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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Câncer em MInas

Do Portal Minas

Por ser o câncer uma doença que mata sete milhões de pessoas no mundo e, atualmente, a segunda causa de mortalidade no Estado, foi lançado nesta sexta-feira (25) o 6º Informativo da Vigilância do Câncer de Minas Gerais, publicado pelo Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus fatores de risco da Superintendência de Epidemiologia da subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O objetivo do Informativo é apresentar os tipos de câncer por municípios, com prioridade de investigação, para auxiliar no planejamento de ações de prevenção e controle. O estudo avaliou a mortalidade por câncer dos 853 municípios mineiros.

Segundo a coordenadora do programa de Avaliação e Vigilância do Câncer da SES, Berenice Navarro Antoniazzi, das análises realizadas foram encontrados 122 municípios com resultados alterados para algum tipo de câncer, categorizados como de alta ou altíssima prioridade de investigação. “Através dos resultados é possível que cada município investigue o câncer para validar a doença, voltando o olhar para a análise”, destacou.

As análises foram classificadas por quatro categorias: baixa, média, alta, altíssima, onde essas duas últimas foram selecionadas para identificar os municípios de alta ou altíssima prioridade de investigação futura.

“O Informativo apresenta a avaliação do câncer nos municípios visando atender à demanda crescente que chega à SES-MG, proveniente de populares, gestores, instituições, profissionais de saúde e outros sobre a situação do câncer em suas cidades”, enfatizou o superintendente de Epidemiologia, Aníbal Arantes Júnior.
Estiveram presentes no evento o coordenador estadual do programa de Controle de Câncer de Colo Uterino e de Mama, Sérgio Bicalho, o representante da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Sebastião Cabral Filho, e o representante da gerência de Redes Assistenciais de Alta Complexidade, Luis Adelmo Lodi.

6º Informativo
Para a elaboração do 6º Informativo da Vigilância do Câncer, baseados no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) de 2001 a 2005, foram definidos os 12 tipos de câncer específico e todas as neoplasias mais freqüentes da doença.
São eles:
esôfago; estômago; próstata; mama feminina; colo uterino; boca; leucemias; tecido linfático; traquéia, brônquios e pulmão; cólon, reto e ânus; meninges e encéfalos; fígado e vias biliares intrahepáticas e todas as neoplasias.

Estudos apontam os 122 municípios onde as prioridades de investigação alta e altíssima apareceram mais vezes. Do conjunto avaliado, esses municípios apresentaram resultados alterados, ou seja, com mortalidade maior do que a esperada para algum tipo de câncer. A metodologia permitiu encontrar resultados alterados em pequenos municípios, como Acaiaca, Araguari, Conselheiro Lafaiete e São Lourenço cada uma com um registro. “O objetivo é alcançarmos os pequenos municípios, onde encontramos resultados acima do esperado. A partir daí, se tornam municípios para investigação, onde trabalhos de prevenção serão iniciados”, falou Antoniazzi.As cidades que apresentaram maior número de registros alterados foram Montes Claros, Belo Horizonte e Juiz de Fora, ou seja, vários cânceres apresentam uma mortalidade acima do esperado.

A mortalidade por câncer no Brasil é de 80,04 por 100 mil habitantes.
Em Minas, o índice é de 81,89 óbitos. O dado específico por cidade não foi divulgado porque, segundo a secretaria, varia muito de acordo com as características regionais.
O câncer de pulmão é o mais comum entre os casos registrados em Minas. Depois aparece o câncer de estômago, esôfago, próstata, colo, reto e mama. Entre a população mineira, o câncer é a segunda causa de mortalidade, sendo responsável por 14% dos casos.
Em Montes Claros, há alta incidência de câncer de esôfago, o que pode ter relação com o alto consumo de cachaça.
Fonte: Secretaria de Estado de Governo

terça-feira, 29 de abril de 2008

Ferrovias de Minas - Nos trilhos do abandono

Por Robson Rocha

Falando em ferrovia, nossa região convive com o abandono da história ferroviária.
Quando viajamos pela região é possível ver restos do que já foi uma linha férrea.
O trem colaborou para o desenvolvimento da Zona da Mata Mineira.
Aos poucos, ele foi perdendo espaço, os grandes produtores de café e cana faliram e o transporte ferroviário perdeu força.
No mapa as estradas de ferro que existiam em 1961.

