã, era sagrado, eu e ele nos assentarmos na varanda dos fundos pra bater papo e tomar nossa "cachacinha". É claro. Com um bom tira-gosto.
Infelizmente ele se foi antes da hora e não foi por causa da "branquinha". Mas me deixou no sangue o gosto pela “marvada”.

Não sou daqueles que toma uma todo dia, como diz a Paula, minha filha, sou um degustador de "pinga".
Mas Minas é um produtor de respeito no que diz respeito à “água que passarinho não bebe” e nas nossas andanças encontramos de grandes a pequenos produtores. E logicamente, tenho que provar a "caninha" e muitas vezes levar um bom exemplar para casa. Só não entendo como não consigo fazer minha coleção crescer, mas tudo bem, não vamos entrar em detalhes.

Talvez a culpa seja da minha cabacinha.

Um dos alambiques mais interessantes é o de Coronel Xavier Chaves, tido como o mais antigo do Brasil e, o melhor é que continua produzindo uma *cachaça de qualidade.
Bem pertinho dali em Resende Costa, estávamos fazendo uma matéria sobre móveis de demolição e havia um bar todo feito com esse material, com muitas garrafas de “água benta” e fui “obrigado” a experimentar o melhor “suco de cana” que já tomei. Isso pois o entrevistado estava nervoso, foi tomar “uminha” e tive que acompanhá-lo.
Quando acabamos a gravação, tentei comprar algumas garrafas de “elixir”, mas ele não quis me vender. Me doou alguns exemplares do “produto artesanal” e não pude recusar(é falta de educação).

O bom mesmo é fazer cobertura de exposição agropecuária. Ali as “arrebenta-peito” estão todas à mostra, esperando para serem degustadas no 0800, quer dizer, de graça!
A santinha” é tão boa que até a Michele que jura que não bebe, já provou e aprovou.
Pois nem fez cara feia.

E quando o tempo está frio, nada melhor que uma “garapa-doida” pra esquentar o corpo. Costuma até dar uma vontadezinha de trabalhar depois de bicar uma “tira juízo”.

São João Del Rei tem um bar do qual já virei freguês, é o Bar do Zotti. Ele tem um “xarope de cana” com mel que é uma maravilha e no inverno, que em São João é caprichado, esquenta o corpo.

Até quando saio de férias as “fábricas” de “chá de cana” me atraem.
Na nossa lua de mel fomos para Penedo, na serra da Mantiqueira na divisa entre os estados do Rio e de São Paulo. Um lugar tranqüilo e muito bonito. Uma vez que já havia parado de fumar, decidi não beber, mas quando chegamos na pousada a primeira coisa que li, quando o funcionário nos mostrava o lugar foi:
RESERVA ALCOOLOGICA”. Falar o quê?

Saímos para dar uma volta nos lugarejos ao redor de Penedo e lá estávamos nós, em uma fazenda antiga maravilhosa. A fazenda da Capelinha, a caminho de Visconde de Mauá. Tiramos fotos na fachada da imponente construção, mas o melhor estava do lado de dentro.

Inúmeros tonéis com um "líquido precioso".

Cheguei a conclusão que parar de fumar não foi difícil e foi muito bom, mas não posso parar de degustar meu “assovio de cobra”.

Vou parando por aqui que está me dando uma vontade de “molhar o bico”.

*O nome Cachaça vem do espanhol “cachaza” que é o nome de uma aguardente feita da casca de uva.

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