Fomos ao bairro Vila Esperança II conversar com a família de um adolescente que foi esfaqueado ontem por uma jovem de 18 anos.

Ouvindo os relatos de parentes e moradores, entendemos que eles se sentem acuados, sem acreditar que as autoridades lembram que eles existem.
A avó do adolescente contou que ele saiu de casa com o irmãozinho de 3 anos no colo para comprar um sanduiche para o menino.

Num beco no caminho, testemunhas viram a jovem tentando impedir a passagem dos dois e ameaçando a vítima.
Houve discussão e ela esfaqueou o Joseph.
Ele foi socorrido e levado para o Hospital de Pronto Socorro, onde passou por cirurgia e está em estado grave.

Alguns moradores foram discretos ao nos apontar os "olheiros" do tráfico que nos seguiam por todo lado.
A comunidade já é carente demais e não merecia viver com a sensação de estar numa terra sem lei.

Na minha opinião, é outra vítima.
Idosa, cuida dos bisnetos gêmeos de 4 meses desde que o crime ocorreu e a mãe fugiu do local.
A mulher contou que não sabe o que fazer para evitar as ações da neta.
Bem em frente à casa da suspeita, há uma quadra toda pixada.

O que leva alguém a agir dessa forma, sem medo de ser delatado e ter que responder pelos próprios atos?

Eu e o Robson em momento algum fomos abordados de forma grosseira pelos moradores.
Mas, notamos o ar surpreso ao ver jornalistas andando sem preconceito e escolta policial por áreas perigosas.

Por enquanto, isso tudo está encoberto pelas más ações.