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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

domingo, 1 de junho de 2008

Cavalo à venda

Por Robson Rocha

Final de semana de plantão é uma felicidade pra galera da imprensa, ainda mais com o frio que está fazendo.
Ontem, cobrimos a entrega da Medalha Henrique Halfeld e aproveitamos para fofocar bastante.
Como o evento atrasou bastante, deu tempo até para registrar uma foto.
Depois fizemos entradas ao vivo no Jornal da Alterosa Edição Regional e ficamos de plantão.

Hoje, começamos cedo.
Estávamos indo para a TV, passando pela feira da Avenida Brasil, quando a Michele viu uma cena que chamou a atenção.
A gente está acostumado a ver todo tipo de quinquilharia ser vendido por ali.
De dentadura usada a rodas de carro, já vimos de tudo.

Mas o que a Michele viu era diferente, um cavalo.
Você vai dizer: todo mundo já viu um cavalo, certo?
Só que era um detalhe que realmente chamava a atenção.
Um anúncio em uma folha de papel que o pobre tinha presa no rabo, como fazem com carros à venda.
Não resisti, dei marcha ré no carro e tiramos uma foto.

Dali, fomos pra TV e pegamos a estrada.
Destino: Mercês, que fica a mais ou menos 100Km de Juiz de Fora. Se eu jogasse no bicho, com certeza jogaria no cavalo.
Será que tem esse animal no jogo de bicho?
Mas, o motivo é que esbarrei com esses animais por todos os lugares que passei.

Na estrada, passamos por várias carroças.
No trevo de Tabuleiro, encontramos com um grupo de cavaleiros, que mesmo com a chuva, parecia animado.
Durante o resto do caminho, esses animais continuaram a ser presença constante.

Quando chegamos em Mercês, qual a primeira coisa com que nos deparamos?
Claro! Um cavalinho!
Se tivesse encontrado com meu tio João, que sabe tudo de jogo de bicho, ia pedir umas dicas.
E, foi assim o dia todo, até na volta a Juiz de Fora.

Deixando os cavalos de lado, Mercês é uma cidade muito simpática e hoje está completando 96 anos.
E eu, feliz, pois ia comer o famoso frango ao molho pardo da cidade.
Só que não deu.
Almoçamos em um restaurante próximo à antiga estação ferroviária. Apesar de não ter o franguinho (que só é feito por encomenda), comi uma feijoada maravilhosa!

Eh, mas fomos lá pra trabalhar.
Montamos o equipamento na praça e fomos gravar algumas “cabeças” para o jornal.
O pessoal da cidade ficou olhando meio desconfiado, o que tanto a gente mudava de lugar para gravar.
O pior foi acertar a posição da Michele.
Ela é míope e estava com a vista irritada.
Por isso, trocou as lentes por óculos.
Como foi orientada a não gravar com eles, ela fica fazendo mil caretas para tentar enxergar a câmera e os meus gestos.
Mas, tudo acaba dando certo.

A hora estava passando e tínhamos que ir para o estádio da cidade, onde ia acontecer um dos jogos das semi-finais da Copa Alterosa de Futebol Regional.
Lá encontramos com o Marco Aurélio, repórter da rádio Globo JF e delegado da partida.
Ele chegou meio amarrotado. Será que apertaram muito o coitado na ida para Mercês!?

A chuvinha não parava e o pessoal do Juventude Beira Rio, time da cidade, montou uma estrutura para que eu pudesse trabalhar.
A idéia foi ótima pois, senão, ficaria muito difícil registrar alguma imagem da partida.
Mas, ninguém avisou a eles que eu sou alto, resultado:
não me cabia de pé, pois o telhado ficou muito baixo.

Tudo bem!
A galera me arrumou uma cadeirinha e trabalhei o tempo todo assentado.
Agora, se você observar a foto ao lado, vai ver que o Marco Aurélio está com um ar meio, digamos, assustado.
Sabe por que?
Vou explicar:
eu, na parte de cima, me sentia no balança mais não cai, pois a estrutura balançava muito e ele embaixo, mais do que ninguém, torcia para a coisa não desabar.

O jogo começou e o Nagoya de Juiz de Fora tomou conta da partida. O time da casa, o Juventude Beira-Rio, não conseguiu segurar o time de Juiz de Fora que terminou o primeiro tempo ganhando de um a zero. Gol contra do Jair, zagueiro do Juventude, aos 20 minutos.
O comportamento de alguns torcedores é que não foi muito legal. Eles jogaram várias bombas na arquibancada onde havia famílias com crianças e também deixavam os próprios jogadores apreensivos.

Os dirigentes do time de Mercês não gostaram da atitude desses torcedores, mas não conseguiram controlar os baderneiros.
No segundo tempo, a equipe juizforana teve dois jogares expulsos, mesmo assim ainda conseguiu garantir o resultado e precisa apenas de um empate no próximo jogo para ir para a final da Copa.

Fim de jogo, voltamos pra Juiz de Fora e na emissora ficamos sabendo do resultado do jogo de Muriaé.
Segundo o Evandro Carvalho, cinegrafista que foi a Muriaé, a torcida encheu o estádio.
Afinal, estava empolgada com os onze a um em cima do Olimpic, na semana passada. Mas, o time do Operário não jogou bem. O primeiro tempo terminou zero a zero.

No segundo tempo, o XV de novembro, de Rio Novo, abriu o placar. O Operário empatou na cobrança de um pênalti, mas o XV fez o segundo e nos acréscimos fez o terceiro fechando a fatura na casa do adversário. Agora é esperar semana que vem para saber quem serão os finalistas da Copa Alterosa de Futebol Regional.

Mas, você se lembra dos cavalos?
Eh, quem jogou em casa era favorito, certo?
Eles perderam. Então foi zebra, né?
A zebra não parece um cavalo com listras?