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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Temporal causa inundação e desabamento em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Pessoal, estamos sumidos porque as férias têm nos ocupado por demais!
E nesses poucos momentos que nos restam de folga, já fomos obrigados a lembrar como é conviver com tanta chuva.
Passamos o domingo na casa da minha sogra, no bairro Bom Jardim, e na hora de ir embora tivemos que driblar os pontos de alagamento na rua Diva Garcia.

Achamos que não iria piorar, mas piorou.
A Paula, filha do Robson, ligou contando que o nível da água tinha subido ainda mais e que o trânsito estava complicado perto da Igreja Católica do bairro Linhares.
Como boa filha de jornalista, ela pegou o celular e correu para a janela, fazendo ótimas fotos.

Nos cruzamentos da Diva Garcia com as ruas próximas à igreja,
a uma escola e ao posto policial o asfalto sumiu na enxurrada e os motoristas tiveram dificuldades para superar a enchente.
Nenhuma novidade para quem mora há anos no local e já se acostumou a ver obras públicas durante o ano e promessas de solução irem por água abaixo no verão.

Entra governo, sai governo e a situação só piora.
Tem gente que gasta uma nota construindo barreiras para impedir que a água entre nas casas e ainda passa os meses chuvosos colocando os móveis para cima, porque o Córrego do Yung transbordou de novo.
Ele foi ficando mais estreito ao longo dos anos, empurrado por construções que não deveriam ter sido permitidas e que agora vão causar dor de cabeça para ser removidas.

É por isso que o Robson Rocha me convenceu a tirar férias sempre em janeiro.
Estamos cansados de ver a tristeza e a tragédia das pessoas que moram em áreas de risco e sofrem com a época da chuva.
Resolvemos fugir do tempo ruim indo para as praias do norte fluminense e do Espírito Santo por uma semana e encontramos pelo caminho os rastros da destruição em Muriaé e região.

Passando por Itaperuna, conseguimos cruzar o centro que tinha ficado inundado poucos dias antes.
Mas, para onde olhávamos ainda havia ruas cobertas de lama e algumas até cheias de água.
Os moradores já se acostumaram com isso, mas ainda assim é triste ver tantos prejuízos.
Depois de acompanhar pelos noticiários, vimos de perto os estragos e o que sobrou das casas alagadas.

Com a cratera aberta em Campos, tivemos que usar um caminho alternativo, passando por Bom Jesus do Itabapoana.
Um trajeto mais longo, mas que valeu a pena.
A paisagem é linda e passamos por alguns lugarejos que parecem tirados de fotos antigas.
Pessoas tranquilas, que viram o tempo passar e continuaram vivendo como os pais viviam.
Registro obrigatório!

Ficamos uma semana na casa da minha sogra, em Sossego, praia de São Francisco do Itabapoana.
Tudo bem que os dois primeiros dias foram de chuvisco e tempo fechado.
Mas até que deu para curtir a praia.
Aproveitamos um dia para matar as saudades da Lagoa do Siri, no Espírito Santo.
Adoramos!

Na volta para casa, mais chuva!
Eu, Robson e Paula deixamos a Olívia sendo paparicada pela minha mãe em Três Rios e fomos visitar os museus de Petrópolis.
Na véspera, muito sol; no dia, tempo fechado de novo!
Passeamos bastante, de olho nas nuvens carregadas.

De volta a Três Rios, vimos as nuvens negras se aglomerando e enfrentamos um temporal na BR 040.
Quem pretendia passar pela BR 116, rumo a Sapucaia deve ter tido mais problemas, já que a chuva foi naquela direção.
O tempo melhorou, mas as quedas de barreira estavam de novo no nosso caminho.

Nesse restinho de férias, depois de cada passeio fomos recebidos com chuva em Juiz de Fora.
A previsão de que este verão seria mais "molhado" do que nos últimos cinco anos parece estar se confirmando.
Já sei o que nos espera nesse retorno: estragos e sofrimento.
Segundo a Defesa Civil, de sexta-feira, 27 de janeiro, até hoje foram 79 registros de problemas.

A maioria dos casos foi de escorregamento de terra.
Mas, fontes nossas ligaram durante a noite para avisar que a BR 267 foi interditada no bairro Jardim Esperança, porque a pista ficou inundada.
No Parque Guarani, a laje de uma casa desabou e o imóvel foi interditado pela Defesa Civil.
E hoje o tempo fechou de novo!