Hoje pela manhã, os policiais militares de várias companhias de Juiz de Fora foram alertados pelo Copom para ter atenção dobrada com uma carreta que estava circulando pela cidade e que era rastreada por uma seguradora.
O veículo foi roubado e estava carregado com sacas de café.
A abordagem foi feita na zona norte da cidade.
O motorista que estava na carreta foi preso em flagrante.

Perguntei como um motorista experiente aceitava transportar uma carga cara como a de café sem nota fiscal e ele desconversou, dizendo que ela estava com o amigo que pediu que ele levasse o carregamento para o sul do estado.
A história não convenceu os pms e ele foi mantido preso no 27º BPM enquanto o caso era apurado.

A história é meio confusa.
A primeira informação é de que a carreta e o cavalo eram de uma transportadora do Espírito Santo e faziam o transporte do café.

O cavalo da transportadora foi acoplado a um baú e ficou circulando no sentido contrário, para despistar o rastreamento da seguradora.
Eles não contavam com o imprevisto: a carga também era monitorada pelo satélite.

Os pms de Sapucaia vieram na rota passada pela empresa, sempre em contato telefônico com a empresa dona da carga e a seguradora.
Eles pediram apoio à PM de Minas e o trabalho em conjunto deu certo.
O suspeito preso contou que ia encontrar com um amigo num posto na BR 040, na Zona Norte de Juiz de Fora.

Foi levantada a hipótese de a quadrilha estar usando a carreta para um carregamento duplo: a carga de café que é cara e drogas.
É comum usar o cheiro forte do café para camuflar drogas.
Foi pedido apoio a uma equipe do canil da PM.

O difícil foi chegar a uma conclusão sobre como colocar o cão no alto da carreta.
O animal pesa uns 40 quilos e ele teria que ser içado a uns 10 metros.

Não deu certo, porque o policial de quatro patas ficou nervoso com a escada balançando muito.
Para evitar acidentes, a estratégia foi abandonada e um monte de gente foi cercando a carreta com palpites para ajudar o Eron a subir.

Foi lento e tenso, mas deu certo.
Ele subiu seguro e sem morder ninguém no trajeto.
No alto da carreta, o Eron e os dois policiais do canil reviraram a carga e observaram as sacas em busca de algum vestígio de drogas.

Quando saímos do Batalhão, o carregamento ainda ia passar por vistoria das Receitas Federal e Estadual.
Com certeza também foi feita perícia na carga.
O restante da quadrilha está sendo procurado.