Por Michele Pacheco
Seguíamos para uma entrevista e passamos pela ponte do bairro Santa Terezinha, cruzando a avenida Brasil. Tudo normal. Menos de dois minutos depois, um policial rodoviário federal parou o carro ao lado do nosso e fez sinal para o Robson. Ele apontava para trás e batia o punho fechado da mão direita na mão esquerda aberta. O Robson não entendeu nada no início, achando que o policial queria dizer que ia bater nele. Só depois de alguns segundos ele entendeu o que era.
A boa alma estava só tentando nos alertar para um acidente que tinha acabado de acontecer.
Fizemos a volta no quarteirão e voltamos à ponte. Na saída dela, no cruzamento da avenida Brasil havia muita gente parada. Um grupo de Guardas Municipais que estava fazendo educação física tinha se reunido no canteiro para atravessar, quando houve a batida.
Segundo testemunhas, um Corsa de Juiz de Fora seguia no sentido Zona Norte-Centro e bateu numa moto que vinha em sentido transversal, saindo da ponte para entrar na avenida.
A motorista do carro estava tão assustada que mal conseguia falar direito. Conversei com ela, tentando acalmá-la e tudo o que fazia era balbuciar "ele voou...voou da moto em cima do meu carro...nunca vou esquecer essa cena...ele voou".
A outra mulher que estava no carro contou que o sinal estava verde e elas passaram pelo trevo. Quando viram, a moto vinha pela lateral e não houve como parar. O Corsa ficou com a frente toda amassada e o pára-brisa quebrado onde uma das vítimas bateu. Dois homens estavam na moto. O carona foi quem "voou", segundo a motorista. Ele foi arremessado da moto, bateu na frente do carro e caiu no asfalto com vários ferimentos. O condutor da moto se desequilibrou e foi cair no lado oposto.
Logo depois de chegarmos ao local, ouvimos a sirene e vimos uma ambulância do Resgate chegando. Os bombeiros imobilizaram primeiro o carona da moto. Ele teve uma perna amarrada a talas e foi colocado com cuidado numa maca. Os Guardas Municipais deram apoio, ajudando a mexer o menos possível com a vítima que aparentava ter sofrido fraturas numa das pernas. O motoqueiro foi socorrido por um dos bombeiros, enquanto esperava a chegada de outra ambulância. Ele também estava com ferimentos e suspeita de fraturas.
O local é trajeto de policiais militares que saem do trabalho, já que fica perto do 2o Batalhão PM. Alguns policiais que passavam se uniram aos Guardas Municipais para controlar o trânsito. Era horário de pico, pouco antes das seis da tarde e o tráfego era intenso na Avenida Brasil. Depois do socorro das vítimas, um PM coordenou a retirada dos veículos do trevo, para liberar a passagem e evitar outro acidente. As vítimas foram levadas para o Hospital de Pronto Socorro.
Quem somos
- Michele Pacheco e Robson Rocha
- JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
- Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Saúde em risco
Por Michele Pacheco
Hoje foi um dia de muito trabalho para os fiscais da Secretaria de Agropecuária e Abastecimento de Juiz de Fora. Pela manhã, os fiscais fizeram uma fiscalização de rotina com a Polícia Militar Rodoviária, no bairro Grama, saída da cidade para quem vai a Ubá, Viçosa e Ponte Nova.
Os fiscais apreenderam 600kg de iogurte, queijo e outros produtos de laticínio.
O material estava sendo transportado de forma irregular e não tinha a documentação necessária.
O fiscal Evailton Pires é um velho conhecido.
Já fizemos muitas matérias com ele e as equipes de fiscalização.
Desde virar madrugada em estrada deserta, num frio de doer, esperando flagrar transporte irregular de cachaça, até blitzem debaixo de sol escaldante em estradas de Juiz de Fora.
Ele trabalha com tanta disposição, que acaba inspirando respeito em quem o conhece.
