Por Robson Rocha
Hoje pela manhã, fomos para a Br 040, em Santos Dumont, onde um acidente grave tinha ocorrido e os bombeiros estavam indo para o local.
Segundo as primeiras informações, um caminhão carregado de gás de cozinha tinha tombado e não havia mais nenhum dado.
Chegamos ao local e a cena assustava, pois a gente ainda não sabia se havia algum vazamento.
Mas, os bombeiros já estavam vistoriando o veículo e, segundo o sargento Éden do Nascimento, não havia gás vazando e a estrutura cilíndrica da carreta não tinha nenhuma fissura.
Mesmo assim, os bombeiros continuaram monitorando a carreta e conferindo, a todo o momento, se não havia algum tipo de vazamento.
Bombeiros e policiais rodoviários federais reforçaram a sinalização na estrada.
O motorista da carreta, que não teve nenhum ferimento, já tinha feito uma sinalização com galhos na estrada. Mas, como sempre, alguns motoristas não respeitaram a sinalização e passaram por cima dos galhos, tirando-os do lugar.
Falando do motorista, ele seguiu à risca as normas de segurança no caso de acidentes com combustíveis.
Ele nos explicou que na hora do acidente, ele ouviu um estalo, a carreta se soltou e quando ele olhou para o lado, a carreta estava ultrapassando o cavalinho. Cavalinho é a parte em que fica a cabine do caminhão.
Quando o veiculo parou, segundo ele, agradeceu muito a Deus por não ter acontecido algo mais grave e que a primeira coisa em que pensou foi na mulher, grávida de seis meses.
A preocupação era com a carga, afinal, ele estava transportando uma carga de GLP, suficiente para encher 1300 botijões e o risco de explosão era grande.
Ele desceu do caminhão, verificou se havia algum vazamento, sinalizou a via, isolou o local e ligou para os bombeiros, policia rodoviária federal e para a empresa. Exatamente como foi feito no treinamento que acompanhamos do pessoal da Coopetrans, um tempo atrás.
A peça que se quebrou é o pino rei.
É ele que segura a carreta no cavalinho.
A sorte, também, foi que o acidente aconteceu na única parte duplicada daquele trecho e a carreta caiu em um buraco e não passou para a outra pista.
Se isso tivesse acontecido, provavelmente a carreta explodiria e ainda poderia ter atingido um outro veículo.
A cabine do caminhão foi retirada da estrada e a carreta ainda ficaria ali por mais umas quatro horas. Tempo para a chegada do equipamento para fazer o transbordo da carga para uma outra carreta. Segundo o Tenente Kleber Castro, dos Bombeiros, mesmo depois de retirado o gás, seriam tomadas medidas de segurança para evitar que o produto que restasse no tanque se inflamasse. Eles iriam usar um jato de água que simula uma chuva em gotas. Assim, a água ocuparia o espaço evitando que o oxigênio entrasse e causasse problemas.
Fomos embora e os bombeiros continuaram no local.
Isso, pois segundo eles, o momento mais perigoso seria o transbordo da carga, onde o risco de vazamento e algum atrito poderia causar um incêndio e que o resíduo que fica depois de retirado o GLP é altamente explosivo.