Quem somos

Minha foto
JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

PM estoura laboratório de refino de cocaína em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Estava chegando para trabalhar quando uma fonte me ligou. A polícia militar tinha acabado de estourar outro laboratório de refino de cocaína em Juiz de Fora. Para quem não lembra, a polícia federal estourou um ontem,

num condomínio de luxo às margens da BR 040. Num quiosque de alvenaria na beira da piscina, estavam produtos químicos, material para refino e boa parte dos 90 kg de pasta base, que renderiam em torno de 400kg de cocaína. Foi tudo apreendido. Desta vez, os policiais encontraram a droga num bairro de classe média baixa, na zona leste da cidade.

Quando chegamos ao local, encontramos dois carros da Rotam.

Os policiais ainda estavam recolhendo o material. Numa casa de sete cômodos pequenos abaixo do nível da rua Baependi, no bairro Vitorino Braga, a PM prendeu em flagrante um segurança de 27 anos. Dentro do imóvel, havia poucos móveis e algumas roupas no chão. Só um quarto tinha armário e aparência de habitado. Os policiais suspeitam que o local era usado para preparar a cocaína e distribuir a droga. Eles acreditam que o laboratório mesmo funcione em outro lugar.

Na cozinha, havia em cima da pia produtos químicos, uma bandeja de plástico com divisórias e muito vestígio da cocaína. O botijão de gás estava com um saco quase vazio de um pó branco que seria misturado à pasta base. No chão do cômodo estreito estavam dois papelões esticados, onde os policiais encontraram os sacos com a droga. O laboratório foi estourado depois de uma investigação do serviço de inteligência da 3a Companhia de Missões Especiais.

Foi muito bom voltar a fazer uma matéria de polícia como nos velhos tempos, chegando antes do resto da imprensa e com imagens exclusivas. Por essa e outras, que sempre afirmamos que jornalista sem fonte deve mudar de profissão. Não somos nada sem elas. Alías, somos sim. Somos comuns, medíocres. Ficamos na mesmice e não conseguimos nos destacar. A TV Alterosa está retomando os rumos de jornalismo mais factual, atuante.
E isso é muito bom!

Voltando à apreensão, levamos um susto quando os policiais começaram a colocar no carro o material apreendido. O suspeito tinha em casa um pistola 9mm (uso exclusivo das Forças Armadas), uma pistola calibre 380 e um revólver calibre 38. As duas pistolas estavam com as numerações raspadas. Havia também muita munição dos calibres 9mm e 38. Mas, o que chamou mesmo a atenção de todo mundo foram uma banana de dinamite e uma granada de estilhaçamento. Esta granada tem um alto poder de destruição, já que se transforma em pequenos estilhaços quando explode. Ela é de uso restrito às Forças Armadas e usada em combates.

Além do segurança, um outro homem foi detido pelos policiais. Ele estava no carro do suspeito preso na casa, chegou no endereço onde houve a apreensão e, quando viu a PM, saiu em alta velocidade, sendo detido algumas ruas depois. Ele prestou depoimento e tinha chances de ser liberado. Os dois homens e o material apreendido foram levados para a Delegacia da Polícia Federal. Parabéns aos policiais envolvidos na operação, que mostraram que mais do que apreender algumas buchas de maconha e papelotes de cocaína, a Polícia Militar também se destaca em grandes apreensões. Isso mostra que além da prevenção, a Segurança Pública precisa de uma dose de repressão para funcionar.

Operação Pasárgada - Bejani passará o feriado na cadeia

Do portal UAI com informações de Bertha Maakaroun - Estado de Minas

Parecer de procuradora é contrário à concessão de liberdade provisória ao prefeito de Juiz de Fora.
Pedido ainda será julgado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça

Alberto Bejani está preso na Grande BH há mais de uma semana
A procuradora de Justiça Valéria Gontijo emitiu na quarta-feira parecer contrário ao pedido de concessão da liberdade provisória ao prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani (PTB), apresentado ao Tribunal de Justiça pelo advogado Marcelo Leonardo. Ela considerou que estavam presentes no caso os requisitos para a manutenção da prisão preventiva, como conveniência da instrução criminal e a garantia da ordem pública.
O caso deve ser julgado terça-feira, pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Leia também: MP abre inquérito para apurar origem dos bens de Bejani

Bejani foi preso na semana passada, durante a Operação Pasárgada, da Polícia Federal, desencadeada simultaneamente em Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
Ao cumprir o mandado de busca e apreensão, a PF apreendeu na casa do prefeito, em Juiz de Fora, e em sítio de sua propriedade, cinco armas, inclusive uma pistola 9mm, de uso exclusivo das forças de segurança, além de R$ 1,12 milhão em dinheiro. Dois fatos podem ter embasado o parecer do Ministério Público no sentido da manutenção da prisão cautelar de Bejani. Ao tentar explicar o flagrante com as armas, o prefeito declarou que uma das pistolas apreendidas lhe teria sido doada por um policial civil.
O prefeito também insinuou ter bom relacionamento com setores da segurança pública, abrindo a possibilidade para interpretações dúbias, inclusive, de que poderia tentar influenciar a dinâmica das investigações. O flagrante que se seguiu à prisão do prefeito com o dinheiro e as armas desencadeou manifestações populares em Juiz de Fora, reivindicando o impedimento de Bejani. O Ministério Público entendeu constituir a prisão em flagrante de um agente público, chefe do Executivo da cidade, um elemento de intranqüilidade e descrédito para as instituições.
Fonte: www.uai.com.br