Por Robson Rocha
Hoje, nossa primeira matéria foi uma apreensão de drogas feita pela Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes de Juiz de Fora.
Uma estudante, de 19 anos, veio de Vitória para buscar cerca de vinte quilos de maconha e levar o material para o Espírito Santo.
O pessoal disse que estamos sumidos, isso pois antigamente a gente não perdia um factual na delegacia.
Além da droga que estava escondida em duas bolsas de lona, eles apreenderam um celular. A droga foi entregue no bairro Marumbi, em Juiz de Fora.
Dali, fomos para o Estádio Municipal de Juiz de Fora, o Mário Helênio.
Chegamos e não havia vaga para o carro da TV. Eram muitos carros de transmissão e de reportagem. No campo, os profissionais se espalhavam por toda parte. Além disso, todas as cabines estavam ocupadas. O pessoal da TVE – Rede Minas de Juiz de Fora, que sempre usa a cabine da TV Alterosa, teve que ficar em um palanque construído ao lado das cabines.
Nós tivemos que dividir nossa cabine com a galera da Sport TV.
O triste é quando dividimos a cabine com uns manés. Mas, os camaradas da Sport TV eram gente boa demais.
Três câmeras e mais a Michele tinham que usar a janela. Ainda bem que a janela é bem grande e todo mundo se ajeitou.
O jogo começou e de um lado ficou o Edu, que trouxe a esposa para conhecer a cidade.
Que por sinal, em dia com tanta chuva, não deve ter dado para conhecer muita coisa. Mas ele ainda queria levar a patroa para experimentar uma comidinha mineira depois do jogo.
No meio eu e a Michele que durante todo o jogo não pôde se mexer muito, pois senão esbarraria em algum dos tripés. E tinha que fazer as anotações em meio a fitas, baterias e copinhos de água mineral.
Em campo, a chuva caia, mas estava tudo azul, até o juiz parecia azulado. Nada que o torcedor do Galo de JF não esperasse.
Já ia me esquecendo, no outro canto da cabine estava o Marcelo, que também fez malabarismo para operar a câmera. Isso, porque ele estava com o ombro e o braço esquerdos enfaixados. Enquanto isso, em campo acontecia uma performance digna dos melhores artistas de circo. Um jogador do Cruzeiro fez pose e se estabacou no chão sem ser tocado. Uma cena digna dos melhores palhaços circenses que tomam tombos sem ninguém os tocar. E o pior: o juiz azulado amarelou o camisa sete do Tupi, Lucas.
Mas, a torcida do Tupi não amarelou e fez bonito! Apoiou o time todo o tempo, independente do time estar ganhando ou não.
Enquanto isso, parte da torcida do Cruzeiro parece que não entendeu que, em Juiz de Fora, o estádio de futebol é um local que a gente vai com a família para apreciar o jogo e, lógico, torcer. Isso, porque eles não tinham com quem brigar e mostraram que isso não importa, pois brigam entre eles mesmos. Que exemplo!
Mas, o jogo continuava e, diante da postura do juiz, nossos amigos cariocas não resistiram e perguntaram se o juiz era cruzeirense. Aí, ouvi uma pessoa dizendo pra eles: “Você não sabia que o campeonato mineiro é feito para os times da capital? E vocês da imprensa só falam deles. O América que está na segunda divisão do mineiro tem mais espaço que todos os times do interior juntos!”
Falar o quê?
O primeiro tempo terminou e o Tupi na frente. Mas como diz o ditado: “Alegria de pobre...”
No inicio do segundo tempo o Lucas fez uma falta e o Sr. Juiz o mandou para o chuveiro mais cedo. Aí, estava tudo ajeitado para o Atlético e Cruzeiro não se encontrarem antes da final. Com um jogador a menos, o Tupi bem que tentou, mas não conseguiu segurar o time de BH que fez 2 gols e terminou essa fase em primeiro lugar.
O torcedor carijó saiu de campo chateado com o resultado, mas não com o time do Tupi, que fez o que podia. Como me disse um técnico de uma rádio: “O décimo segundo jogador do Tupi foi a torcida, mas o décimo segundo jogador do Cruzeiro tinha mais poder!”
Fora isso, ouvi de vários torcedores frases muito parecidas de que o Tupi deveria tentar disputar o campeonato carioca, pois o campeonato mineiro nunca vão deixá-lo ganhar.
Parei pra pensar e isso é uma realidade.
Tirando o Ipatinga que era uma filial do Cruzeiro, quando deixaram um time do interior ser campeão mineiro?
Pelo visto, a história se repete!