No passado, as ferrovias foram um reflexo de um período de desenvolvimento da região.
Um dos registros mais tristes do abandono no presente está em Além Paraíba.
A estação em si e o local onde funcionavam os armazéns estão preservados,
mas os dois prédios mais bonitos estão desabando aos poucos.
E quando cair, com certeza, vai enterrar a história de um dos períodos de maior desenvolvimento de Além Paraíba.
Neles funcionavam hotel e restaurante.

Esta estação chamada de Estação de Porto Novo do Cunha e depois de Estação de Porto Novo, foi inaugurada em 1871 pela Estrada de Ferro Dom Pedro II. Depois, a Leopoldina Railway assumiu a estação.
Em 1957, a Leopoldina foi incorporada à Rede Ferroviária Federal.
Em 1996, a concessionária FCA assumiu a linha, após privatização. Em agosto de 1999, a FCA passou a ter a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) como a líder do grupo de controle da Ferrovia Centro-Atlântica, fortalecendo o processo de gestão e recuperação da empresa.

Mas, não do patrimônio abandonado em Além Paraíba.
No fundo é uma pena que a empresa não tente recuperar aquele patrimônio. Como em Juiz de Fora, onde a MRS, que também tem a Vale como acionista, apenas usa nosso solo, sem dar muito em troca, segundo o Promotor de Meio Ambiente e Urbanismo Júlio César da Silva.
Hoje, os trens a diesel passam dentro da cidade de Além Paraíba e muito próximos às casas.

Segundo o site http://www.estacoesferroviarias.com.br/ a rotunda, local de manonobra dos antigos trens, desabou em março deste ano.
Quem sabe uma hora a Vale se sensibiliza com o abandono de uma das mais bonitas estações ferroviárias do Brasil e, com a força que tem também na política, consiga recursos para recuperar esse patrimônio, enquanto é tempo.
Se isso acontecer, vou querer estar lá e ter o prazer de gravar imagens bonitas, onde até hoje só consegui mostrar a falta de respeito com a nossa história, a história do desenvolvimento de Minas Gerais.

Vandalismo no Cemitério Municipal

Por Michele Pacheco

Descanse em paz! Enquanto os vândalos permitirem!

É um absurdo que nem o "descanso eterno" seja respeitado. Treze túmulos do Cemitério Municipal de Juiz de Fora foram alvo de vandalismo no último domingo.
Segundo o Diretor de Controle Funerário, Getúlio Ademar Nogueira Pavão, na madrugada de domingo os vigias receberam uma ligação de moradores vizinhos alertando que nove pessoas vestidas de preto estavam andando entre as sepulturas na parte mais alta do cemitério. Segundo o diretor, três jovens foram abordados e a polícia militar foi chamada. Depois do registro da ocorrência de invasão, os suspeitos foram soltos por não haver provas de delitos contra eles. Só no dia seguinte é que foram notados os estragos. A Polícia Militar investiga a denúncia de que um grupo de góticos teria feito a depredação.

Fomos ao cemitério registrar o caso e ficamos surpresos com a ação dos vândalos. Túmulos foram quebrados e abertos, lápides foram arrancadas e destruídas, e muitas cruzes foram jogadas no chão. Em meio ao mato que esconde alguns túmulos na parte mais alta, perto do IML, Instituto Médico Legal, os criminosos encontraram proteção contra os olhos dos quatro vigias que trabalham no turno da noite. A suspeita é de que eles tenham entrado no cemitério pulando o muro de um terreno baldio.
O Municipal tem 86 mil m2 e 19 mil sepulturas.

Difícil é entender o que se passa numa mente doentia que acha graça em destruir o que as famílias construíram com sacrifício, num momento de dor e perda de alguém querido. Como será que essas pessoas se sentiriam se encontrassem o túmulo dos pais delas naquele estado de destruição? Será que gostariam de ver os restos mortais de algum familiar desrespeitado por irresponsáveis? Violação de túmulo é crime! Pelo menos, até agora, não foi notada a ausência de ossadas nas sepulturas depredadas.

O pior, é que os suspeitos detidos no domingo usavam roupas pretas e se denominavam góticos (sub-cultura que surgiu na Europa e nos Estados Unidos nos anos 70 e chegou ao Brasil na década de 80 - tem fixação pela morte e vê os cemitérios como se fossem museus e locais de contemplação), denegrindo a imagem de um movimento que sempre foi ligado às artes e à cultura. Os primeiros góticos eram considerados excluídos da sociedade. Para eles, os cemitérios eram um lugar de admiração. O que não se encaixa ao que foi feito em Juiz de Fora. Se o grupo responsável pelo vandalismo se considera gótico, deveria se informar melhor sobre essa sub-cultura e o que ela defende.

