Hoje, como não tenho nada para escrever, vou aproveitar as operações da Polícia Federal em Juiz de Fora e jogar confete em nós da imprensa, especificamente a galera da imagem.
As imagens de todos esses dias conturbados que, infelizmente, entraram para a história de Juiz de Fora e foram divulgadas para todo o mundo em diferentes mídias são resultado do trabalho da galera da imagem.
Muitas vezes as pessoas não imaginam, mas a parte mais estressante do nosso trabalho é quando em uma cobertura não temos o que fazer.
Para exemplificar: no dia nove de abril, quando a Polícia Federal invadiu a casa do prefeito pela primeira vez, passamos boa parte do tempo na frente da residência, na expectativa do que aconteceria.
As imagens de todos esses dias conturbados que, infelizmente, entraram para a história de Juiz de Fora e foram divulgadas para todo o mundo em diferentes mídias são resultado do trabalho da galera da imagem.
Muitas vezes as pessoas não imaginam, mas a parte mais estressante do nosso trabalho é quando em uma cobertura não temos o que fazer.
Para exemplificar: no dia nove de abril, quando a Polícia Federal invadiu a casa do prefeito pela primeira vez, passamos boa parte do tempo na frente da residência, na expectativa do que aconteceria.
Porém, nosso drama estava apenas começando.
Durante toda a tarde, ficamos “plantados” no estacionamento da Polícia Federal, aguardando o que ia acontecer.
A cada pessoa que abria a porta por onde o prefeito sairia, era um corre-corre de cinegrafistas e fotógrafos.
Durante toda a tarde, ficamos “plantados” no estacionamento da Polícia Federal, aguardando o que ia acontecer.
A cada pessoa que abria a porta por onde o prefeito sairia, era um corre-corre de cinegrafistas e fotógrafos.
Aí, alguém pode dizer: mas vocês podem ficar batendo papo.
Isso é verdade, mas um ouvido está na conversa e o outro juntamente com os dois olhos estão atentos a tudo que acontece ao nosso redor.
A tensão é muito maior.
A espera e a falta de informações vão nos deixando meio pirados porque, quando você olha para o repórter e ele sabe o que está acontecendo, é tranqüilo, porém, quando ninguém na equipe sabe, complica.
De repente, o delegado Claúdio Nogueira sai e a gente não tem tempo de pensar.
De repente, o delegado Claúdio Nogueira sai e a gente não tem tempo de pensar.
Simplesmente tem que se posicionar bem e se segurar no empurra-empurra.
Ainda assim existem dois problemas sérios nesse tipo de entrevista. Um é alguma cabeça que pode surgir entre a câmera e o entrevistado, que “gentilmente” você tem que tirar da sua frente.
E, o segundo, que é o pior que são os gravadores das emissoras de rádio.
O pessoal da TV tenta colocar os microfones a uma distancia razoável da boca do entrevistado, mas os repórteres de rádio têm que quase enfiar o gravador dentro da boca do pobre entrevistado e a gente não tem como alcançá-los para baixar os benditos gravadores.
Na saída do prefeito foi um salve-se quem puder.
No dia 22 de abril, na volta dele a Juiz de Fora, depois de 14 dias na Penitenciária Nélson Hungria em Contagem, lá estavam os microfones bem posicionados e celulares da galera do rádio enfiados na boca do prefeito.
No dia seguinte, mais um dia de castigo.
Nada acontecia e o tédio começava a tomar conta dos jornalistas.
Quem está em casa, quer ter informação e no local nada acontece.
Imagens, apenas de carros entrando e carros saindo.
Pra piorar, nesse dia ainda choveu e repórteres e cinegrafistas tinham que ficar em seus postos para garantir possíveis imagens.
As tevês precisam de informações em seus telejornais e aí a gente grava, mas no fundo não tem nada de novo nas imagens, apenas o portão fechado da casa.
Ainda assim existem dois problemas sérios nesse tipo de entrevista. Um é alguma cabeça que pode surgir entre a câmera e o entrevistado, que “gentilmente” você tem que tirar da sua frente.
E, o segundo, que é o pior que são os gravadores das emissoras de rádio.
