Por Michele Pacheco
Carlos Henrique nascimento dos Santos morreu na noite passada no Hospital de Pronto Socorro de Juiz de Fora.
O adolescente de 15 anos estava internado há dez dias.
Ele foi encontrado por agentes socioeducativos pendurado pelo pescoço por um lençol.
Foi socorrido pelos agentes e pelos outros dois adolescentes que dividiam com ele o alojamento.
A família denunciou que o garoto estava sendo ameaçado de morte por outros internos.
A família denunciou que o garoto estava sendo ameaçado de morte por outros internos.
A mãe disse que o filho pediu que ela não fosse visitá-lo no último domingo de abril, pois poderia haver algum incidente.
Na segunda-feira, ele foi achado enforcado.
Carlos Henrique chegou em estado grave ao hospital e passou os dez dias internado em coma no CTI, sem responder ao tratamento.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
O delegado Rafael Couto Barreto, responsável pelo inquérito, ouviu depoimentos dos agentes que socorreram o adolescente, dos colegas de alojamento, da mãe do garoto e de uma funcionário do Centro Socioeducativo Santa Lúcia.
O laudo da perícia apontou que nenhum indício de agressão ou tentativa de reagir a uma agressão foi encontrado no corpo do adolescente.
O laudo da perícia apontou que nenhum indício de agressão ou tentativa de reagir a uma agressão foi encontrado no corpo do adolescente.
As lesões cervicais e os hematomas encontrados teriam sido provocados pelo lençol usado para enforcar o adolescente.
A conclusão coincidiu com o laudo feito pelos médicos do HPS e indicam suicídio.
Mesmo assim, a família mantém a denúncia de assassinato.
Mesmo assim, a família mantém a denúncia de assassinato.
A Vara da Infância e da Juventude acompanha o caso e não descarta a possibilidade de crime.
As ameaças teriam sido feitas por adolescentes de um bairro rival.
As brigas de gangue teriam levado à apreensão de grupos contrários.
Por isso, o Carlos Henrique estaria sendo mantido num alojamento com outros dois garotos do bairro dele, para evitar confrontos.
O Ministério Público, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Defensoria Pública também acompanham as investigações.
Uma defensora disse ao presidente da OAB Juiz de Fora que já tinha entrado com pedido de providências quanto às ameaças sofridas pelo adolescente.
O corpo do Carlos Henrique passou toda a manhã no Instituto Médico Legal e foi enterrado no Cemitério Municipal de Juiz de Fora, às quatro da tarde.