Por Silvan Alves
Jornalista da TV Atividade
A partir das 19h desta terça-feira a Cadeia Pública de Muriaé, localizada na rua José de Freitas Lima, 02, bairro Safira, não mais poderá receber presos. Em todos os flagrantes que acontecerem durante a noite desta terça-feira e madrugada de quarta, os presos terão que ser encaminhados para as cadeias públicas da região, como de Eugenópolis, Miradouro, Carangola, Tombos, Divino ou mesmo Cataguazes. A decisão do Poder Judiciário, através do juiz, Dr. Múcio Monteiro da Cunha Magalhães, saiu menos de cinco dias depois que o Ministério Público da Comarca de Muriaé pediu a interdição da cadeia, alegando falta de segurança, superlotação e ainda que os presos estão vivendo em situação desumana. O Ministério Público pede também a construção de uma nova cadeia ainda para este ano. O último homem, preso por tráfico de drogas, entrou na cadeia de Muriaé , nesta terça, à uma hora da interdição. O delegado que passou a noite de plantão, foi o Dr. José Carlos Bolsoni Rodrigues e ele estava orientado a proceder de acordo com o pedido da Justiça. A Cadeia Pública de Muriaé, estava com 136 presos até o pedido de interdição, quase o dobro de sua capacidade.
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Quem somos
- Michele Pacheco e Robson Rocha
- JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
- Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...
terça-feira, 4 de março de 2008
Medicina avançada x doenças misteriosas
Por Michele Pacheco
A todo momento recebemos informações de novas descobertas científicas que vão revolucionar a medicina. Mas, no dia-a-dia encontramos desafios que os médicos ainda não conseguem explicar.O caso do Lucas é um desses. Um dia estávamos na TV, quando a Rosemare chegou com o filho para pedir uma matéria sobre o caso dele. Ela queria que a reportagem ajudasse a encontrar algum médico que soubesse o que o garoto tinha e o ajudasse a melhorar ou, pelo menos, superar as dores. Ficamos todos sensibilizados. A família mora numa vila humilde, na zona leste de Juiz de Fora. A mãe é diarista e sustenta três filhos.
O Lucas é o mais velho, tem doze anos e, desde os seis, começou a sentir dores nos braços e nas pernas. A Rosemare levou o filho ao SUS e marcou consulta com um ortopedista. Desde então, ele tem feito uma peregrinação de uma especialidade a outra, sem encontrar alguém que consiga descobrir que doença é essa. Segundo a mãe, o Lucas é atendido desde o início no Hospital Universitário de Juiz de Fora. Ela não entende a demora para se fazer um diagnóstico e desabafou que sofre vendo o filho "passar de um médico a outro, como se fosse um experimento de laboratório" e sem conseguir nenhuma solução.
É duro olhar para o Lucas e imaginar que se fosse uma criança com dinheiro, já poderia estar recebendo tratamento adequado. Os braços são as partes mais deformadas pela doença até agora. Olhando para eles, dá a sensação de que os ossos estão crescendo uns em cima dos outros. Ele conta que sente dores pelo corpo quando pega algo pesado, anda muito tempo ou faz movimentos bruscos com as pernas e os braços.
Segundo a Rose, nesses seis anos, os únicos exames que os médicos do HU pediram foram os de Raio-X. Neles, é possível ver que os ossos não cresceram da forma normal. Uma médica disse à família que pode haver algum especialista no Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, capaz de diagnosticar que doença aflige o Lucas e encaminhar o garoto ao tratamento adequado. O problema segundo a Rose é que ela não tem dinheiro para levar o filho até lá e nenhum encaminhamento médico para isso. Ela pede ajuda para tentar melhorar a vida do garoto.
Eu e o Robson fizemos o melhor possível para passar na reportagem detalhes precisos sobre os sintomas, os exames e o que os médicos disseram até agora, com a esperança de que alguém veja a matéria e ajude o Lucas.
Apesar de toda a dor que sente, ele dá uma lição de vida. Quando perguntei o que queria fazer no futuro, o Lucas abriu um sorriso largo e disse "eu quero sarar logo, porque vou ser um jogador de futebol, um craque...vou ganhar dinheiro e ajudar a minha mãe e os meus irmãos...eles já sofreram muito por minha causa!"
Nem preciso dizer que saímos de lá com um nó na garganta e desejando que aquele sonho se realize.
A todo momento recebemos informações de novas descobertas científicas que vão revolucionar a medicina. Mas, no dia-a-dia encontramos desafios que os médicos ainda não conseguem explicar.O caso do Lucas é um desses. Um dia estávamos na TV, quando a Rosemare chegou com o filho para pedir uma matéria sobre o caso dele. Ela queria que a reportagem ajudasse a encontrar algum médico que soubesse o que o garoto tinha e o ajudasse a melhorar ou, pelo menos, superar as dores. Ficamos todos sensibilizados. A família mora numa vila humilde, na zona leste de Juiz de Fora. A mãe é diarista e sustenta três filhos.
O Lucas é o mais velho, tem doze anos e, desde os seis, começou a sentir dores nos braços e nas pernas. A Rosemare levou o filho ao SUS e marcou consulta com um ortopedista. Desde então, ele tem feito uma peregrinação de uma especialidade a outra, sem encontrar alguém que consiga descobrir que doença é essa. Segundo a mãe, o Lucas é atendido desde o início no Hospital Universitário de Juiz de Fora. Ela não entende a demora para se fazer um diagnóstico e desabafou que sofre vendo o filho "passar de um médico a outro, como se fosse um experimento de laboratório" e sem conseguir nenhuma solução.
É duro olhar para o Lucas e imaginar que se fosse uma criança com dinheiro, já poderia estar recebendo tratamento adequado. Os braços são as partes mais deformadas pela doença até agora. Olhando para eles, dá a sensação de que os ossos estão crescendo uns em cima dos outros. Ele conta que sente dores pelo corpo quando pega algo pesado, anda muito tempo ou faz movimentos bruscos com as pernas e os braços.
Segundo a Rose, nesses seis anos, os únicos exames que os médicos do HU pediram foram os de Raio-X. Neles, é possível ver que os ossos não cresceram da forma normal. Uma médica disse à família que pode haver algum especialista no Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, capaz de diagnosticar que doença aflige o Lucas e encaminhar o garoto ao tratamento adequado. O problema segundo a Rose é que ela não tem dinheiro para levar o filho até lá e nenhum encaminhamento médico para isso. Ela pede ajuda para tentar melhorar a vida do garoto.
Eu e o Robson fizemos o melhor possível para passar na reportagem detalhes precisos sobre os sintomas, os exames e o que os médicos disseram até agora, com a esperança de que alguém veja a matéria e ajude o Lucas.
Apesar de toda a dor que sente, ele dá uma lição de vida. Quando perguntei o que queria fazer no futuro, o Lucas abriu um sorriso largo e disse "eu quero sarar logo, porque vou ser um jogador de futebol, um craque...vou ganhar dinheiro e ajudar a minha mãe e os meus irmãos...eles já sofreram muito por minha causa!"
Nem preciso dizer que saímos de lá com um nó na garganta e desejando que aquele sonho se realize.
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