Como se não bastasse ter apreendido mais de meia tonelada de alimentos impróprios para o consumo pela manhã, o Pires foi acionado pela Polícia Rodoviária Federal no início da tarde. Segundo o Inspetor Wallace Wischansky (outro que tem todo o nosso respeito pelo trabalho sério e competente), uma denúncia anônima foi feita, informando que uma caminhonete passaria pela BR 040 com produtos irregulares.
Em parceria com os fiscais, a PRF montou um cerco e parou uma caminhonete com placa de Juiz de Fora.
Na carroceria, foram encontrados 350kg de alimentos com data de validade vencida.
Segundo o dono da mercadoria, ele ganhou os produtos num atacadista da cidade.
Os fiscais e os policiais suspeitam que o material seria vendido na padaria que o rapaz tem na cidade vizinha, Santos Dumont.
O que chamou a atenção de todo mundo foi que os alimentos estavam vencidos há muito tempo.
Achamos um vidro de maionese com data de validade até setembro de 2007!
Dois vidros de catchup venceram em junho do ano passado!
Havia sacos de pó de café, embalagens de chocolates, biscoitos, barras de cereais, enlatados, doces, molhos em geral e mais uma infinidade de coisas.
Os 950 kg de produtos aprendidos nas duas operações foram levados para o aterro sanitário de Juiz de Fora e destruídos.
O Pires lembrou na entrevista que o risco para quem consome um alimento com data de validade vencida é enorme.
Além do perigo da salmonelose, alergias e infecções intestinais graves podem ocorrer.
Em casos extremos, esses produtos podem até levar à morte.
Hoje foi um dia de muito trabalho para os fiscais da Secretaria de Agropecuária e Abastecimento de Juiz de Fora. Pela manhã, os fiscais fizeram uma fiscalização de rotina com a Polícia Militar Rodoviária, no bairro Grama, saída da cidade para quem vai a Ubá, Viçosa e Ponte Nova.
Os fiscais apreenderam 600kg de iogurte, queijo e outros produtos de laticínio.
O material estava sendo transportado de forma irregular e não tinha a documentação necessária.
O fiscal Evailton Pires é um velho conhecido.
Já fizemos muitas matérias com ele e as equipes de fiscalização.
Desde virar madrugada em estrada deserta, num frio de doer, esperando flagrar transporte irregular de cachaça, até blitzem debaixo de sol escaldante em estradas de Juiz de Fora.
Ele trabalha com tanta disposição, que acaba inspirando respeito em quem o conhece.
Como se não bastasse ter apreendido mais de meia tonelada de alimentos impróprios para o consumo pela manhã, o Pires foi acionado pela Polícia Rodoviária Federal no início da tarde. Segundo o Inspetor Wallace Wischansky (outro que tem todo o nosso respeito pelo trabalho sério e competente), uma denúncia anônima foi feita, informando que uma caminhonete passaria pela BR 040 com produtos irregulares.
Em parceria com os fiscais, a PRF montou um cerco e parou uma caminhonete com placa de Juiz de Fora.
Na carroceria, foram encontrados 350kg de alimentos com data de validade vencida.
Segundo o dono da mercadoria, ele ganhou os produtos num atacadista da cidade.
Os fiscais e os policiais suspeitam que o material seria vendido na padaria que o rapaz tem na cidade vizinha, Santos Dumont.
O que chamou a atenção de todo mundo foi que os alimentos estavam vencidos há muito tempo.
Achamos um vidro de maionese com data de validade até setembro de 2007!
Dois vidros de catchup venceram em junho do ano passado!
Havia sacos de pó de café, embalagens de chocolates, biscoitos, barras de cereais, enlatados, doces, molhos em geral e mais uma infinidade de coisas.
Os 950 kg de produtos aprendidos nas duas operações foram levados para o aterro sanitário de Juiz de Fora e destruídos.
O Pires lembrou na entrevista que o risco para quem consome um alimento com data de validade vencida é enorme.
Além do perigo da salmonelose, alergias e infecções intestinais graves podem ocorrer.
Em casos extremos, esses produtos podem até levar à morte.
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