Por Robson Rocha
Hoje, foi um daqueles dias tranqüilos. Tranqüilo até demais. Cheguei na TV com a esperança de trocar minha câmera que vai para a manutenção. Mas, o caminhão da transportadora quebrou na estrada e pelo visto deve chegar amanha. Peguei minha DXC-637, velha companheira e fomos trabalhar. A primeira pauta seria sobre a visita do chefão da Policia Federal a Juiz de Fora. O Diretor Geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, está visitando todas as unidades da PF no Brasil.
Fomos direto para a sede da Policia Federal na avenida Brasil. Quando chegamos lá, nos avisaram que a entrevista seria no local da futura sede da Policia Federal em Juiz de Fora, no bairro Mariano Procópio. Aproveitei e garanti algumas imagens da visita e os bate-papos com os policiais. A visita faz parte do projeto Direção Itinerante, que busca a descentralização das ações operacionais e promove discussões para melhoria dos trabalhos e do planejamento em todo o pais.
Como eu estava do lado de fora, a tela da cerca atrapalhou um pouco as imagens, mas deu para registrar parte da visita. Em Minas Gerais, são 683 policiais em 6 delegacias regionais e na superintendência em Belo Horizonte. Como eles estavam demorando a sair e o sol estava quente, a Michele e eu decidimos ir para a nova sede, onde seria a entrevista coletiva.
Não sei se a idéia foi das melhores, pois também não havia nenhuma sombra para colocar o carro e nem pra gente ficar. Aos poucos, a galera da imprensa começou a chegar, o jeito foi todo mundo ficar no sol.O calor pegando e a sede aumentando. Isso, sem se esquecer que o Murphy deve adorar a imprensa, porque em situações como essa, nunca há um bar por perto.Afinal, a Lei de Murphy é garantida: se algo pode dar errado, vai dar!
Depois de uma longa espera, encostados no muro da linha férrea, os delegados chegaram à nova sede.Aí, autorizaram a nossa entrada, mas água que era bom, nada! Minha boca estava tão seca que estava difícil até para falar. Enquanto isso, a visita continuava. Na verdade, o local tem um monte de galpões abandonados que serão reformados para receber a futura delegacia Regional da Polícia Federal.
O único prédio já recuperado foi apresentado.
Nele, vão funcionar as novas instalações da perícia da polícia Federal.
Do lado de dentro, era muita gente e os corredores estreitos.
Com isso, imprensa e policiais se espremiam.
Como não havia espaço para a entrevista coletiva do lado de dentro do prédio, as entrevistas foram gravadas do lado de fora.
Lembra do sol?
Pois é, a primeira providencia foi encaminhar os entrevistados para uma área com sombra.
Na entrevista o diretor geral da polícia federal avaliou positivamente as visitas.
Isso, além de afirmar que hoje a polícia federal está bem equipada.Armamento, carros e ferramentas para as investigações.Mas, disse que a PF precisa de imóveis próprios, uma vez que a maioria é alugada e adaptada para o serviço.
Já o delegado regional da Polícia Federal, Cláudio Nogueira, afirmou que, com o projeto da nova sede concluído, Juiz de Fora deve se tornar referencia na região Sudeste.
Ainda mais com a Copa de 2014 e a possibilidade da Olimpíada de 2016 no Rio.
Juiz de Fora pode se tornar base para as operações da PF.
Finalizadas as entrevistas, os policiais se reuniram a porta fechada e a turma da imprensa se espalhou.O Schubert e o Joarle do JF, aproveitaram e registraram tudo o que podiam.Dali, seguimos direto para a TV, senão não daria tempo para editar o material e tínhamos entradas ao vivo no Jornal da Alterosa Edição Regional.
Chegando na TV, já estava tudo pronto para a entrada ao vivo.
O Thiago, nosso técnico, assoviava e chupava cana.
Quer dizer, montou todo o equipamento e fazia os testes, de áudio e de vídeo.
Tudo isso sem perder o bom humor.
O tema da entrevista ao vivo era maus tratos contra animais, uma matéria que gravamos há alguns dias e foi exibida antes da entrevista.
Na matéria, foi mostrado o caso de Lindinha, uma cadela mestiça de pitbull, que teria sido morta por um vizinho da proprietária da cadela.
Lindinha tinha 4 anos e esperava 8 filhotinhos.
Os donos da cadela desconfiam que o vizinho tenha envenenado o animal com chumbinho na noite de domingo.
Isso, além de ter atirado na cachorra por ela invadir seu terreno.
No local foi difícil gravar essa matéria.Isso, porque ninguém queria aparecer e nem o local eu podia mostrar.
Como a área é de sítios, só havia uma estrada de chão e mato.
Até foi fácil não mostrar as casas.
Porém, as entrevistas foram mais complicadas.
O único jeito foi usar o vidro traseiro do carro que estava empoeirado da estrada para esconder os entrevistados.
O caso está na delegacia de Polícia Civil de Matias Barbosa.
O delegado Luiz Puzziol não quis gravar entrevista, mas disse que está aguardando complementação das informações para lavrar um TCO (Termo Circuntancial de Ocorrência).
Na entrevista ao vivo, a representante da SAPA, Sociedade dos Amigos e Protetores dos Animais, Meyre Moreira falou sobre os casos recentes de maus tratos.
Vendo a matéria, a Meyre se emocionou.
Na entrevista ela disse que essa violência é um absurdo e os integrantes da Sociedade estão cobrando das autoridades mais rigor na punição.
Mas, lembrou que infelizmente as leis contra esses crimes são brandas no Brasil.