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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desrespeito à Lei Seca e a piracema em Minas

Por Michele Pacheco

Policiais militares da 13a Cia Independente de Meio Ambiente e Trânsito faziam patrulhamento
na BR 265 e abordaram, no km 254, um Fiat Siena, com placa de Tiradentes.
O comerciante de 57 anos que dirigia o veículo apresentava sintomas de ter ingerido bebida alcoólica.
Os policiais aplicaram a Lei Seca e fizeram o teste do bafômetro.
O homem apresentava o índicde de 0,40mg/L.
Por si só, isso já seria irregular.

Mas, os policiais ainda deram uma busca no carro.
E encontraram outra irregularidade.
O comerciante estava transpotando vários lambaris, sem comprovante de origem.
Foram encontradas tambem três varas de bambu com anzol.
Em outra época, talvez isso não fosse um problema.
Só que em pleno período de Piracema, a pesca é controlada e proibida em varios casos.

O motorista foi preso e conduzido para São João del Rei.
Na delegacia, foi registrada a prisão e aberto um inquérito policial apra apurar o caso.
Foi lavrado ainda um auto de infração no valor de R$ 933,33.
Algumas pessoas sabem que dirigir embriagado e desrespeitar o período de Piracema são infrações com punição muitas vezes severa.
Mesmo assim, abusam da sorte.

O comandante da 13ª CIA IND MAT, Major Cláudio César Trevisani, alerta que um esquema policial está em prática e que um grande efetivo está empenhado nas Operações Grau Zero e Piracema.
O rigor é para evitar que mesmo com as leis, o desrespeito à legislação ocorra.

Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo – Condições das estradas

Por Michele Pacheco

Saímos cedo de Juiz de Fora para curtir uma semana na praia. Foi melhor assim.
Na BR 040, encontramos pistas vazias e pouco trânsito.
Deu até para aproveitar a bela vista das montanhas de Minas com o dia clareando.
Diga-se de passagem, a paisagem é muito linda no trecho da divisa de MG com o Rio de Janeiro. Na correria do dia-a-dia, nem sempre a gente pára para observar o cenário.

A estrada é duplicada, bem sinalizada e a viagem corre sem problemas.
A concessionária responsável mantém carros de atendimento circulando o tempo todo.
Se algum viajante tem dificuldades, o socorro é rápido. Assim, os motoristas se sentem mais seguros para viajar com a família. Sem falar que a marcação bem-feita nas pistas não cansa tanto quanto o asfalto escuro e sem sinalização definida de outras estradas da região.

Quem for da Zona da Mata Mineira para a Região dos Lagos tem como trajeto mais curto ir pela BR 040 até a Baixada Fluminense e seguir pela Rio-Magé e a Via Lagos.
Mas, pode preparar o bolso com dinheiro trocado.
O pedágio na BR 040 custa R$ 7,20.
Como passamos por três postos, gastamos R$ 21,60 só nessa rodovia.

Demos sorte nos dois primeiros postos, em Simão Pereira e em Areal.
Como era mais cedo, havia pouca fila.
Já na Baixada Fluminense, o movimento de segunda-feira era intenso e pegamos o tráfego comum do pessoal indo para o trabalho.
Além do gasto na BR 040, pagamos mais uns dezesseis reais com pedágios até Cabo Frio.

Saímos de Juiz de Fora com tempo bom, mas notamos nuvens carregadas no estado do Rio.
Em Pedro do Rio, estava chovendo e diminuímos a velocidade.
Afinal, estamos de férias e a pressa é menos importante que a segurança.
Já corremos tanto trabalhando, que no descanso preferimos ter calma.
A previsão é de tempo fechado no estado do Rio pelos próximos dias.

Em Petrópolis, notamos vestígios dos estragos causados pelas chuvas fortes desde o fim do ano passado.
Na altura de Itaipava, distrito petropolitano, tivemos que seguir pela contra-mão.
Uma queda grande de barreira fechou as duas pistas no sentido Petrópolis-Rio.
Um muro de contenção foi construído para evitar que a terra que continuasse caindo invadisse também a pista contrária.

Deixamos a BR 040 e seguimos pela BR 493.
Essa estrada é usada por quem vai da Baixada para Magé, Teresópolis e Além Paraíba.
Por lá, o trânsito estava ainda mais intenso.
Muitos ônibus e vans parando o tempo todo para pegar passageiros nas margens da rodovia tornam o tráfego mais lento.
É preciso ter cuidado com os veículos que saem das cidades e bairros pelo caminho.
Alguns motoristas entram na estrada sem nem olhar para o lado.

