Por Robson Rocha
Ontem, fomos a Viçosa, a 180Km de Juiz de Fora, para gravar uma matéria sobre um concurso de qualidade do café.
Já saímos de Juiz de Fora atrasadaço e chegamos em Viçosa bem depois do horário marcado.
Seguindo a pauta, fomos direto à sede da Emater, que fica no Campus da Universidade Federal de Viçosa.
Ali encontramos com o Agnaldo Montesso, assessor de imprensa, que foi nosso anjo da guarda.
Agnaldo nos levou até onde estavam sendo feitas as provas do café.
O processo é interessante. 183 produtos se inscreveram no V Concurso de Qualidade do Café da Agricultura Familiar da Regional da Emater em Viçosa.
Já saímos de Juiz de Fora atrasadaço e chegamos em Viçosa bem depois do horário marcado.
Seguindo a pauta, fomos direto à sede da Emater, que fica no Campus da Universidade Federal de Viçosa.
Ali encontramos com o Agnaldo Montesso, assessor de imprensa, que foi nosso anjo da guarda.
Agnaldo nos levou até onde estavam sendo feitas as provas do café.
O processo é interessante. 183 produtos se inscreveram no V Concurso de Qualidade do Café da Agricultura Familiar da Regional da Emater em Viçosa.
Desse total, foram selecionadas 34 amostras finalistas. Os grãos de café são torrados, moídos e misturados com água fervendo.
Cada amostra é dividida em três xícaras.
Daí, um grupo de degustadores de café vai experimentando com uma colherzinha os vários tipos. Os recipientes ficam em uma mesa redonda, eles vão girando a mesa e experimentando o café, sem engolir.
Daí, um grupo de degustadores de café vai experimentando com uma colherzinha os vários tipos. Os recipientes ficam em uma mesa redonda, eles vão girando a mesa e experimentando o café, sem engolir.
Eles colocam na boca, avaliam alguns quesitos e depois cospem. São pessoas com o paladar extremamente apurado, que dão notas classificando o café.
O concurso é dividido em duas partes: 80% da nota são dados pela análise dos degustadores e 20% pela visita feita às propriedades participantes para avaliar a forma de cultivo. O trabalho é sério, mas pra gente que chega pra gravar e tem que observar os detalhes, a coisa fica engraçada. Isso, porque eles não colocam a colher na boca. Eles encostam a colher nos lábios e sugam o café. O som é aquele que todo mundo adorava fazer quando era criança e ia tomar uma sopa chupando o caldo da colher e geralmente levava uma bronca da mãe.
O pessoal da Emater explicou para a Michele como funciona o concurso e como ele ajuda o produtor rural na hora da venda da produção, já que o valor do produto é maior no mercado. Para exportar, os agricultores têm que seguir uma série de recomendações. Não basta colher grãos de qualidade e em boa quantidade. Os estrangeiros levam em conta o impacto causado ao meio-ambiente e aos trabalhadores da lavoura cafeeira. Para conseguir se impor no exterior, os cafeicultores já começam a mudar a forma de cultivo.
O coordenador do Centreinar, Centro Nacional de Treinamento em Armazenagem, da Universidade Federal de Viçosa, explicou que o concurso é muito importante, pois motiva os agricultores familiares a apostar na agro-ecologia. O Técnico da Emater, Gabriel Singulano Filho é membro da Comissão Organizadora e lembrou que o concurso de Viçosa foi pioneiro em Minas, ao levar em conta as condições sociais, ambientais e econômicas dos produtores na hora de escolher os vencedores.
Já o Gerente Regional da Emater em Viçosa, Bernardino Cangussu Guimarães, explicou que as exigências do concurso antecipam uma tendência nacional, inspirada no mercado externo. Assim, os produtores da região já vão se adequando às mudanças que são invitáveis na cafeicultura de exportação. Ele lembra que o café produzido de forma agro-ecológica, levando em conta a qualidade de vida do homem do campo e os cuidados com o meio-ambiente têm mais valor na hora da compra, compensando os esforços dos agricultores em se adaptar.
Gravamos com o pessoal e fomos almoçar.
Depois do rango nosso destino era a cidade de Ervália.
Fomos direto ao escritório da Emater na cidade, de onde o técnico Geraldo Silva nos levaria até uma fazenda produtora de café premiado.
