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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Challenge Day 2008 - O Dia do Desafio

Por Robson Rocha

Hoje, no dia do desafio, nosso dia de trabalho começou com a queda de entrevistas.
Para gravar as cabeças do jornal, foi uma luta, pois o vento no parque Halfeld, não dava trégua. Com isso o cabelo da Michele não parava.
Mas, outra coisa chamava a atenção de quem passava por lá. Uma garça!

A garça parecia não se importar com as pessoas chegando tão próximo dela.
Não sei se existe algum peixe na água imunda que passa entre os jardins, mas, ao que parece, a garça tinha certeza de haver algum por ali. Ela ficava estática olhando para a água e em alguns momentos dava o bote, mas sem sucesso, não pegava nada.

Enquanto isso, ao lado de onde ela estava, muita música e exercícios físicos.
Era o pessoal que participava do Challenge Day, Dia do Desafio.
Esse evento teve inicio no Canadá e tem um conceito simples.
Ele incentiva cidades de todo o mundo a promover a prática de atividade física, alertando sobre a importância do esporte e do lazer para a saúde.

Juiz de Fora disputou com Valle Del Chaco Solidaridad, uma cidade do México.
Para que a cidade brasileira ganhasse, várias pessoas se revesaram durante todo o dia no parque Halfeld, fazendo alguma atividade física por quinze minutos.
No Brasil, as atividades são promovidas pelo Sesc em parceria com prefeituras. Em Juiz de Fora, teve o apoio da TV Alterosa.

Mas, não foi só no Parque Halfeld que a população fez algum tipo de atividade física.
Fomos gravar no Mariano Hall, onde o grupo Golfinho, do Corpo de Bombeiros, ia se revesar na piscina. A molecada se esforçou, mas com o tempo foram cansando, diminuíram o ritmo, mas não pararam.

Depois, a garotada pegou a Michele no papo, eles estavam interessados em saber que hora a matéria ia sair e como eles poderiam visitar a TV Alterosa.
Enquanto isso, eu fazia imagens do pessoal que estava na piscina.
Para gravar a criançada, tive que ficar mais distante da piscina, porque eles jogam água pra todo lado.

Já para gravar os bombeiros, dava pra improvisar algumas imagens acompanhando o nadador.
Segurando pela alça, a gravidade e o peso da câmera fazem com que a câmera se mantenha centralizada e ela balança menos. É meio estranho, mas funciona.
Independente do dia do desafio, é muito bacana a dedicação dos bombeiros em projetos como o Golfinho e Bombeirinho. São trabalhos de inclusão muito bacanas.

Mas voltando ao Challenge Day, quem fez alguma atividade ligou para um número 0800 e explicou o que fez. Essas ligações foram anotadas e a atividade praticada foi registrada.
O resultado em Juiz de Fora em 2007 foi de 195 mil participantes, neste ano a cidade bateu o recorde e conseguiu 235.392 participações. Agora é aguardar o resultado de Valle Del Chaco Solidaridad no México, que é a cidade que disputa com Juiz de Fora na categoria de cidades com 250 mil a 999.999 habitantes.
Apesar do nome enorme, a cidade tem 450 mil habitantes e Juiz de Fora, aproximadamente 600 mil.

Mas, a imagem que guardei hoje, foi essa da foto ao lado.
Hoje infelizmente, não podemos mais parar o carro em frente à Câmara Municipal e para gravar no Parque Halfeld, parei o carro dentro da praça, montei a câmera no tripé.
Aí, surgiu um policial. Fui explicar a ele que iria gravar ali e que precisava do carro próximo por causa dos equipamentos.
Quando estava voltando, um andarilho se aproximou da câmera e ficou olhando cada detalhe do equipamento.

Quando cheguei perto dele, ele levou um susto e começou a pedir desculpas e dizer que não havia mexido em nada.
Falei com ele que não tinha que se desculpar e que o equipamento estava desligado.
Liguei a câmera e disse a ele para olhar no visor. Ele olhou, fez algumas perguntas e saiu tão feliz, que ali eu ganhei o meu dia.
É triste ver que algumas pessoas sofrem tanto preconceito que acham que sempre vão ser escorraçadas.
Elas parecem não se enxergar mais como cidadãs e ver apenas um lixo humano que a sociedade despreza.