Por Michele Pacheco
Hoje, madrugamos para viajar a Leopoldina.
O objetivo foi acompanhar uma mega operação das Polícias Civil e Militar na cidade e na região.
Com o tempo ruim, tivemos que ir bem devagar e nos atrasamos um pouco.
Chegando num dos trevos do município, vimos o comboio passando e seguimos parte das viaturas.
Demos sorte e fomos parar numa rua com dois mandados para cumprir em duas casas, no bairro Bela Vista.
Os policiais pularam muros, correram pelas vielas e agiram rápido para pegar de surpresa os suspeitos de tráfico de drogas.
Enquanto alguns entravam, outros garantiam a segurança do lado de fora, para evitar fugas ou tentativas de represália.
Nas casas dos suspeitos, os policiais vasculharam cada local que poderia servir para esconder drogas e armas.
Num dos terrenos, os investigadores e pms tiveram trabalho para driblar uma quantidade enorme de lixo, entulho e mato e dar as buscas num barraco desativado no quintal de uma casa.
Além da demora, havia o risco de se ferirem naquele monte de escombros amontoados.
Duas pessoas foram presas nessa primeira rua.
Encontramos mais movimento numa avenida próxima, no mesmo bairro.
A ação dos policiais chamou a atenção dos moradores no início da manhã.
Todo o material apreendido no cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão e os 19 presos foram levados para a delegacia de Leopoldina.
A movimentação reuniu muita gente na porta da delegacia.
Eram curiosos, policiais, jornalistas e parentes dos presos.
Esse tipo de cobertura é legal para colocar em dia a conversa com os colegas da imprensa.
Encontramos por lá as equipes da Record Minas, da TV Integração e da Band.
O papo
O delegado responsável pela Operação Medelin II comemorava o sucesso do trabalho.
As investigações começaram no ano passado.
Ligações telefônicas interceptadas levaram à apreensão de 3kg de drogas.
A partir dessa ocorrência, os policiais civis fizeram a Operação Medelin I.
Entre os 14 presos em dezembro de 2011, estava um jovem apontado como fornecedor dos traficantes de Leopoldina e cidades vizinhas.
Conhecido como Totó, ele foi preso e, segundo o delegado, está fora de ação.
Mas, para reduzir ainda mais o crime de tráfico, eles voltaram as atenções para os chamados "varejistas".
São os pequenos traficantes, responsáveis por um ou por poucos pontos de venda
Com as 14 prisões de dezembro e as 19 de hoje, a Polícia Civil suspeita que desmembrou o tráfico de drogas na região.
Parabéns a todos os envolvidos pelo excelente trabalho.
É muito bom noticiar casos como esse.
O que todos nós, pagadores de impostos, queremos é que nosso dinheiro seja empregado em áreas importantes, como a segurança.
Mesmo com as comemorações, a polícia civil não pretende abaixar a guarda.
O delegado regional deixou bem claro que o trabalho continua.
A idéia é vigiar de perto os locais onde havia tráfico, para inibir que outros traficantes ocupem as vagas que ficaram ociosas com as prisões.
Podem contar conosco para divulgar os resultados desse empenho.