Do Portal Caparaó - Com informações de Priscilla Cerqueira
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Foi sepultada por volta de 9:30, no cemitério Campo das Flores, o corpo da jornalista manhuaçuense Scharmaine Guerhardt Satlher (ex-apresentadora e repórter da TV Catuaí).
Ela morreu na madrugada deste domingo, num acidente numa das mais movimentadas avenidas do centro de Nova Venécia (ES). Ela dirigia um Gol e bateu de frente num caminhão de uma empresa de energia elétrica da cidade. A jornalista morreu na hora.
O acidente aconteceu por volta das 2:45 da madrugada deste domingo (23), na Avenida Guanabara, no Centro de Nova Venécia. É uma das mais movimentadas da cidade. Segundo a polícia, ela dirigia na contra mão e com os faróis do carro apagados. Ela bateu de frente no caminhão de uma empresa de energia elétrica.
Scharmaine estava no carro dela, um Gol preto MRI 4046. De acordo com as informações da PM, o motorista do caminhão afirmou que tentou sinalizar pra ela três vezes sobre o farol apagado. Ela não acendeu e foi de encontro com a frente do caminhão. Segundo o registro, ela teria perdido o controle da direção do carro.
Ainda não se sabe as causas. A jornalista morreu na hora devido à força da colisão. O carro ficou muito destruído.
GARAGEM
Segundo o marido, Alfredo Sant'ana, ela saiu de casa para guardar o carro na garagem da prefeitura, que fica ao lado de onde moram. Disse não queria que ela fosse guardar o carro, pois já estava tarde, mas Scharmaine insistiu.
Alfredo explicou que, como ela estava demorando a voltar, ficou preocupado e resolveu ir atrás. Não encontrou o carro na garagem e o vigia disse que tinha ido em direção a avenida Vitória.
O marido pegou o outro carro e foi atrás dela. Ele passou pelo acidente, voltou e perguntou ao policial. “O militar me disse que a pessoa havia falecido. Quando olhei, vi, pela placa do carro, que era o Gol da Scharmaine”, relatou ainda muito abalado.
A notícia da morte da apresentadora de TV repercutiu muito em Nova Venécia durante toda a manhã deste domingo. A perícia esteve no local e só vai divulgar o laudo dentro de alguns dias. O corpo foi liberado no final da manhã, por volta de 10 horas.
Scharmaine Sathler era jornalista e atualmente trabalhava como Editora Chefe do Jornalismo da Star TV, em Nova Venécia. Uma das pioneiras no jornalismo da TV Catuaí, foi também repórter e apresentadora na TV Alterosa Varginha (sul de Minas) e ainda na TV Cultura do Vale do Aço e na Gazeta de Linhares, no norte do Espírito Santo.
Formada em Jornalismo pelas Faculdades Integradas de Caratinga, Scharmaine tinha 32 anos e deixa o marido e a filha pequena Clara Luna, de oito meses.
REPERCUSSÃO
Dedicada ao jornalismo criativo e interpretativo, Scharmaine sempre foi conhecida pelo seu empenho em buscar os detalhes dos fatos, ampliando a visão sobre o que acontecia e formando opinião por onde passava.
Amigos e colegas de jornalismo lembraram seu carisma e simpatia. A jornalista da rede Jovem Pan, Telma Emerick, também manifestou sua tristeza e saudade da amiga Scharmaine, já conviviam desde pequenas. Eram da mesma religião, além de terem estudado em Caratinga e trabalhado juntas na TV Catuaí.
“Quem conheceu essa garota, sabe o quanto era divertida! Depois que a distância nos separou, quando nossas profissões tomaram rumos diferentes, continuamos nos falando pela internet. A mesma alegria de sempre! E porque não dizer uma alegria ainda maior já que teve uma criança linda! Bom recordar o que passou! Péssimo saber que daqui pra frente serão só lembranças.... O que nos deixa uma lição: aproveitar os amigos enquanto os temos por perto. Pra depois dizer que tudo valeu a pena!”, afirmou Telma Emerick.
“A Scharmaine sempre soube inovar e manter um estilo único de trabalho. Por sua postura simpática, irreverente e instigadora, continuará a ser referência e me lembrarei como uma grande amiga”, destacou o jornalista Klayrton de Souza, da TV Catuaí.
O jornalista Fernando Fully também lamentou a morte da jornalista. “A gente que conheceu o trabalho da Scharmaine e sabia de sua postura ética, de sua coragem e lealdade na condução dos trabalhos e no relacionamento com os companheiros, sente muito esta perda”.
“Conheci-a na faculdade e, desde aquela época, ela era uma figura provocadora, com uma visão extremamente questionadora da realidade. Era uma pessoa ímpar que fará muita falta como amiga e como profissional, completou o jornalista Carlos Henrique.
Equipe Portal Caparaó - Com informações de Priscilla Cerqueira