Esses vândalos não são góticos, são criminosos!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Perigos no trânsito

Por Robson Rocha

O assunto do dia foi o trânsito.
Começamos gravando com o promotor de Meio Ambiente e Urbanismo, Julio César da Silva. Na semana passada, ele nos deu uma entrevista exclusiva sobre os problemas com as passagens de nível em Juiz de Fora. A matéria foi ao ar hoje no Jornal da Alterosa Edição Regional e fomos juntos com companheiros de outros veículos de comunicação para cobrir a reunião do promotor com o Presidente da MRS, Júlio Fontana.

Mas, ele não apareceu e mandou um representante. Júlio César da Silva não aceitou recebê-lo, já que esse representante não tem poder legal para assinar um acordo com o Ministério Público (objetivo da reunião) e afirmou que agora vai entrar com uma medida cautelar na justiça pedindo embargo de bens da empresa.
A medida é para garantir pagamento em caso de condenação futura.
Do jeito que estão, as passagens de nível só ajudam a deixar o trânsito mais confuso em Juiz de Fora.
O número de trens que passam pela cidade tem aumentado, o volume de veículos e pessoas na cidade também.
Resultado: caos à vista!

E, falando em trânsito, terminamos o dia com um acidente entre duas motos na rua Engenheiro Gentil Forn, no Morro do Imperador.
Não deu pra entender muito bem o que aconteceu, pois as motos caíram bem distantes uma da outra.
A polícia não tinha informações sobre as vítimas, pois quando os policiais chegaram ao local, as duas viaturas de resgate, uma dos bombeiros e outra do Samu, já estavam saindo com os feridos.

Nesse mês, foram vários acidentes com motos em Juiz de Fora.
Só no dia 15, passei por dois casos com moto em menos de 2 horas.
O primeiro foi pela manhã. Fui levar minha filha ao colégio e quando voltava pela avenida Independência, lá estava uma moto caída. Não deu pra parar e perguntar o que houve. Mas a avenida ainda estava vazia e mesmo assim parece que os dois veículos queriam ocupar o mesmo lugar no espaço.

Logo depois, me deparei com o segundo acidente. Dessa vez na avenida Rio Branco e mais uma vez a lei da física funcionou. Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço e o estrago foi grande.
O curioso é que achei que o motoqueiro tivesse se ferrado na batida, mas que nada. Ele estava bem e falando ao celular.
Só posso dizer que o santo do cara é forte, porque bater na traseira de um Chevette, causar esse estrago e nem pegar carona no resgate!?

Em um outro acidente, na Praça Agassis, no bairro Mariano Procópio, o motoqueiro perdeu o braço na batida, não resistiu e morreu.
Nesse final de semana, mais dois acidentes envolvendo motos e fazendo vítimas fatais. Por volta das 3h30, na Avenida JK, próximo ao trevo de entrada ao Bairro Cidade do Sol, na Zona Norte, uma Caravan chocou-se contra um poste de iluminação, que caiu sobre uma moto. O motociclista morreu na hora.
Também na Avenida JK, um motoboy bateu contra a mureta de proteção do Viaduto Ramirez Gonzalez, no Cerâmica. Com o impacto uma jovem que estava no carona, foi arremessada de uma altura superior a três metros.

Mas, a Avenida Rio Branco é a recordista em atropelamentos na cidade.
Em nenhuma avenida ou rua de Juiz de Fora acontecem tantos acidentes envolvendo pedestres. E a gente sabe que na maioria das vezes existe um abuso por parte deles. Claro que existe imprudência de motoristas, mas basta olhar quanta gente não anda na calçada.
Vão dizer que não cabe todo mundo na calçada! Mas, e quando os carros não couberem na avenida, eles vão subir na calçada?!

Isso, sem nos esquecer dos ciclistas. Na Avenida Rio Branco isso é um perigo!
O espaço já é pequeno para dois carros e aí surgem bicicletas fazendo ultrapassagens pela direita e disputando espaço com veículos e motos. A grande maioria dos ciclistas não respeita lei nenhuma, muito menos sinal de trânsito e aí, fazer o quê? Eles não podem ser multados.
Até agora só motoristas e motociclistas podem ser punidos, mas parece que já passou da hora de fazer com que pedestres e ciclistas respeitem as leis de trânsito.
Uma vez que campanhas educativas não funcionam, é hora de pensar em uma outra solução.