Um detalhe que nos chamou a atenção foi o número grande de obras nas estradas fluminenses.
Por todo lado, passamos por caminhões como este, cheio de trabalhadores prontos para melhorar as condições do asfalto e fazer capinas.
Apesar de irregular, o transporte de pessoas em carrocerias de caminhões parece prática comum na região.

O Robson encheu a boca para dizer todo feliz que tínhamos dado sorte, pois em nenhum trecho em obras nós tivemos que parar.
Claro que ele falou cedo demais!
Resultado: na parada seguinte ficamos quase vinte minutos plantados na longa fila de veículos. Era perto de um posto de combustíveis e alguns espertinhos tentavam cortar a fila passando por dentro do posto. Com isso, a espera foi ainda maior.

Nós estávamos dentro de um carro, confortáveis com o ar condicionado espantando o calor e com música agradável tocando. Agora, imagine o que passam os funcionários das empresas que dão manutenção nas estradas. Esse homem, ainda conseguiu uma sombra para se sentar, enquanto liberava ou parava o tráfego. Outros, não tiveram a mesma sorte e estavam de pé balançando aquelas bandeirinhas debaixo de chuva ou sol, suando no clima abafado.

Em Itambi, mais estragos deixados pelas chuvas. Um trecho da BR 493 estava alagado.
Era preciso passar com cuidado.
Placas desviavam o trânsito para fila única, já que a pista no sentido Itambi-Rio estava interditada por conta de uma cratera e asfalto afundado.
Como voltou a chover, a recuperação do local deve demorar.

Além do tráfego em pista única, os motoristas devem passar bem devagar, pois os temporais abriram buracos no asfalto.
Não dá para desviar para o outro lado e não há acostamento nesse ponto.
O jeito é passar com cuidado pelos buracos cheios de água.
Com os carros pesados de bagagem, quem está de férias deve ter ainda mais cautela.

Quando o trânsito é liberado, vem aquela sensação de alívio.
Aí, a gente olha para a pista contrária e vê a longa fila de veículos se formando. Não tem jeito.
E, o pior é que muita gente deixou para voltar hoje para casa.
Como as aulas recomeçam na semana que vem, quem curtiu férias na praia vai aproveitar os próximos dias para compra de material escolar e para colocar em ordem a vida antes de realmente começar o ano.

Mudamos de novo de rodovia, entrando na BR 101, que está em boas condições.
O movimento mais intenso que pegamos foi em Manilha.
Além da agitação tradicional do trecho, o horário era propício para quem ia ao trabalho ou seguia de uma cidade a outra na região.
Com o comércio desenvolvido nas margens da estrada, também é grande o trânsito de pedestres e veículos.

Outro detalhe que notamos foi a ausência de radares em todo o trecho.
Este foi o único que notamos em todo o trajeto.
Ele fica na área de Manilha.
Nos anos anteriores, os radares pequenos, conhecidos como pardais, eram o pesadelo dos motoristas.
Era comum ouvir relatos de viajantes que não conheciam bem as rodovias e depois eram “presenteados” com a multa em casa.

Em Tanguá, a estrada volta a ser duplicada e a viagem flui melhor.
Mesmo sem correr, dá a sensação de que o tempo está sendo bem aproveitado.
Fora que acaba o estresse de ver uma fila longa de carros vindo no sentido contrário nos poucos trechos bons para ultrapassagem.
Pena que todas as estradas do nosso trajeto não eram assim!

Por fim, entramos na RJ 124, a Via Lagos.
Quando a gente vê a placa indicando Araruama, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, o corpo até relaxa, sabendo que é a etapa final da viagem. Dali, já dá para ver o mar e sentir que o fim do trajeto está próximo.
Viva quem decidiu criar o trecho de contorno na estrada.
Quando eu viajava com meus pais, na minha infância, era preciso passar em cada uma das cidades no caminho até Cabo Frio.

Enfim, chegamos. Passamos o resto da manhã em Búzios e depois viemos para Arraial do Cabo.
Seguimos a tradição familiar. Meus pais adoram uma pousada em Arraial.
Ela é mesmo um lugar propício para descansar.
Com bangalôs lindos, piscina e sauna, oferece opções para quem não gosta de passar o dia inteiro na praia.

Depois de relaxar a tarde toda, demos uma volta e retornamos à pousada, onde acessamos a internet para acompanhar a transmissão do jogo do Tupi.
Prestigiamos nossos amigos Ricardo Wagner e Ivam Costa. Como sempre, eles deram um show de bola e competência.