Por Robson Rocha
Não resisti e comecei a choradeira. Pedia todo dia para que ela pintasse um quadro meu. Ela não queria e dizia que não gostava de pintar pessoas conhecidas, pois não ficavam iguais e que ela não iria fazer. Mas como diz o ditado: “Quem não chora não mama”, ganhei pelo cansaço.
Eu escrevi sobre a Michele, mas não mostrei os objetos. Então vou contar algumas historinhas.
Um dia chego em casa e a Michele pergunta se tenho cimento branco. Respondi que não e indaguei porque. Ela me levou até a sacada. Fui imaginando que os pisos haviam se soltado. Quando olhei para o chão havia algumas peças parecidas com bandejas e muitas, mas muitas pastilhas e pedaços de azulejos.
Depois de prontas, realmente as bandejas ficaram muito bonitas e muito úteis. Principalmente a redondinha, que é onde colocamos o tira-gosto na hora de tomar uma geladinha.
Falando em coisas esparramadas pelo chão, às vezes chego em casa e lá está a Michele assentada no tapete da sala cercada de alicates de todos os tipos, tesoura, pedras... É a pequena fábrica de bijuterias.
Ela faz tantas peças, que não tem como usar e nem onde guardar. Aí sai distribuindo. Minha mãe e a Paula, eu acho, perderam a conta de quantos colares e pulseiras já ganharam da Michele. As peças são muito bonitas, mas ainda bem que homem não usa esse tipo de artesanato, senão eu estava...
Eu queria ter a metade da paciência que ela tem para criar coisas. Ela tem uma régüinha onde ela faz cachecóis e blusas lindas, mas eu não coseguiria ficar assentado por horas passando aquela linha entre os preguinhos que estão fixados na régua.
Um dia chego em casa e a Michele pergunta se tenho cimento branco. Respondi que não e indaguei porque. Ela me levou até a sacada. Fui imaginando que os pisos haviam se soltado. Quando olhei para o chão havia algumas peças parecidas com bandejas e muitas, mas muitas pastilhas e pedaços de azulejos.
Depois de prontas, realmente as bandejas ficaram muito bonitas e muito úteis. Principalmente a redondinha, que é onde colocamos o tira-gosto na hora de tomar uma geladinha.
Falando em coisas esparramadas pelo chão, às vezes chego em casa e lá está a Michele assentada no tapete da sala cercada de alicates de todos os tipos, tesoura, pedras... É a pequena fábrica de bijuterias.
Ela faz tantas peças, que não tem como usar e nem onde guardar. Aí sai distribuindo. Minha mãe e a Paula, eu acho, perderam a conta de quantos colares e pulseiras já ganharam da Michele. As peças são muito bonitas, mas ainda bem que homem não usa esse tipo de artesanato, senão eu estava...
Eu queria ter a metade da paciência que ela tem para criar coisas. Ela tem uma régüinha onde ela faz cachecóis e blusas lindas, mas eu não coseguiria ficar assentado por horas passando aquela linha entre os preguinhos que estão fixados na régua.
Isso fora sabonetes, picles (que alias o Olavo e a Regina já viraram fregueses)...
Mas, o que me chama mesmo a atenção é a capacidade da Michele para a pintura. Isso era uma coisa que eu queria saber, contudo tem um problema, só consigo criar alguma coisa com régua “T” e esquadros.
Algumas pinturas impressionam, parecem fotografias, tamanha a riqueza de detalhes.Não resisti e comecei a choradeira. Pedia todo dia para que ela pintasse um quadro meu. Ela não queria e dizia que não gostava de pintar pessoas conhecidas, pois não ficavam iguais e que ela não iria fazer. Mas como diz o ditado: “Quem não chora não mama”, ganhei pelo cansaço.
Porém, não sei se foi de sacanagem, ela pegou uma tela pequena, diferente das outras que são grandes, mas pensei: “tudo bem, pelo menos ela está pintando”.
Agora, cheguei à conclusão de que ela esta me dando um castigo. Primeiro, em vez de me colocar em um ambiente agreste, me colocou em meio a flores.
Segundo, não me deu um rosto ainda.
E, o pior, ela está me castigando há tanto tempo que agora ela vai ter que refazer parte da pintura, pois aquela barriguinha ali, faz tempo que cresceu.
Com isso tudo, só posso dizer uma coisa: CASEI E ME DEI FOI BEM!