MRS pode pagar pedágio em Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Não é de hoje que a linha férrea que corta Juiz de Fora se torna um assunto polêmico.
Existe um projeto para um anel ferroviário para Juiz de Fora, com cerca de 50km.
Mas devido ao alto custo, R$300 milhões, o projeto não saiu do papel.

Em uma entrevista do presidente da MRS, Julio Fontana, ao Portal JFMG(http://www.portaljfmg.com.br/), perguntado se existia um projeto para tirar o trem da região central de Juiz de Fora, ele respondeu:
“Não. Já foi pensado, mas não pela MRS.

Existe um projeto para a retirada do trem, mas ele é do governo.
A malha pertence ao Estado, a MRS é uma concessionária.
Assim essa linha que passa na cidade é do governo federal, e não da MRS, qualquer modificação tem que ser iniciativa deles e não nossa.”

São mais de 13 passagens de nível na cidade, isso fora aberturas, às vezes
clandestinas, para a passagem apenas de pedestres.
Seis passagens de nível são mais críticas, principalmente a da rua Benjamim Constant, ligando a zona leste da cidade à região central. Ali, todos os dias pedestres e motoristas testam sua paciência. Quando a cancela fecha para a passagem do trem, o trânsito que já é caótico, simplesmente pára. E o reflexo chega até a Avenida Brasil. Muitas vezes viaturas do resgate e corpo de bombeiros também ficam retidas.
Após a passagem da composição, o trânsito demora a voltar ao normal.

O gerente de arrendamento e patrimônio da MRS, Sérgio Carrato,
disse à Comissão Especial da Câmara Municipal de Juiz de Fora, em 2006, que a empresa gera mil empregos diretos e mais mil indiretos na cidade. Com relação aos tributos pagos pela empresa, Carrato contou que são pagos por ano R$600 mil de INSS, R$ 60 milhões em ICMS e mais R$300 milhões em tributos federais, além dos R$ 600 mil pagos pelo aluguel da linha do trem.
A MRS arrendou a Rede Ferroviária Federal no trecho entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte, atravessando 105 municípios.
Segundo a empresa, o ISS gerado para Juiz de Fora foi de R$1.023.056,85.

Sempre que acontece algum acidente o assunto volta a circular.
Dia 13 de dezembro de 2006, a polêmica voltou.

Segundo matéria do jornal Tribuna de Minas, a linha férrea em Juiz de Fora seria murada.
Abaixo, a matéria.

Dnit estuda fechar passagens de nível com viaduto

Os mais de 20 quilômetros de ferrovia que cortam o perímetro urbano de Juiz de Fora podem ser fechados por muros. O Ministério dos Transportes vai realizar um projeto para adequação da linha na cidade, como forma de minimizar os transtornos provocados pela crescente convivência da população com os trens. Na prática, isso significa que, ao invés da retirada dos trilhos, como foi solicitado pelo prefeito Alberto Bejani (PTB) ao Governo Federal, a via seria vedada. Desta forma, as travessias de pedestres e veículos, hoje feitas em passagens de nível, seriam realizadas em viadutos e passarelas, conforme informações do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). A medida representaria uma alternativa mais barata que a transposição da ferrovia e também seria o meio mais rápido para reduzir os problemas provocados pela passagem de, pelo menos, 30 composições diárias, causando no total mais de cinco horas de retenções. As interrupções no trânsito, inclusive, devem se tornar ainda mais comuns, levando-se em consideração a previsão da MRS Logística, concessionária do trecho, de aumento de cerca de 75% no volume transportado até 2009. Com isso, o fluxo de veículos e transeuntes na cidade poderia sofrer até 52 paralisações a cada dia, saturando ainda mais o trânsito. O cenário previsto para o futuro pode se tornar pior, devido à tendência de crescimento da frota de automóveis em circulação no município, que atualmente ultrapassa 137 mil veículos. Um ponto negativo da medida, entretanto, é que Juiz de Fora passaria a ser cortada por um paredão de concreto. “O melhor para a cidade seria a retirada total da linha de dentro da área urbana, o que, infelizmente, nem sempre é viável”, afirma o diretor de Infra-estrutura Ferroviária do Dnit, Luiz Fernando Fonseca, que destaca ser evidente a necessidade de uma solução com maior rapidez possível. “Juiz de Fora está chegando ao ponto em que algo realmente precisa ser feito. Conhecemos o projeto de expansão da MRS Logística, que é bastante grande e prevê aumento considerável na passagem de trens pela região.”

