Juiz de Fora quer ser sub-sede para a Copa de 2014, mas do jeito que está , sei não.

No último jogo do Tupi em casa, eu e a repórter Flávia Crizanto fomos gravar uma matéria para o Alterosa Esporte.
Quando entramos no estádio, fomos avisados por um senhor que o carro não poderia subir até próximo às cabines.
Expliquei ao homem que precisávamos subir para levar os equipamentos de gravação para a cabine e que o carro sempre havia ficado lá.

Quando desci do carro, alguém me avisou que eu não poderia parar naquele local.
O problema é que não havia outro lugar.
Fiquei aguardando uma solução enquanto a Flávia foi avisar aos entrevistados o motivo do atraso.

Tentei explicar e ouvi um "vamos multar".
Perdi a boa, parti para o bate-boca e enfim arrumaram uma solução.
O engraçado é que o local onde eu não podia parar, hoje estava lotado de carros.
Inclusive o dos agentes de trânsito.
Hoje, pra fechar com chave de ouro,

Isso aí, convidados a sair, fica mais bonito, né?
A Prefeitura cedeu nossa cabine para ser camarote dos convidados do América.
Jogo começando e pra onde ir?
O pessoal da TVE, Gilberto Girard e o repórter Vitor Campanha se embolaram com a equipe da Rádio Globo.

Ricardo Wagner e Ivan Costa ficaram de bg no áudio das imagens gravadas e a voz do pessoal da tv vazando na transmissão da rádio
Nós, tivemos que pedir um cantinho na cabine da TV Panorama, que gentilmente foi cedido pelo Ítalo Cigani e Luciano Teixeira.

Quanto ao garoto do Globoesporte.com não sei o que arrumou. Sei que ele saiu arrastando notebook com os cabos pelo corredor. Depois, não vi mais.
Em vinte anos de profissão, nunca vi tanta falta de respeito pelos profissionais de imprensa em Juiz de Fora.

Se com 3 TV's, 2 rádios e 2 jornais locais a administração do estádio comete esses deslizes, imagine com trinta vezes mais profissionais de imprensa?
Além disso, os clubes grandes que pretendem vir jogar aqui nas competições estaduais e nacionais precisam avaliar se é vantajoso.

Será que os dirigentes do futebol brasileiro vão querer trazer suas equipes para uma cidade onde a imprensa não tem vez?
Onde as cabines de transmissão viram ponto de encontro de convidados, enquanto os jornalistas têm que se virar para trabalhar sem condições?