Aguardamos um pouco e pegamos a estrada com a afirmação de que a fazenda era perto.
Acreditou? Eu acreditei, mas era “ali” de mineiro.
O Fiat Uno da Emater ia na frente e nós comendo poeira atrás.
O carro em que a Michele e eu estávamos era alugado e parece que nunca tinha enfrentado uma estrada de chão.
O concurso é dividido em duas partes: 80% da nota são dados pela análise dos degustadores e 20% pela visita feita às propriedades participantes para avaliar a forma de cultivo. O trabalho é sério, mas pra gente que chega pra gravar e tem que observar os detalhes, a coisa fica engraçada. Isso, porque eles não colocam a colher na boca. Eles encostam a colher nos lábios e sugam o café. O som é aquele que todo mundo adorava fazer quando era criança e ia tomar uma sopa chupando o caldo da colher e geralmente levava uma bronca da mãe.
O pessoal da Emater explicou para a Michele como funciona o concurso e como ele ajuda o produtor rural na hora da venda da produção, já que o valor do produto é maior no mercado. Para exportar, os agricultores têm que seguir uma série de recomendações. Não basta colher grãos de qualidade e em boa quantidade. Os estrangeiros levam em conta o impacto causado ao meio-ambiente e aos trabalhadores da lavoura cafeeira. Para conseguir se impor no exterior, os cafeicultores já começam a mudar a forma de cultivo.
O coordenador do Centreinar, Centro Nacional de Treinamento em Armazenagem, da Universidade Federal de Viçosa, explicou que o concurso é muito importante, pois motiva os agricultores familiares a apostar na agro-ecologia. O Técnico da Emater, Gabriel Singulano Filho é membro da Comissão Organizadora e lembrou que o concurso de Viçosa foi pioneiro em Minas, ao levar em conta as condições sociais, ambientais e econômicas dos produtores na hora de escolher os vencedores.
Já o Gerente Regional da Emater em Viçosa, Bernardino Cangussu Guimarães, explicou que as exigências do concurso antecipam uma tendência nacional, inspirada no mercado externo. Assim, os produtores da região já vão se adequando às mudanças que são invitáveis na cafeicultura de exportação. Ele lembra que o café produzido de forma agro-ecológica, levando em conta a qualidade de vida do homem do campo e os cuidados com o meio-ambiente têm mais valor na hora da compra, compensando os esforços dos agricultores em se adaptar.
Gravamos com o pessoal e fomos almoçar.
Depois do rango nosso destino era a cidade de Ervália.
Fomos direto ao escritório da Emater na cidade, de onde o técnico Geraldo Silva nos levaria até uma fazenda produtora de café premiado.
Aguardamos um pouco e pegamos a estrada com a afirmação de que a fazenda era perto.
Acreditou? Eu acreditei, mas era “ali” de mineiro.
O Fiat Uno da Emater ia na frente e nós comendo poeira atrás.
O carro em que a Michele e eu estávamos era alugado e parece que nunca tinha enfrentado uma estrada de chão.
Mas, até que o Prisma agüentou bem o rally.
A estrada estava bem conservada, o que ajudou bastante.
A estrada estava bem conservada, o que ajudou bastante.
O cuidado era com as carroças e charretes que encontramos pelo caminho.
Chegamos na fazenda e, logo de cara, a boa notícia. O cafezal era no alto do morro e o carro não chegava lá.
Fazer o quê? Fomos subir o morro. Além da subida, o sol era um grande aliado do cansaço. A sensação era de que a temperatura estava em uns 40 graus.
A subida foi cansativa e eu já estava chegando à conclusão de que a câmera tinha almoçado, pois ela parecia ter mais uns 4 quilos de peso.
Eu ainda estava preocupado com a Michele, pois ela estava sem lente e sem óculos, ou seja, subindo sem enxergar quase nada.
Mas, enfim chegamos ao alto do morro.
Chegamos na fazenda e, logo de cara, a boa notícia. O cafezal era no alto do morro e o carro não chegava lá.
Fazer o quê? Fomos subir o morro. Além da subida, o sol era um grande aliado do cansaço. A sensação era de que a temperatura estava em uns 40 graus.
A subida foi cansativa e eu já estava chegando à conclusão de que a câmera tinha almoçado, pois ela parecia ter mais uns 4 quilos de peso.