Cada vez que acontece um acidente na área urbana da cidade, surgem inúmeros defensores da causa e são apresentados projetos de todos os tipos. As idéias brotam maravilhosamente, mas tão rápido quanto o acidente, elas são esquecidas e nada é feito. Claro que existem medidas paleativas, mas nada com resultados práticos, e a população continua sendo a grande prejudicada.

Nesta semana, mais uma vez a linha férrea que corta Juiz de Fora vai ser notícia.
Desta vez, quem levanta a polêmica é o promotor Júlio César da Silva.
Ele quer que a MRS pague pelo uso do solo na cidade.
Seria uma espécie de pedágio para os trens passarem por Juiz de Fora.
Pelo menos dessa vez, parece não ser um ato político, mas tenho certeza que o promotor vai encontrar muitas dificuldades pelo caminho.

A Rede Ferroviária Federal acabou com a mais perigosa passagem de nível de Juiz de Fora na década de 1980.
Ela ficava na Avenida Rio Branco, próximo ao campo do Sport.
Imagine a cidade hoje sem o Mergulhão, e como ficaria o trânsito da principal avenida quando fosse passar um trem.

Gravamos uma matéria na passagem de nível da
Benjamin Constant, na sexta-feira, e nos cinco minutos em que o trânsito ficou parado para a passagem do trem, o número de carros e pedestres que esperavam para passar era enorme.
Isso tudo com um outro detalhe: não há nenhum segurança no local apenas a cancela e as pessoas ficam muito próximas do trem que está passando.

Espero que o promotor consiga respostas e o melhor, ajude a pôr em prática soluções para os problemas da linha férrea em Juiz de Fora. Pois, por enquanto, os descarrilamentos ainda não aconteceram na área central de Juiz de Fora.

Se acontecer uma tragédia, de quem vai ser a responsabilidade?

sábado, 26 de abril de 2008

ESCLARECIMENTO!

Queremos deixar claro às pessoas que lêem nosso blog que não vamos, em momento algum, entrar em discussões políticas.
Fatos citados nesse espaço são aqueles em que participamos, em alguns casos, histórias enviadas por colegas de trabalho e divulgação de alguns eventos esportivos.
Abrimos exceção apenas no caso da prisão do prefeito de Juiz de Fora, onde além das histórias, postamos matérias do Portal UAI e do G1.
O único link político é para o blog do Canalli. Independentemente da posição política dele, somos amigos muito antes dele ser vereador.
Quanto aos comentários:

1 - Não vamos postar comentários sobre políticos. Independentemente de ser prefeito ou candidato a prefeito.

3 – Não vamos postar críticas ou elogios a nenhum político, em especial em ano eleitoral.

2 – Não vamos postar nenhum tipo de crítica à TV Alterosa, à TV Panorama, à TVE, à Tribuna de Minas, ao Jornal Panorama, nem a nenhum outro veículo de comunicação. Essas críticas devem ser feitas diretamente aos veículos de comunicação.

3 – Muito menos, vamos postar comentários críticos a colegas de profissão, independente da empresa em que trabalham, da postura que adotam ou da linha profissional que demonstram.

4 – Palavrões, nem pensar!
Textos de baixo calão só demonstram que quem escreveu não tem argumento suficiente para discutir de forma lúcida e educada.

Mais uma vez, vamos deixar claro que esse espaço não está aberto às brigas políticas nem às picuinhas com os grupos de comunicação.
Vamos continuar relatando os bastidores das matérias, postando algumas notícias da região e o principal, vamos continuar sendo um espaço para participação da galera do jornalismo.

Atenciosamente,
Robson Rocha

OBS: Entrevista exclusiva é aquela em que apenas um veículo participa.
No caso do prefeito de Juiz de Fora, foram três entrevistas exclusivas.
Primeiro a Tribuna de Minas, depois a TV Alterosa e por fim a Rádio Solar.

