Em razão da prisão em flagrante por porte ilegal de arma, o prefeito de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani (PTB), não foi liberado no sábado à noite da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Bejani foi o único dos 17 prefeitos presos temporariamente na Operação Pasárgada da Polícia Federal que não foi solto. O advogado Marcelo Leonardo, que representa o prefeito, disse que na segunda-feira irá entrar com um pedido de liberdade provisória em favor de seu cliente no Tribunal de Justiça do Estado.
Na última quarta-feira, quando foi deflagrada a Operação Pasárgada, agentes federais apreenderam cinco armas - incluindo uma pistola 9 mm de uso exclusivo das forças de segurança - e R$ 1,12 milhão em espécie nas buscas realizadas na residência e em um sítio do prefeito de Juiz de Fora.
Por conta disso, além de investigado pela PF, Bejani também responde por porte ilegal de armas.
Na noite de sexta-feira, a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, determinou a liberação dos prefeitos e demais suspeitos presos por suposto envolvimento com um esquema de liberação irregular de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A decisão do TRF1 atendeu a um recurso do juiz federal Weliton Militão, que estava preso no Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, em Brasília, e foi estendida aos demais suspeitos.
Os desembargadores do TRF 1 consideraram que o corregedor-geral Jirair Aram Meguerian não tinha poder para decidir sozinho sobre os pedidos de prisão dos investigados, "uma vez que sua atuação é meramente administrativa, não alcançando medidas judiciais restritivas de direitos".
Segundo a PF, do total de 52 pedidos de prisão expedidos pelo juiz-corregedor, 50 foram cumpridos.
Um gerente da Caixa Econômica Federal foi preso preventivamente.
O prazo de cinco dias das prisões temporárias venceria neste domingo.
Fonte: www.uai.com.br