Muitas vezes passamos o dia fazendo materiais fracos, sem nenhuma importância como notícia. E no final do expediente, quando faltam cinco minutos para você ir para casa descansar o pobre esqueleto, pois todo mundo acha que ficar com uma câmera no ombro não cansa, chega uma informação quente! É a matéria pra abrir o jornal.
A produtora me aborda no corredor do 2º andar da emissora com um ar apavorado e um pequeno pedaço de papel rasgado, perguntando onde estava a Michele. Nem esperou minha resposta e com rapidez me entregou o papel que li rapidamente -“Rua Francisco Sobral perto do antigo campo do social entre Santa Luzia e Santa Cecília” – Aí ela me disse o motivo da pressa – “Olha, uma mulher foi encontrada morta e dividida ao meio nesse endereço” – Desço a escada, encontro a Michele, passo-lhe a informação e o pedaço de papel. Entramos no carro. Nessa hora, até esquecemos que nosso horário de trabalho já acabou. Ficamos irritados com o trânsito, gastamos 10 minutos para andar 100 metros da ruazinha da TV e entrar na Avenida Rio Branco (a principal Avenida de Juiz de Fora). Seguimos com o pensamento em como abordar o fato e como seria a cena. É sempre complicado gravar em locais de crimes bárbaros, temos que fazer nosso trabalho sem “agredir” os familiares. Mas nossa preocupação maior era o tempo, estávamos demorando muito para chegar ao local.
Como a referência da rua era muito vaga, pois não sabíamos em qual dos bairros ficava a rua, apostamos indo por Santa Luzia e parávamos em todo cruzamento para pedir informações de onde era a tal rua. Enfim, encontramos a rua, andamos uns 300 metros e avistamos um grupo de pessoas, mas nem sinal de polícia e bombeiros. Seguimos, só podia ser ali o local da matéria do dia.
Quando paramos a Parati da TV ao lado do grupo (cinco mulheres, um homem e uma menininha). Eles nos olharam e começaram a rir sem parar – “A gente sabia que a imprensa ia vir” – e não paravam de rir. Perguntamos se eles sabiam de algum movimento de policiais na rua. Eles disseram que sim, mas já tinham ido embora. E explicaram o motivo do riso: o corpo de uma mulher partida ao meio que todo mundo estava procurando, eram na realidade dois cães mortos, dentro de sacos plásticos, e enterrados em um barranco. Deixamos o local ao som das risadas dos moradores. E lá se foi a nossa matéria do dia.
A produtora me aborda no corredor do 2º andar da emissora com um ar apavorado e um pequeno pedaço de papel rasgado, perguntando onde estava a Michele. Nem esperou minha resposta e com rapidez me entregou o papel que li rapidamente -“Rua Francisco Sobral perto do antigo campo do social entre Santa Luzia e Santa Cecília” – Aí ela me disse o motivo da pressa – “Olha, uma mulher foi encontrada morta e dividida ao meio nesse endereço” – Desço a escada, encontro a Michele, passo-lhe a informação e o pedaço de papel. Entramos no carro. Nessa hora, até esquecemos que nosso horário de trabalho já acabou. Ficamos irritados com o trânsito, gastamos 10 minutos para andar 100 metros da ruazinha da TV e entrar na Avenida Rio Branco (a principal Avenida de Juiz de Fora). Seguimos com o pensamento em como abordar o fato e como seria a cena. É sempre complicado gravar em locais de crimes bárbaros, temos que fazer nosso trabalho sem “agredir” os familiares. Mas nossa preocupação maior era o tempo, estávamos demorando muito para chegar ao local.
Como a referência da rua era muito vaga, pois não sabíamos em qual dos bairros ficava a rua, apostamos indo por Santa Luzia e parávamos em todo cruzamento para pedir informações de onde era a tal rua. Enfim, encontramos a rua, andamos uns 300 metros e avistamos um grupo de pessoas, mas nem sinal de polícia e bombeiros. Seguimos, só podia ser ali o local da matéria do dia.
Quando paramos a Parati da TV ao lado do grupo (cinco mulheres, um homem e uma menininha). Eles nos olharam e começaram a rir sem parar – “A gente sabia que a imprensa ia vir” – e não paravam de rir. Perguntamos se eles sabiam de algum movimento de policiais na rua. Eles disseram que sim, mas já tinham ido embora. E explicaram o motivo do riso: o corpo de uma mulher partida ao meio que todo mundo estava procurando, eram na realidade dois cães mortos, dentro de sacos plásticos, e enterrados em um barranco. Deixamos o local ao som das risadas dos moradores. E lá se foi a nossa matéria do dia.