Estou explicando porque algumas pessoas não entenderam o que é entrevista exclusiva.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Bejani volta à prefeitura

Por Robson Rocha

A volta de Bejani à prefeitura de Juiz de Fora deu trabalho pra galera da imprensa.
Tá pensando que vida de jornalista é fácil?! Chegamos cedo pra esperar a chegada.
O Carlos Mendonça, repórter fotográfico do jornal “O Tempo” e eu, depois de sairmos mal na foto de ontem, nos forçamos para mudar o “tamanho” da nossa imagem.
O difícil é ficar sem respirar quando a Michele vai bater a foto.
Ela demora demais!!!!

Brincadeiras à parte, os funcionários da prefeitura desceram e se juntaram aos políticos, sindicalistas e a populares que esperavam a chegada do chefe do executivo.
Enquanto isso, o pessoal da imprensa se embolava para conseguir um melhor lugar.
Aí, pela cara de choro do João Schubert, repórter fotográfico do jornal Panorama, parece que nosso amigo, o cinegrafista da prefeitura, Maurício Mazzei deu um pisão no John John. O flagrante é do Carlos Mendonça!

Mas, em nome da união da classe que produz imagem jornalística em Juiz de Fora, cinegrafistas e fotógrafos se reuniram para essa foto histórica.
Peguei pesado, mas é que a foto registra, somando a idade da galera, uns 400 anos de imagens.
O mais novinho aí, sou eu. Ré, ré, ré...

Durante a espera os grupos acabam, em alguns momentos, se espalhando. A maioria não parava de falar, mas ninguém perdia de vista nenhum carro que chegasse. Gravamos tudo e o jeito era aguardar a chegada de Bejani. Enquanto isso, a Michele esperava tranqüilamente o motoboy para levar as fitas conversando com o Mauro, da Defesa Civil. A Patrícia, repórter da tv Panorama, estava meia enrolada para segurar tanta coisa e escrever ao mesmo tempo.
E, a toda hora, se lembrava do dead line.

Quando o prefeito chegou, a luta por espaço começou. Era um mundo de gente! Quinhentas pessoas querendo cumprimentar o prefeito e a gente da imprensa tentando garantir uma imagem.
Fui sendo levado pela multidão e gravando o Bejani e o povo em volta dele. Em determinado momento ele quase chorou, emocionado com o carinho do pessoal. Garanti a imagem, mas só não cai de costas no degrau porque não havia espaço pra cair. A senhora que estava atrás de mim ficou espremida. O máximo que pude fazer foi pedir desculpas.

Acho que andamos uns cinqüenta metros até a entrada do prédio da prefeitura, mas pareceu uma eternidade. A Michele foi espremidinha, mas fez a entrevista. E eu, quando cheguei no saguão, me vi no reflexo e estava parecendo um urso panda com mancha em um olho só. O visor da câmera estava marcado na minha fuça.
Subimos rapidamente para o nono andar, Bejani chegou logo depois e foi para o gabinete. Tentei fazer a imagem dele entrando, mas não deu. Era muita gente.
Dali, saímos e aguardamos para gravar uma entrevista exclusiva com o prefeito.
Mas, agora vou tomar uma cerveja e a Michele conta essa história pra vocês, logo abaixo.

Bejani dá entrevista exclusiva à TV Alterosa

Por Michele Pacheco

Depois de ser solto e retornar a Juiz de Fora na última terça-feira, o prefeito Alberto Bejani voltou ao trabalho. Ele enviou ofício à Câmara Municipal ontem à tarde, comunicando o cancelamento das férias que tinha pedido e avisando do retorno ao cargo. Hoje, por volta de onze e meia da manhã, o prefeito de Juiz de Fora voltou à prefeitura e foi recebido por uma multidão de 500 assessores, políticos, servidores municipais e eleitores. Todos disputando espaço para dar um abraço e demonstrar apoio.

Bejani chegou com a mulher, Vanessa Loçasso Bejani. No caminho, ele recebeu um cumprimento afetuoso do vice-prefeito José Eduardo Araújo. No gabinete, o prefeito chamou um a um todos os aliados que estavam presentes para uma conversa. Depois de uma reunião com os secretários, ele conversou com exclusividade com a nossa equipe.

Logo que entramos, Bejani deixou claro que estava disposto a responder a qualquer pergunta. Ele comentou o trabalho da imprensa no caso, dizendo que ficou surpreso com o fato da prisão dele ter tido de todas as empresas mais divulgação do que a prisão dos outros prefeitos e do juiz detidos na Operação Pasárgada, da Polícia Federal.

