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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Banda Daki 2008 - Irreverência no carnaval de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Estou na TV Alterosa há 10 anos e sempre cobri carnaval. Fazer matéria da Banda Daki no sábado de folia virou tradição. O Bloco é um dos maiores de Minas Gerais e neste ano reuniu em torno de 40 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Eu e o Robson estávamos lá, claro. Mas, com uma diferença. Pela primeira vez desde que entrei na emissora estamos de férias no carnaval.

Triste foi agüentar os olhares assustados de quem me via abraçada a uma figura estranha com peruca black power. Só depois de uma olhada atenta é que o pessoal reconhecia o Robson! Fomos nos divertir com a Paula, filha dele, e matar as saudades dos amigos que estavam trabalhando. Aproveitamos para tirar fotos e guardar de recordação.

A turma da TV Panorama estava a postos com a cobertura ao vivo. No alto do carro, estava o cinegrafista Moysés Vale, repondo as energias num dia de sol intenso. O Oswaldo Neiva ficou com a câmera de baixo e estava trabalhando com a Carla Arantes, repórter, e o Ulisses (Chaveirinho), auxiliar. Bem-humorada, a equipe posou para nossa câmera no melhor estilo folião.

Pela TV Alterosa, encontramos o Mário César. Ele é auxiliar de cinegrafista do programa Fatos em Foco e está em todos os eventos que cobrimos. É uma peça rara! Com disposição e competência de sobra, ele parece advinhar o que os repórteres cinematográficos querem. É muito legal trabalhar com o Mário. Como o Robson está sempre tirando fotos dele, algumas vezes em situação cômica, nosso auxiliar tentou fugir da lente, mas sem sucesso. Pelo menos dessa vez saiu bem na foto!

O jornal Tribuna de Minas colocou todo mundo para trabalhar. Os fotógrafos se dividiam em pontos estratégicos para registrar cada detalhe do bloco. O calor estava tão intenso que a gente tinha a sensação de que iria derreter. Imagine o pessoal da fotografia, com coletes e equipamento. Flagramos os fotógrafos Olavo Prazeres e Diogo Kling aproveitando alguns segundos de descanso na sombra antes de retomar a maratona que é seguir a Banda.

Esse tipo de evento é legal para encontrar aquelas pessoas que só vemos durante as reportagens. O Oswaldo Braga Júnior, presidente do MGM, Movimento Gay de Minas, seguiu a tradição de ir à campo distribuir preservativos, dentro da campanha de prevenção à Aids.
Encontramos também um amigo querido, o Luiz Carlos Lyra. Ele foi nosso companheiro na TV Alterosa e hoje está na TV Panorama. Foi bom para colocar a conversa em dia.

A Banda Daki surgiu com um grupo de amigos que se vestia de mulher e ia para as ruas. A idéia pegou, o bloco cresceu e apareceu. Hoje, atrai participantes de todo o estado. O José Carlos Passos, o Zé Kodak, é o General da Banda Daki e comanda a festa desde o início. É uma figura que admiramos muito. Determinado, ele já enfrentou muitas dificuldades, mas nunca desistiu de lutar para manter vivo o bloco.

Se o Zé é a alma da Banda, a irreverência é o combustível que move milhares de foliões por quase oito horas desde a concentração até a dispersão. Adultos e crianças se divertem com as figuras engraçadas. Tem persongens da TV, homens vestidos de mulher e fantasias criativas. O evento é democrático. Foliões de todas as idades, sexo e condição financeira se unem para curtir o carnaval. O Rei Momo e a Rainha participam da festa. Até Isabellita dos Patins veio do Rio de Janeiro para desfilar.

A Banda faz parte do Patrimônio Cultural de Juiz de Fora. Título merecido! Parabéns mais uma vez ao Zé Kodak.

E quem está sempre prestigiando o bloco é o pessoal do Free Folia. A equipe trabalha com vontade para registrar os melhores momentos do carnaval de Juiz de Fora.
Quem quiser conferir fotos de todos os eventos deste ano, é só acessar o site
www.freefolia.com.br

Do rádio em Carangola para o mundo

Por Robson Rocha

Foi muito bacana encontrar nas férias, em Campos, um amigão, Ronan Júnior. Nós o conhecemos quando, certa vez, fomos convidados pelo Marcel Ângelo, jornalista amigo nosso, para participar de algumas palestras na Faminas, em Muriaé.