O pessoal da TV tenta colocar os microfones a uma distancia razoável da boca do entrevistado, mas os repórteres de rádio têm que quase enfiar o gravador dentro da boca do pobre entrevistado e a gente não tem como alcançá-los para baixar os benditos gravadores.
Na saída do prefeito foi um salve-se quem puder.
No dia 22 de abril, na volta dele a Juiz de Fora, depois de 14 dias na Penitenciária Nélson Hungria em Contagem, lá estavam os microfones bem posicionados e celulares da galera do rádio enfiados na boca do prefeito.
No dia seguinte, mais um dia de castigo.
Nada acontecia e o tédio começava a tomar conta dos jornalistas.
Quem está em casa, quer ter informação e no local nada acontece.
Imagens, apenas de carros entrando e carros saindo.
Pra piorar, nesse dia ainda choveu e repórteres e cinegrafistas tinham que ficar em seus postos para garantir possíveis imagens.
As tevês precisam de informações em seus telejornais e aí a gente grava, mas no fundo não tem nada de novo nas imagens, apenas o portão fechado da casa.
E no fim da manhã, tinha que gravar rápido, pois o moto-boy já estava indo buscar a fita e o jornal entraria no ar em meia-hora.
A coisa chega a um ponto, que até tentativas de falar com alguém pelo interfone vira informação visual. Parece coisa de louco, mas é verdade. Principalmente a galera da TV que tem um jornal dali a poucos minutos e a galera da redação quer algum material. O repórter escreve e a gente se vira para garantir imagens. E não dá pra inventar.
No dia em que o prefeito retornou à prefeitura, o dia começou com o tédio da espera.
A coisa chega a um ponto, que até tentativas de falar com alguém pelo interfone vira informação visual. Parece coisa de louco, mas é verdade. Principalmente a galera da TV que tem um jornal dali a poucos minutos e a galera da redação quer algum material. O repórter escreve e a gente se vira para garantir imagens. E não dá pra inventar.
No dia em que o prefeito retornou à prefeitura, o dia começou com o tédio da espera.
Você faz imagens das pessoas que aguardam a chegada do prefeito, enchendo lingüiça, pois a imagem que vale é a do cara. Mas, aí pra dar mais adrenalina, a redação pede um stand-up.
Você grava o stand-up com um olho no visor da câmera e o outro na movimentação e possível chegada do prefeito.
A coisa demorou tanto, que a turma que nunca aparece, a da imagem, faz pose para foto.
A coisa demorou tanto, que a turma que nunca aparece, a da imagem, faz pose para foto.
Mas, essa tranqüilidade acaba quando o então chefe do executivo chega.
Todo mundo quer chegar perto dele e a gente tem que proteger os equipamentos e registrar as imagens.
É uma luta desleal, onde você tem que usar a força para garantir um espaço e manter a imagem com um mínimo de estabilidade.
Além disso, tem que ajustar foco, diafragma e trocar filtros, pois os ambientes vão mudando.
É uma luta desleal, onde você tem que usar a força para garantir um espaço e manter a imagem com um mínimo de estabilidade.
Além disso, tem que ajustar foco, diafragma e trocar filtros, pois os ambientes vão mudando.
E, também ficar literalmente de ouvidos ligados. Nessa hora, o fone já caiu da orelha, mas tem que ficar atento se o repórter está fazendo alguma pergunta e aí se amontoar sobre algum pobre cidadão que esteja entre você e o entrevistado.
A gente que faz imagens tem a vantagem de disparar e deixar o pau comer, mas o pessoal da fotografia é mais complicado.
No momento em que Bejani se encontra com o José Eduardo Araújo, então prefeito em exercício, pra mim foi ajustar e disparar. Já o Olavo Prazeres, repórter fotográfico da Tribuna de Minas, tinha que pegar o momento exato. O disparo dele tinha que ser na hora certa. Porém, a posição dele não ajudava, estava atrás de mim, mas olhe na foto, ele ajustou a câmera, se esticou todo e conseguiu registrar o momento sem estar olhando na câmera.
Quinta-feira, 12 de junho. Dia dos namorados e a Polícia Federal fez a imprensa se reunir novamente para mais uma manhã sem imagens. Tudo acontecia atrás de um muro enorme e a criatividade falava mais alto na hora do desespero da falta de imagens.