Sobre as denúncias de fraude no repasse de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (pela denúncia da Polícia Federal, os prefeitos detidos pagavam um advogado e lobista para negociar sentenças favoráveis para a liberação do recurso a municípios com irregularidades, em especial dívidas com o INSS, o que seria o caso de Juiz de Fora), Bejani negou qualquer envolvimento e disse que a cidade recebeu os recursos porque a dívida com o INSS desde a administração anterior está sendo paga. Ele foi duro ao criticar o INSS, afirmando que o órgão sim é que deveria ser investigado, já que reteve de forma irregular o dinheiro dos municípios. Segundo Bejani, o INSS deveria descontar 6% das prefeituras, mas estaria há alguns anos trabalhando com descontos de 9%, o que significa que as cidades deveriam ter reembolso dessa diferença e não tiveram. Ele desafiou os responsáveis pelo INSS a provar que há irregularidades.

Sobre as armas encontradas na casa dele, o prefeito voltou a afirmar que a pistola 9mm apreendida não é de uso exclusivo das forças de segurança. Ele reforçou o depoimento exclusivo do ex-policial civil, e agora empresário, Mauro Fusco ao Jornal da Alterosa.

Fusco disse que a arma foi adquirida por ele em 97, como presente de um amigo, e já saiu da loja no centro de Belo Horizonte com nota fiscal e registro no nome do então inspetor da Polícia Civil. A pistola seria uma 9mm short, ou seja 9mm curta, com munição menor e menos potente do que a usada pelas forças armadas e por alguns policiais. Bejani lembrou que ficou preso na Penitenciária Nélson Hungria, de segurança máxima, por 11 dias a mais que os outros detidos. O motivo seria a posse ilegal de arma de uso restrito. Argumento que foi derrubado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O prefeito contou que a apreensão foi ilegal e um dos desembargadores chegou a sugerir que as armas fossem devolvidas.

A imagem do dinheiro encontrado na casa do prefeito de Juiz de Fora, um milhão 120 mil reais, chocou muita gente. Perguntamos se poderia explicar a origem daquele dinheiro. Ele disse que só não tinha levado os documentos para a entrevista, porque os advogados dele pediram que esperasse até a próxima semana. Mas, afirmou que vai divulgar logo esses documentos. Ele pretende conversar com o governador Aécio Neves sobre o que viu e viveu na penitenciária, em Contagem. Um dos pontos que chamaram a atenção dele foi a situação dos agentes penitenciários, que não têm nenhuma garantia de que vão voltar ao trabalho no dia seguinte, que estão em contato constante com integrantes de facções perigosas, como o PCC, sem ter como se defender das ameaças. As condições dos presos também chocaram Bejani, que afirmou que, daquela forma, ninguém sai recuperado.

Sobre o futuro político, Bejani disse que está mais preocupado agora em cumprir o mandato até o fim, que não está pensando ainda na eleição deste ano e que não sabe se vai continuar na vida política. Para ele, o mais importante neste momento é rebater todas as denúncias e provar que é inocente. A entrevista está sendo exibida pelos jornais da TV Alterosa. Ela já foi ao ar hoje, no Jornal da Alterosa 2ª Edição e deve ser repetida nos telejornais dessa sexta-feira. Quem não puder assistir, pode ver o material mais tarde no site da TV Alterosa, http://www.alterosa.com.br/ A partir de amanhã à tarde, a entrevista vai estar também no site de Juiz de Fora www.alterosa.com.br/jf

Homem passa a noite algemado pelos pés na porta da carceragem por falta de vaga em cadeia de Minas

Por Silvan Alves
Jornalista da TV Atividade

Um muriaeense foi preso ontem (23) por volta das 18 horas, depois de ter contra ele, um mandado de prisão por pensão.

Ao ser levado para a Delegacia Regional de Polícia Civil de Muriaé, foi surpreendido pela falta de vagas, uma vez que a cadeia está interditada a cerca de um mês. E o jeito foi improvisar.
Algemado pelos pés, ele passou a noite na calçada enfrente a carceragem, no interior da DP.

Hoje pela manhã ele continuava lá.
O homem evengélico confirmou sua prisão por não ter pago a pensão de quatro filhos:
"antes eu pagava meio salário, agora estava pagando R$ 120,00, porque não tenho condições de pagar mais".