Durante um bate-papo entre profissionais de jornalismo e alunos do curso de jornalismo, comecei a prestar atenção no camarada que estava conduzindo o debate. Era o Ronan. Ele tinha todo o domínio da situação, segurança nas perguntas e achei estranho. Não é normal um formando ter uma segurança que muitas vezes profissionais experientes não têm.
Quando acabou o bate-papo, eu o procurei e perguntei qual a experiência dele e há quanto tempo já havia se formado. Ele respondeu que estava se formando naquele ano.
Poucas vezes, em vinte anos de profissão, indiquei alguém para trabalhar em tv.

Mas enxerguei nele o que sinto falta em muitos profissionais: carisma.

Além disso, o cara tinha uma dicção legal e eu cismei que ele tinha jeito para a tv. Isso tirando alguns brincos estranhos que o rapaz usava e fazendo sua barba.
Pedi a ele que nos mandasse um dvd com alguma matéria feita na faculdade.
Ele nos mandou o material e era muito bom. Entreguei o material para nossa editora. Ela gostou e ele foi contratado para fazer férias da repórter Cristiane Armond, hoje Editora-chefe do RJTV 2ª edição da Inter TV (Região dos Lagos, Região Serrana e norte fluminense). Pena que não havia vaga para repórter na TV Alterosa naquela época.

Depois de cobrir férias, ele conheceu o Boris Casói numa entrevista em Muriaé, foi para a TVJB e logo depois para o SBT-Rio. Foi muito legal e prazeroso assistir matérias e entradas ao vivo nos jornais de rede do SBT e assinando como Ronan Tardin.
Depois, ele foi contratado pela Inter TV para ser repórter em Campos, Norte fluminense.
Acredite o cara tem até fã clube.

Agora que contei parte da história dele, vou voltar ao início.
Ronan, Michele e eu batemos um longo papo, lógico, sobre televisão. Ele estava se recuperando de uma pequena cirurgia na boca (pequena,apesar do tamanho da boca).
Não nos assustamos, pois em um mês em Juiz de Fora ele teve alguns contratempos. O mais engraçado foi quando teve uma virose. Encontramos com ele na tv e notamos que estava um tanto pálido. Dissemos para procurar um médico e não o vimos mais.
Quando eram umas seis e meia da tarde estávamos terminando de gravar uma matéria de um homicídio em um morro em Juiz de Fora, quando o celular da Michele tocou.
Ela atendeu e logo arregalou os olhos. Acabei de guardar o equipamento e perguntei o que tinha acontecido. Ela me disse que era o Ronan, que estava mal e precisava ir a um hospital, mas não sabia andar direito na cidade. Como o sujeito não tinha plano de saúde(e para quem cobre férias a TV não faz plano de saúde), a Michele indicou o HPS(sacanagem com o menino). Lá pelas sete da noite ligamos pra ele, adivinhe onde ele estava? Na fila de espera do SUS. Não falei que era sacanagem!
Fomos rápido para o Hospital de Pronto Socorro. Tivemos que resgatá-lo. Chegando, olhamos a recepção lotada e cadê o Ronan? Não achamos, mas de repente surge uma figura que parecia um zumbi no meio do salão. Não era nenhum personagem do clip do Michael Jackson. Era Ronan Junior ou o que a virose deixou dele. Perguntamos por que não se identificou como jornalista da TV. Ele disse que tinha ficado sem graça e ficou na fila. E que fila! A Michele conversou e conseguiu que ele fosse atendido. Sabe qual foi a medicação? Não sabe? Aspirina e cama! Tanto tempo de espera para ouvir isso.

Durante nossa conversa regada a cachorro-quente e muito catchup, ele nos mostrou várias fotos que registram momentos legais da carreira dele. Foi muito engraçado ver fotos do Ronan com colete à prova de balas.
Também é muito legal ver que continua com sede de aprender e não esconde suas dificuldades ou deficiências.

Isso vai levar esse camarada que trabalhava em uma pequena rádio em Carangola, no interior de Minas, ao primeiro time do jornalismo nacional.
E conversando com o pessoal da Inter TV, foi muito bacana saber também o respeito profissional que ele está conquistando.