O Carlos Mendonça usou um monopé para transpor a muralha e registrar alguma imagem do que acontecia, mas pela cara dele, não rendeu muito.
O João Schubert, para passar o tempo ficou brincando com a máquina, enquanto eu descansava minha coluna assentado no capo do carro. O Roberto Fulgêncio parecia cansado de esperar e assentou no meio fio.
Isso, até entrar ou sair algum carro pra todo mundo se ligar e correr para registrar seja lá o que for.
O prefeito saiu e dessa vez foi direto para Belo Horizonte o que aliviou um pouco em relação à primeira prisão, quando passou a tarde toda na Polícia Federal, em Juiz de Fora.
Neste mesmo dia, fomos à tarde, cobrir depoimentos na CPI da Câmara Municipal de Juiz de Fora.
Quando você está começando o horário de trabalho, como o Luiz Carlos Soares, repórter fotográfico do jornal Panorama, a carinha ainda é de felicidade.
Mas, quando você já está dobrando o horário, a cara muda.
Muitas vezes, as pessoas acham que você está com a cara amarrada, por estar com raiva ou não gostar do que está gravando, mas não é nada disso. É apenas um reflexo do cansaço de horas com a câmera no ombro e que vão se transformar, no máximo, em minutos editados na TV.
Só pra fechar a conta, os profissionais que fazem a imagem, raramente aparecem.
Mas, bom ou ruim o material, somos nós que estamos registrando em vídeos e fotos a história dessa cidade, que hoje e no futuro será vista por milhões de pessoas em todo o mundo.
A gente que faz imagens tem a vantagem de disparar e deixar o pau comer, mas o pessoal da fotografia é mais complicado.
No momento em que Bejani se encontra com o José Eduardo Araújo, então prefeito em exercício, pra mim foi ajustar e disparar. Já o Olavo Prazeres, repórter fotográfico da Tribuna de Minas, tinha que pegar o momento exato. O disparo dele tinha que ser na hora certa. Porém, a posição dele não ajudava, estava atrás de mim, mas olhe na foto, ele ajustou a câmera, se esticou todo e conseguiu registrar o momento sem estar olhando na câmera.
Quinta-feira, 12 de junho. Dia dos namorados e a Polícia Federal fez a imprensa se reunir novamente para mais uma manhã sem imagens. Tudo acontecia atrás de um muro enorme e a criatividade falava mais alto na hora do desespero da falta de imagens.
O Carlos Mendonça usou um monopé para transpor a muralha e registrar alguma imagem do que acontecia, mas pela cara dele, não rendeu muito.
O João Schubert, para passar o tempo ficou brincando com a máquina, enquanto eu descansava minha coluna assentado no capo do carro. O Roberto Fulgêncio parecia cansado de esperar e assentou no meio fio.
Isso, até entrar ou sair algum carro pra todo mundo se ligar e correr para registrar seja lá o que for.
O prefeito saiu e dessa vez foi direto para Belo Horizonte o que aliviou um pouco em relação à primeira prisão, quando passou a tarde toda na Polícia Federal, em Juiz de Fora.
Neste mesmo dia, fomos à tarde, cobrir depoimentos na CPI da Câmara Municipal de Juiz de Fora.
Quando você está começando o horário de trabalho, como o Luiz Carlos Soares, repórter fotográfico do jornal Panorama, a carinha ainda é de felicidade.
Mas, quando você já está dobrando o horário, a cara muda.
Muitas vezes, as pessoas acham que você está com a cara amarrada, por estar com raiva ou não gostar do que está gravando, mas não é nada disso. É apenas um reflexo do cansaço de horas com a câmera no ombro e que vão se transformar, no máximo, em minutos editados na TV.
Só pra fechar a conta, os profissionais que fazem a imagem, raramente aparecem.
Mas, bom ou ruim o material, somos nós que estamos registrando em vídeos e fotos a história dessa cidade, que hoje e no futuro será vista por milhões de pessoas em todo o mundo.
OBS:
Queríamos aproveitar e agradecer aos nossos amigos da fotografia que sempre nos mandam fotos para ilustrar o blog.
Obrigadão!!!