O valor atual do atraso pode estar R$ 1.500,00.
Segundo informações o homem fora levado para o albergue, que também funciona dentro na cadeia.
Na Delegacia de Polícia Civil fomos informados que não há vagas em Muriaé e nem nas cadeias vizinhas, que é para onde foram feitas várias transferências.
Será que essa situação vai continuar?
Amanhã teremos pessoas presas pelos corredores?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Bejani reassume prefeitura

Por Robson Rocha

Com a volta de Bejani a Juiz de Fora, a imprensa se mobilizou.
O que já era de se esperar. Logo na chegada, ele concedeu uma entrevista coletiva, improvisada, em frente a sua casa no bairro Aeroporto.
Ele até comentou sobre a entrevista exclusiva que o empresário Mauro Fusco nos concedeu para o Jornal da Alterosa. Bejani falou também sobre a possibilidade de erro na apreensão das armas.

Aliás, a entrevista do Fusco deu o que falar. E muita gente da imprensa do estado nos ligou tentando conseguir o telefone de contato da nossa fonte que nos levou até ele. Mas, telefone de fonte não dá pra passar. Algumas pessoas acharam que Fusco recebeu dinheiro para assumir a posse da arma. Desde o dia da prisão, a Michele e eu estávamos tentando sair do óbvio e cavar a história das armas. Bejani contou que tentou regularizar as armas que tinha em casa, só que antes teve que pagar uma multa eleitoral de cinco mil reais. Segundo ele, a Operação Pasárgada foi feita antes que ele pudesse retornar à Polícia Federal.
O que foi que realmente aconteceu, cabe à justiça descobrir.

Na entrevista de ontem à noite, Bejani afirmou que voltaria à prefeitura hoje.
Isso foi o suficiente para colocar a imprensa de plantão no prédio do poder executivo municipal.
Oito da manhã, Michele e eu já estávamos a postos na entrada do prédio.
Não demorou muito e virou uma pequena reunião da imprensa.
E descobrimos duas coisas.
Uma é que é muito frio e venta demais na entrada do prédio e a outra é séria e nos deixou chateados.
A demissão de pessoal na secretaria de comunicação. São colegas nossos desempregados nesse mercado fechado de Juiz de Fora. Mas, vamos aguardar.

Depois de horas, quando descobriram que Bejani não iria trabalhar e pra não tomar barriga, ou melhor, furo, as equipes de reportagem foram para a casa do prefeito.
Falando em barriga, alguns companheiros da imprensa estão ficando muito, digamos, fofinhos.
O Marcelo, repórter fotográfico da Tribuna de Minas, deu uma demonstração de carinho pela barriguinha do profissional mais fofo da imprensa de Juiz de Fora. E olhando as fotos dá pra ver que o repórter fotográfico Carlos Mendonça está seguindo o modelo do Machado e o pior, eu também!

Gordinhos ou não, todos reunidos em frente à casa, o clube da Luluzinha bate o maior papo. O que será que o Manoelzinho fazia nesse grupo?
Falando sério, o dia foi longo e o que tínhamos pra gravar era o entra e sai de carros. A única que parou e gravou foi a vereadora Rose França, que disse que conversou apenas com a família, pois Bejani estaria dormindo.
Ela contou que ele deve reassumir o cargo amanhã pela manhã.

Mesmo assim, continuamos nosso plantão e, como São Pedro parece não gostar de jornalistas, ele mandou chuva, depois um solão , mais chuva... Isso unido ao fato de que próximo à casa não existe nenhum comércio... Moral da história: todo mundo com fome!
O Antônio Cerezo, repórter fotográfico da Tribuna de Minas já estava até perguntando ao motorista do Bejani, se não tinha jeito dele conseguir um cafezinho. O que a fome não faz!!!

Perdi o número de vezes que a gente corria para gravar e era o mesmo carro.
Só um Astra preto, deve ter sido gravado umas dez vezes.
O Ítalo Cigani, repórter cinematográfico da Panorama, deve estar com calo nos dedos. Isso de tanto encaixar e tirar a câmera do tripé.
Depois de um bom tempo, comemos uns salgados, mas eles pareciam ter morrido há mais de uma semana, de tão gelados e duros.
Eu até ofereci minha cigarrete para o faminto Cerezo, mas ele não quis.

Quase quatro da tarde e finalmente fomos rendidos. Evandro e Fagundes continuariam o plantão na porta do prefeito.
Sabemos da gravidade dos fatos e da tensão das pessoas próximas, mas gostaria de fazer um pedido.
Se amanhã a imprensa continuar o plantão na porta da casa e estiver muito calor, alguém nos mande um jarro de água, por favor!!!