Do portal UAI com informações de Bertha Maakaroun - Estado de Minas
Parecer de procuradora é contrário à concessão de liberdade provisória ao prefeito de Juiz de Fora.
Pedido ainda será julgado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça
Alberto Bejani está preso na Grande BH há mais de uma semana
A procuradora de Justiça Valéria Gontijo emitiu na quarta-feira parecer contrário ao pedido de concessão da liberdade provisória ao prefeito de Juiz de Fora, Alberto Bejani (PTB), apresentado ao Tribunal de Justiça pelo advogado Marcelo Leonardo. Ela considerou que estavam presentes no caso os requisitos para a manutenção da prisão preventiva, como conveniência da instrução criminal e a garantia da ordem pública.
O caso deve ser julgado terça-feira, pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
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Bejani foi preso na semana passada, durante a Operação Pasárgada, da Polícia Federal, desencadeada simultaneamente em Minas Gerais, Bahia e no Distrito Federal.
Ao cumprir o mandado de busca e apreensão, a PF apreendeu na casa do prefeito, em Juiz de Fora, e em sítio de sua propriedade, cinco armas, inclusive uma pistola 9mm, de uso exclusivo das forças de segurança, além de R$ 1,12 milhão em dinheiro. Dois fatos podem ter embasado o parecer do Ministério Público no sentido da manutenção da prisão cautelar de Bejani. Ao tentar explicar o flagrante com as armas, o prefeito declarou que uma das pistolas apreendidas lhe teria sido doada por um policial civil.
O prefeito também insinuou ter bom relacionamento com setores da segurança pública, abrindo a possibilidade para interpretações dúbias, inclusive, de que poderia tentar influenciar a dinâmica das investigações. O flagrante que se seguiu à prisão do prefeito com o dinheiro e as armas desencadeou manifestações populares em Juiz de Fora, reivindicando o impedimento de Bejani. O Ministério Público entendeu constituir a prisão em flagrante de um agente público, chefe do Executivo da cidade, um elemento de intranqüilidade e descrédito para as instituições.
Fonte: www.uai.com.br
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