O Robson costuma dizer que quando estou brava

Mas, não posso negar que a minha vida inteira estive ligada aos cães.
Deve estar no sangue, afinal minha mãe, Juçara, é filha de fazendeiro e meu pai, Hélio, é médico veterinário.
Minha relação com o melhor amigo do homem
começou assim que nasci. A minha primeira babá foi um doberman!

Meus pais me colocavam numa cadeirinha para tomar sol no portão da nossa casa e deixavam o Ringo vigiando. Bastava alguém chegar perto, para ele rosnar.

Hoje, além de duas Rottweillers, meus pais têm

Comecei a trabalhar e a minha afinidade com os cães não diminuiu.
O Robson vive debochando que por onde passo, um bicho me segue. Quantas vezes já tivemos que espantar algum cão que parou do meu lado bem na hora de gravar a passagem! Uma vez, acompanhávamos a polícia militar numa operação contra drogas, na zona sul de Juiz de Fora. No local, alguns policiais tinham que cercar a casa dos suspeitos. Para isso, teriam que pular o muro da residência ao lado, rápido e em silêncio. Eles não contavam com o cão do vizinho que estava no portão, latindo sem parar. Os policiais já estavam irritados, quando brinquei dizendo que era só pedir com educação que o bicho ficaria quieto. Os policiais me olharam com ar de pouco caso. Para provocar, cheguei perto e falei baixo com o cão que era uma mistura de pastor com alguma raça indefinida. E não é que ele calou a boca?! Claro que tive que agüentar gozações.


Em bairros mais carentes, é um problema! Basta olhar para os vira-latas
e eles começam a balançar o rabo. O Robson vive resmungado. Um dia, para desgosto dele, um dos meus "amigos" decidiu aproveitar a porta aberta do carro e se alojar. Do lado do Robson, é óbvio! Ficou lá, sossegado, até a gente acabar a matéria. Quando viu o carona, meu querido repórter cinematográfico se encarregou de enxotar o bichinho.

Ele foi, mas os carrapatos e as pulgas nos acompanharam por uns três dias!