Por Michele Pacheco
A equipe da 6a delegacia de Polícia Civil apresentou hoje mais 3 integrantes do Bonde dos Coroa (é assim mesmo, sem o s).
São dois adolescentes de 17 anos e um jovem de 19.
Eles são suspeitos de participar de dois assaltos em motéis de Juiz de Fora.
Com os três foram apreendidos um Tablet de uma das vítimas e uma réplica de pistola.
A arma de brinquedo surpreendeu até os policiais.
Eles colocarm lado a lado a falsa e a verdadeira para mostrar a dificuldade de reconhecimento de uma e de outra.
Imagine a situação de um policial, durante uma ocorrência, vendo uma arma daquelas apontada para ele.
Alguém acha que dá tempo de avaliar se a ameaça é verdadeira ou não?
Em poucos segundos, uma brincadeira de mau gosto pode acabar em morte.
O próprio delegado comentou isso, ao falar da ação policial marcada por tensão e do risco de reagir a uma ameaça armada.
Os três detidos admitiram fazer parte do grupo da zona sudeste da cidade, segundo o delegado.
Até agora, já foram identificados 15 integrantes do Bonde dos Coroa e seis foram presos.
A Polícia avalia a possibilidade de que eles respondam por formação de quadrilha.
O advogado de defesa tentou justificar a ação dos adolescentes e do jovem como "loucuras da juventude".
Ele disse que a falta de apoio social e a dificuldade dos pais para educar levam os jovens e adolescentes a se renderem às cobranças consumistas.
Para o advogado, isso alivia a ação dos três que admitiram participar dos assaltos e usar a arma de brinquedo para ameaçar as vítimas.
Se todos pensarem desta forma, como fica a noção de certo e errado?
Hoje, eles estão usando réplicas de arma para roubar.
E amanhã podem comprar armas de verdade e resolver usar.
Ainda assim, vamos justificar como sendo uma brincadeira?