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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 3 de outubro de 2009

PM prende quadrilha que clonava cartões

Por Michele Pacheco

A Polícia Militar recebeu várias denúncias de uma quadrilha de estelionatários que estaria agindo em Juiz de Fora há oito meses.
Ainda não se tem idéia do prejuízo causado.
Nessa sexta-feira, os policiais estouraram no Bairro Nossa Senhora Aparecida, zona leste da cidade, uma central de clonagem de cartões.
Ela funcionava numa casa da rua São Tarcísio.

Vários equipamentos usados na clonagem foram apreendidos.
A forma de agir da quadrilha era muito bem organizada.
Os bandidos instalavam no comércio aparelhos conhecidos como chupa-cabra (que retém o cartão e armazena os dados dele) e dispositivos de captura de senha (aquele equipamento que parece um teclado e a gente usa para digitar a senha).

Os consumidores passavam o cartão para pagar compras e serviços e os dados eram armazenados e depois transferidos para um notebook.
Aí, era só voltar para a central e usar uma impressora moderna para imprimir os cartões com as informações, que depois eram vendidos.
Outra estratégia era deixar máquinas de passar cartão no comércio, com conivência de alguns comerciantes.
Essas máquinas são adulteradas.
Além de enviar os dados normalmente para a operadora de cartões, elas guardavam esses dados, que eram retirados pela quadrilha.

Os policiais apreenderam 54 cartões clonados, 30 cartões em branco, 6 cheques, cerca de 1200 reais em dinheiro, documentos de 6 veículos, 4 celulares e um rádio-comunicador, do tipo que pode sintonizar as frequências da polícia.
Além da casa no bairro Nossa Senhora Aparecida, a PM foi até outra moradia no bairro Francisco Bernardino, onde apreendeu 6 máquinas de passar cartão.

Três pessoas foram presas em flagrante.
Pelo que os policiais apuraram, o mentor da quadrilha é um comerciante de 20 anos.
Ele foi preso junto com outros dois homens.
Um auxiliar de escritório de 21 anos e um comerciante de 30 anos.
Eles não quiseram gravar entrevista.
Dois deles apontaram o comerciante de 20 anos como dono do material.

Segundo o Sub-tenente Luiz Colares, a operação deve ter desdobramentos, já que a quadrilha agia com cúmplices.
Ele contou ainda que alguns pendrives foram encontrados com os suspeitos.
Um deles, todo rosa com desenho da Minnie, está avaliado em R$1.200.
O valor elevado se deve ao fato do pendrive conter o programa e o esquema de uso dos equipamentos para a clonagem.
Ele estava sendo comprado por um dos jovens presos.