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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 22 de março de 2016

Conselho Tutelar denuncia vandalismo na presença de crianças

Por Michele Pacheco e Robson Rocha

O Conselho Tutelar Centro Norte recebeu denúncias de prática de vandalismo dentro do Cesporte, com a presença de crianças. As imagens mostram adultos num dos corredores do prédio onde funciona a Secretaria de Esportes de Juiz de Fora. Eles se dividem entre tentar arrombar portas e fazer barreiras humanas para impedir que a ação criminosa seja flagrada por alguém.

Mas, o tempo todo estão bem diante de uma câmera de segurança que registra tudo. Inclusive a presença de crianças e até de um bebê. Eles acompanham a movimentação de perto. Um dos homens vai até à câmera e tenta mudar o ângulo do equipamento. Mas, ele continua gravando e mostra os chutes dados numa porta, na tentativa de arrombar uma das salas.

Segundo o Conselho Tutelar, funcionários da Secretaria de Esportes informaram que as pessoas que aparecem nos vídeos são famílias que foram retiradas do loteamento Novo Triunfo II e abrigadas temporariamente no Cesporte.

Nossa equipe teve oportunidade de fazer algumas matérias no período das invasões. Pessoalmente acho que invadir o que é do outro é crime. Mas, também entendo que há falhas graves nos programas habitacionais do município. Aquelas pessoas viviam em áreas de risco e aguardavam ser beneficiadas com uma moradia segura, como os vizinhos foram. Todas tiveram os barracos onde viviam demolidos pela Defesa Civil por oferecer riscos à vida. Só que uns ganharam morada nova e outros não. A Emcasa alegou que alguns pretendentes a casas não tinham documentos suficientes para participar do processo de seleção. Um caso em especial chamou nossa atenção. Um mulher de 90 anos não foi beneficiada. Reconhecemos a senhora como sendo moradora de uma ocupação irregular na BR 040. O barraco dela foi destruído pelo fogo, queimando todos os documentos e o filho que vivia com ela. Ele morreu e a mãe ficou apenas com os registros da PM e dos Bombeiros da fatalidade. Mesmo assim, não conseguiu a casa, sob alegação de que sem os documentos era impossível. Conto toda essa história, porque as pessoas denunciadas por vandalismo justificam ter praticado os atos ilegais por revolta diante da situação que consideram injusta. Mesmo que tenha havido irregularidades por parte do município, será que um erro justifica o outro? Esta é uma das perguntas que o conselheiro faz no vídeo abaixo.