Eu ainda estava preocupado com a Michele, pois ela estava sem lente e sem óculos, ou seja, subindo sem enxergar quase nada.
Mas, enfim chegamos ao alto do morro.
Tentei fazer imagens, mas a câmera parecia estar viva no meu ombro e não parava de balançar.
Isso, porque eu bufafa igual a um burro velho.
Meu coração já estava batendo na garganta.
Parei um pouco, esperei a respiração voltar ao normal e comecei a gravar.
Seu João Batista, dono da fazenda, trabalha há 27 anos com o cultivo do café e aprendeu com o pai.
Parei um pouco, esperei a respiração voltar ao normal e comecei a gravar.
Seu João Batista, dono da fazenda, trabalha há 27 anos com o cultivo do café e aprendeu com o pai.
Segundo ele, antigamente eles se preocupavam em produzir grandes quantidades de café e hoje se preocupam é com a qualidade do produto.
O Jean Carlos Batista tem 24 anos e é filho do Seu João. Jean diz que segue as orientações da Emater e tem uma produção sócio-ecológica.
E, também garante que tem um retorno financeiro melhor que os vizinhos que insistem no cultivo tradicional de café.
O Geraldo, técnico da Emater que nos guiou até a fazenda, aproveitou para dar uma olhada no cafezal e passar algumas orientações para o Seu João e o Jean.
E, ainda me dirigiu nas imagens, me mostrando o que eu deveria gravar.
Ele também nos mostrou que a família do Seu João está plantando árvores que no futuro vão proteger os pés de café do sol e melhorar mais ainda a qualidade do café produzido ali.
Começamos a descer e aí veio o desanimo, a única coisa que dava um ânimo era que a vista era muito bonita.
O Jean Carlos Batista tem 24 anos e é filho do Seu João. Jean diz que segue as orientações da Emater e tem uma produção sócio-ecológica.
E, também garante que tem um retorno financeiro melhor que os vizinhos que insistem no cultivo tradicional de café.
O Geraldo, técnico da Emater que nos guiou até a fazenda, aproveitou para dar uma olhada no cafezal e passar algumas orientações para o Seu João e o Jean.
E, ainda me dirigiu nas imagens, me mostrando o que eu deveria gravar.
Ele também nos mostrou que a família do Seu João está plantando árvores que no futuro vão proteger os pés de café do sol e melhorar mais ainda a qualidade do café produzido ali.
Começamos a descer e aí veio o desanimo, a única coisa que dava um ânimo era que a vista era muito bonita.
Depois de andar metade do caminho tirei essa foto.
Dá pra ver a plantação de café e do outro lado a casa e a tuia.
Aliás, é lá que a família guarda a produção até que o comprador leve.
O Seu João nos levou até a tuia e não conseguia esconder a felicidade, isso porque seu café já foi premiado e todo vendido.
O Seu João nos levou até a tuia e não conseguia esconder a felicidade, isso porque seu café já foi premiado e todo vendido.
Mas, ele guardou um pouquinho e fez questão de nos mostrar esse café premiado no fundo de uma saca.
E, tem que mostrar mesmo, afinal, é fruto do trabalho da família, que é árduo e de sol a sol.
Hora de voltar. Mas antes, tivemos que tomar uma água e um bom suco de beterraba que a Maria, esposa do Seu João, nos ofereceu.
E, tem que mostrar mesmo, afinal, é fruto do trabalho da família, que é árduo e de sol a sol.
Hora de voltar. Mas antes, tivemos que tomar uma água e um bom suco de beterraba que a Maria, esposa do Seu João, nos ofereceu.
Aproveitamos e tiramos uma foto dela com os dois filhos mais novos e a netinha.
A vontade era de ficar mais e conversar um pouco, porém tínhamos que gravar algumas coisas em Ervália antes de voltar a Juiz de Fora.
Pegamos a estrada e dá-lhe poeira. Mas, as paisagens pelo caminho eram lindas.
Pegamos a estrada e dá-lhe poeira. Mas, as paisagens pelo caminho eram lindas.
Apesar da pressa, não resisti em dar uma parada neste local.
Achei diferente, uma capela perdida pelo caminho.
Em volta, havia apenas pasto e gado.
Esqueci de perguntar o nome do local e da capela, mas fiz questão de tirar uma foto pra guardar de recordação.