Por Robson Rocha
Nessa segunda-feira, uma pessoa muito especial nos deixou, Hélio Pacheco, pai da Michele. Infelizmente, como disse Renato Russo, os bons morrem antes.
Veterinário conhecido e premiado,
Dr. Hélio, como era conhecido, tinha uma simplicidade ímpar.
Tive a oportunidade de acompanhá-lo em alguns trabalhos e ver como era querido por todos. Dos grandes proprietários aos mais simples peões das fazendas que atendia.
Com ele, tive a chance de ajudar a fazer o parto de um bezerrinho filho de matriz premiada e muito cara. É até difícil imaginar que ele conseguiu que eu, um cara totalmente urbano, me enfiasse em um curral em um dia de chuva e ajudasse a puxar o bezerro de dentro da vaca.
E depois, com o bom humor de sempre me perguntar: “Você ainda quer entrar pra família?”
Quem via aquele homem no meio do gado, com a roupa suja e pegando pesado no trabalho, podia não imaginar que era uma pessoa muito culta. Uma enciclopédia em forma de gente.
Conheceu o mundo quase todo. O sogrão gostava de viajar e, como diz a Michele, ele falava um "inglês de cais do porto". Mas, todo mundo entendia.
Ele sempre contava histórias divertidas das viagens ao exterior.
Um pai que tinha um amor enorme pelos filhos.
Os olhos dele brilhavam ao falar do filho, o Artur, principalmente da competência profissional.
O orgulho que o Dr. Hélio tinha do filho ele não conseguia esconder. As filhas eram as princesas, não tenho nem o que dizer.
Como diz Dona Juçara, ele foi um pai perfeito.
E, com as netas. Aí, ele se derretia.
Tive a sorte e o prazer de conviver com o Dr. Hélio. Pena que por tão pouco tempo.
O que posso dizer?
Obrigado por tudo e até qualquer dia.
Vá com os anjos, vá em paz e que Deus o ilumine.