Por Michele Pacheco
Quatro amigos seguiam pela BR 267 em busca de um sonho.
Cheios de planos, de desejos e de esperança.
Unidos pela vontade de ser alguém na vida.
Mas, restaram apenas lembranças.
Os quatro morreram no meio do caminho.
O motorista contou ao Evandro Medeiros e ao Robson que seguia para o Sul de Minas, quando viu o carro vindo desgovernado no sentido contrário.
Disse ainda que foi tão rápido que nem ele nem o motorista de caminhão que vinha logo atrás conseguiram evitar a batida.
O carro, mais frágil do que a carreta, ficou destruído e os quatro ocupantes morreram presos às ferragens.
O acidente foi em Penido, distrito de Juiz de Fora.
A estrada ficou fechada até a retirada dos veículos.
Equipes dos bombeiros foram deslocadas para o local.
Eram a motorista Neuzilaine Alves Silva, de 23 anos, Jéssica da Silva Gomes, de 18. Anselmo Manoel de Moura, de 37, e um quarto homem, que não tinha sido identificado enquanto a equipe fazia a cobertura.
Duro imaginar a dor das famílias.
Nem gosto de pensar no sofrimento de ver um filho sair de casa disposto a construir um caminho para o futuro e receber de volta um corpo num caixão.
Até quando o trânsito vai continuar destruindo lares?
Não sei a causa desse acidente.
Na maioria dos casos registrados pela Polícia Rodoviária Federal,
Não sabemos se foi o caso.
Independentemente da causa, as autoridades têm tido dificuldades nas tentativas de reduzir as estatísticas.
A Lei Seca foi apontada como salvadora da Pátria.
Mas, quando vemos até delegado bêbado causando acidente
e se recusando a fazer teste do bafômetro, a gente se pergunta até que ponto ela realmente funciona.
Todas as estratégias são necessárias.
Quem sabe um dia, seja possível ir para a estrada sem medo e sem insegurança?