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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Chuva e vendaval causam destruição em Rio Pomba

Por Michele Pacheco
 
Os 13 mil moradores de Rio Pomba acordaram hoje com um susto e tanto.
Um vendaval seguido de chuva causou muitos estragos no centro e em alguns bairros.
Passamos a tarde por lá, acompanhando o trabalho apressado de quem teve o telhado danificado ou arrancado e corria contra o tempo com medo de outra chuva forte piorar a situação.

Num rua do centro, a cobertura metálica de um prédio de cinco andares foi arrancada pela força do vento. 
Os moradores acordaram com o estrondo e com água entrando nos apartamentos.
Sem a proteção no terraço, o aguaceiro desceu pelas escadas e passou por baixo das portas.
A imagem do alto era surpreendente.

A armação metálica foi arrancada com pilares e tudo.
Nas paredes do terraço sobraram buracos enormes nas paredes e nas muretas.
Mariléia contou que estava em casa com as duas filhas e ficou apavorada.
As crianças choravam muito, o quarto foi inundado e ela achou que o telhado ia cair em cima delas tamanha a força do vendaval.

O prédio vizinho ficou com a cobertura toda retorcida.
Ela não foi arrancada, mas causou prejuízos também.
Algumas janelas estavam com os vidros quebrados.
A rua ficou interditada o dia inteiro.
A estrutura arrancada foi lançada pelo vento em cima da rede elétrica.
Com isso, os moradores passaram a terça-feira sem energia nas casas.

No bairro Industrial, a situação também foi complicada.
Várias cercas tombaram, muros foram destruídos.
Num depósito de sacas de açúcar, a cobertura metálica nos fundos do galpão foi derrubada e retorcida.
O dono da empresa calculou um prejuízo de 500 mil reais.
Ele espera que em três meses consiga reconstruir a estrutura.
Por sorte, o material armazenado não estragou, porque estava longe da área afetada.

Segundo a Defesa Civil, 60 árvores foram arrancadas pela raiz.
Até o final da tarde, já tinham sido registradas 24 casas destelhadas.
Um delas fica no alto de um barranco e corre o risco de desabar.
A dona do barraco de quatro cômodos, a Gilmara, ficou assustada na hora do vendaval.
Ela contou que  as telhas começaram a cair e ela só teve tempo de agarrar os filhos e correr para o banheiro que é o único ponto da casa que tem laje.
O quarto, a sala e a cozinha tiveram todos os móveis destruídos.
Roupas e estofados se molharam e a família não conseguiu salvar nada.

A Polícia Militar foi acionada ainda de madrugada e registrou
8 ocorrências de estragos provocados pela chuva e pelo vento.
Por coincidência, o 3o Pelotão PM também foi destelhado.
As telhas de amianto se partiram, saíram voando e ainda havia muitos cacos espalhados pelas ruas vizinhas no final da tarde.
O pior é que deixamos a cidade debaixo de chuva.
Nem quero pensar no estrago que um temporal vai causar por lá.

Perseguição policial movimenta Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Estávamos seguindo para uma pauta na zona norte da cidade
e decidimos passar pela BR 040, caminho mais tranquilo a partir do local da entrevista anterior.
No meio do trajeto, notamos um movimento estranho de policiais militares na área.
Paramos para ver o que acontecia e descobrimos que era o registro de um roubo.

Cinco adultos e duas crianças estavam numa casa na
Avenida Deusdedith Salgado, perto de várias concessionárias de automóveis.
Por volta de duas da tarde, quatro assaltantes apareceram, renderam todo mundo, agrediram as vítimas e roubaram ferramentas agrícolas e, pasmem, galinhas!
Depois de amedrontar a família, eles fugiram pelo morro por onde chegaram.

O que os bandidos não esperavam era que uma pessoa
de moto passando pelo local notou a movimentação e acelerou para procurar ajuda.
Num trevo próximo, os policiais militares da Companhia de Trânsito montavam uma blitz, segundo o sargento Edmilson Brugger.
Ao avistar os pms, a testemunha parou, alertou sobre o crime e ainda levou os policiais ao local.
Assim que viram a PM chegando, os ladrões mudaram a direção da fuga, se embrenhando numa mata.

Foi pedido reforço policial.
Equipes da Rotam, do Choque e da Companhia Aérea foram deslocados para o bairro Salvaterra e ajudaram na perseguição.
Do alto, os policiais do Pégasus tinham uma visão privilegiada da rota dos assaltantes e indicavam às equipes de terra onde procurar.

Duro foi o Robson equilibrar o peso da câmera
e se virar todo para garantir imagens fechadas do helicóptero sobrevoando o local onde nós estávamos.
Num matéria como essa, a adrenalina corre solta e a gente nem percebe o esforço que faz para acompanhar o ritmo dos policiais, correndo para cima e para baixo.
Claro que depois a gente sente cada músculo do corpo!

Muito bacana ver a empolgação dos policiais durante a captura.
Numa hora dessas, não existe divisão de áreas.
Rotam, Choque, Pégasus, Trânsito e 32a Companhia formavam um grupo único e eficiente.
O resultado foi a abordagem de 7 pessoas.
Elas estavam no alto do pasto que fica acima da mata.

Assim que o helicóptero fez uma manobra estratégica, os sujeitos ficaram à vista.
Os policiais que subiram e desceram barranco na perseguição estavam à postos para abordar os suspeitos.
Eles foram levados pelo pasto até a parte alta do bairro vizinho, onde as viaturas aguardavam para dar apoio.
Dos sete, três admitiram ter participado do roubo.
Um jovem de 18 anos, um adolescente de 16 e outro de 15.

O mais curioso foi ver o garoto de 15 anos chegando
com uma galinha e parando ao lado dos policiais.
Ele viu o movimento abaixo, notou os colegas presos e só então virou para um pm e disse que tinha ido até eles para devolver a galinha que tinha acabado de pegar na casa branca.
Enfim, o ladrão de galinha confesso foi aprendido com os colegas.
Um deles levou os policiais até à casa do quarto assaltante, de 16 anos.

Para completar o serviço bem-feito, os policiais apreenderam um punhal
e drogas na casa de um dos suspeitos e descobriram que um dos adolescentes de 16 anos já cumpriu medidas sócio-educativas no Rio de Janeiro por tráfico de drogas, trabalhava como operador de HT (rádio do tipo que a polícia usa) para uma facção criminosa e estava escondido em Minas depois de matar duas pessoas.
Todos foram levados para a delegacia, junto com as ferramentas recuperadas e a pobre da galinha roubada.