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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PM prende foragido da Polícia Federal e dono de bazuca

Por Michele Pacheco

Em setembro, Juiz de Fora ficou chocada com a notícia de que a Polícia Militar tinha apreendido uma bazuca enterrada numa casa do bairro São Bernardo e que a arma pertenceria a traficantes.
Afinal, uma cidade relativamente calma fica em alerta ao saber que os bandidos estão se armando com lança-foguetes de uso restrito das Forças Armadas.
Os pms estavam à procura do dono do armamento, que não foi localizado no dia da apreensão.

Hoje, ele não teve a mesma sorte.
Os policiais do Tático Móvel da 70a Cia. faziam patrulhamento pelo bairro São Bernardo e notaram um homem em atitude suspeita saindo de uma casa.
Ele foi abordado e os pms encontraram algumas pedras de crack.
O suspeito contou que comprou a droga na casa.

Os policiais deram buscas no local e encontraram mais droga.
Dois homens foram presos.
Um deles, o dono da casa, era foragido da Polícia Militar.
Marcelo Souza Segundo foi preso em novembro do ano passado, durante a Operação Metralhas da Polícia Federal.
Ele seria um dos integrantes de uma quadrilha comandada por três irmãos que dominavam o tráfico em várias regiões de Juiz de Fora.

Os presos na Operação Metralhas conseguiram um Habeas Corpus no carnaval e deixaram a cadeia.
Pouco depois, foram liberados os pedidos de prisão preventiva para todos.
É claro que eles já tinham sumido da cidade e não foram localizados.
Até hoje.
Segundo a Polícia Militar, o suspeito preso no São Bernardo confessou trabalhar com tráfico de drogas.

Na época da apreensão da bazuca, o nome do Marcelo foi citado.
Ele teria dado à dona da casa 400 reais para ela esconder a arma e a cocaína.
O lança-foguetes estava enterrado no quintal, debaixo de uma escada.
E a cocaína estava enterrada num canil.
A mulher presa agia como "guarda-roupas" que, na gíria policial, significa a pessoa que guarda drogas e armas para bandidos.
Em geral, são escolhidas para o serviço pessoas que não tenham antecedentes criminais e não chamem a atenção da polícia.

Na prisão de hoje, um detalhe chamou a atenção dos policiais militares.
Eles agiram rápido, assim que deram buscas no suspeito que saía da casa e acharam o crack.
Eles comunicaram ao Copom que fariam um averiguação de suspeita de tráfico e foram para a casa.
Desceram a escada e encontraram uma porta com uma mensagem religiosa.

Mas, parece que os moradores não confiaram apenas na proteção divina.
Eles também capricharam no reforço da porta.
Três trancas fortes foram instaladas.
Se os pms tivessem demorado, encontrariam a porta trancada e não teriam conseguido o flagrante de tráfico.
O sistema de segurança parece arcaico, mas funciona.
Com as trancas fechadas, a porta nem mexe.
Se alguém tentasse arrombar, com certeza teria sérios problemas.

Mas, hoje não era o dia do Marcelo.
Ele foi preso por estar foragido e ainda estava com 100g de crack, 100g de cocaína, 7 bisnagas de lidocaína (produto usado no refino da cocaína) e 412 reais em dinheiro.
O material reforça a denúncia de tráfico de drogas.
Na delegacia, ele foi ouvido.
O delegado de plantão disse que, diante do mandado de prisão em aberto e das evidências, o suspeito teria a prisão confirmada e seria enviado ao Ceresp.
Quando saímos da delegacia, ainda não havia confirmação da prisão dos outros dois suspeitos.

Taxistas e prefeitura de Juiz de Fora assinam Termo de Ajustamento de Conduta

Por Michele Pacheco

A polêmica com os taxistas começou no governo passado.
O então prefeito José Eduardo Araújo determinou as mudanças que deveriam ser feitas e houve resistência por parte dos taxistas.
O Ministério Público entrou na discussão e propôs um TAC, Termo de Ajustamento de Conduta.
Foi pedido um estudo sobre o serviço de táxis na cidade.
O trabalho foi feito pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
E o resultado foi que 75% dos entrevistados gostam do serviço, mas a maioria reclama do número insuficiente de veículos.

A pesquisa ajudou a nortear as propostas do TAC.
Hoje, a cidade tem 433 táxis.
Vão ser liberadas mais 45 permissões.
O número foi calculado a partir da média entre a proposta de 100 veículos novos feita pela prefeitura e a contra-proposta da categoria.
Nessa tarde, representantes dos taxistas e da Secretaria de Transporte e Trânsito se reuniram na Promotoria de Defesa do Consumidor para assinar o documento.

A imprensa estava toda lá.
Enquanto a reunião não começava, colocamos os assuntos em dia.
Quando começou, cada um tratou de fazer o melhor possível.
Apesar da sala ser bem maior do que as de outros promotores, o espaço ficou pequeno para tanta gente.
O pessoal de imagem foi se revezando nos locais melhores para gravar a reunião.
Os cinegrafistas e fotógrafos trabalharam em harmonia, sem atrapalhar o serviço uns dos outros.

Depois de discutirem os artigos do TAC, os representantes dos taxistas fizeram alguns comentários, o secretário de Transporte também se manifestou e todos assinaram o documento.
Assim, foi encerrada a polêmica e dado o primeiro passo para melhorar ainda mais o serviço de táxis na cidade.
A prefeitura deve abrir em breve a licitação para os 45 novos permissionários.

Os que já estão atuando têm um ano para se adequarem às mudanças exigidas no TAC.
A secretaria de Transportes deve aumentar a fiscalização e garantir que as determinações sejam cumpridas.
Caso contrário, vai pagar multa de mil reais por artigo descumprido.
Os taxistas que não cumprirem as determinações vão passar por processo administrativo e podem perder a permissão.

Entre as mudanças, fica definido que os táxis têm que ter obrigatoriamente potência mínima de 65 cavalos e capacidade do porta-malas a partir de 260 litros.
Além disso, só serão aceitos veículos com quatro portas e os taxistas vão ter que trabalhar uniformizados.
O prazo de validade da frota é de oito anos a partir da data de fabricação do carro.
O objetivo do Ministério Público ao propor o TAC é garantir a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos consumidores que moram ou passam por Juiz de Fora.