Por Michele Pacheco
Quando era criança, cansei de ver meu irmão brincando de futebol de botão.
Como lá em casa é tradição familiar ser flamenguista, ele tinha o maior carinho pelas peças do Flamengo.
Jogava muito com os colegas da rua, mas era só diversão, nada sério.
Ao contrário do pessoal que veio a Juiz de Fora nesse feriadão.
O XXXI Campeonato Brasileiro Interclubes de Futebol de Mesa termina neste sábado.
A entrada é de graça e a competição ocorre na sede do Cesporte.
Cerca de 50 participantes de dez equipes deixaram de lado os programas tradicionais de Semana Santa para se dedicar ao hobby.
Em entrevista, eles admitiram que o nível dos concorrentes é muito elevado.
O atual campeão da competição é o América, de São José do Rio Preto, São Paulo.
Cada equipe tem no mínimo quatro botonistas.
Antes de cada rodada, os times escalam os quatro competidores que vão atuar.
São quatro partidas, num total de 50 minutos.
Quem vencer mais jogos é considerado vencedor.
O organizador do campeonato é o nosso colega de profissão, Thiago Stephan.
Ele estava empolgado com a presença do Robson e da Flávia registrando tudo para o Jornal da Alterosa.
Todo mundo gosta de ver reconhecido o esforço que faz para que tudo dê certo.
Pelo que o Robson me contou, o Thiago e a equipe de organização estão de parabéns pelo sucesso do evento.
A modalidade de três toques é a mais tradicional em Minas Gerais, mas, segundo informações da organização do Campeonato, foi criada no Rio de Janeiro no final da década de 70.
Cada botonista dá apenas três toques, passando a vez ao adversário.
O Futebol de Mesa foi criado na década de 30 pelo publicitário Geraldo Decourt, que queria recriar num tablado as estratégias e emoções do futebol.
No início, as peças eram feitas de botões de casacos e calças, o que deu nome à prática.