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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mulher grávida é queimada pelo namorado

Por Michele Pacheco

Uma jovem de 18 anos, grávida de 5 meses, foi vítima da violência do próprio companheiro.
Eles moravam juntos, na zona norte de Juiz de Fora, desde que ela ficou grávida.
No início do ano, o rapaz já tinha se mostrado agressivo.
Mas, a namorada achou que era apenas um momento passageiro.
Estava enganada!

Ciumento, o rapaz de 22 anos começou uma discussão com a companheira.
Ainda magoada e chocada com a agressão, ela conta que ele parou de brigar e foi ao carro.
Voltou com um pouco de gasolina, jogou nas pernas dela e pôs fogo.
"Fiquei desesperada!

Usei a mão para apagar o fogo e ficou toda queimada.
Ele me levou ao Hospital de Pronto Socorro, eles me atenderam, fizeram os curativos e eu voltei para casa.
Dois dias depois, consegui ajuda da minha família para sair de lá" revelou a jovem.

Com apoio da família, a vítima procurou a polícia civil e denunciou o agressor.
A Delegacia de Mulher registrou a queixa e vai investigar o caso.
A primeira medida tomada pela delegada foi determinar a transferência da jovem para a Casa Abrigo, para evitar contato com o agressor e ameaças dele.
Lá, ela vai encontrar outras mulheres que fugiram da violência denunciando.

Nos últimos três anos, a Delegacia de Mulheres de Juiz de Fora investigou quase mil casos de violência doméstica.
Em 2009, até março foram 202 registros.
A média é estável, mas o número de medidas de proteção tem aumentado.

Polícia Civil apreende cocaína e prende 4 pessoas

Por Michele Pacheco

Estávamos na delegacia no fim da tarde, quando ouvimos várias sirenes.
Da porta, vimos as viaturas da Polícia Civil passando apressadas e fomos conferir.
Tem dia que é assim!
Quando a gente acha que está acabando e vai descansar, começa a pipocar um monte de matérias.
Hoje, uma foi se misturando à outra e, quando vimos, já estávamos com cinco factuais na mão.
Aí, o jeito foi ligar meio sem graça para a nossa editora e explicar que tínhamos lotado o jornal de amanhã.

Mas, como não registrar?
As coisas foram aparecendo na nossa frente e não teve jeito!
Os policiais civis estavam chegando com droga e presos por tráfico. A operação começou na parte da manhã.

Depois de dois meses de investigações, a equipe do GTO, Grupo Tático Operacional, de Tóxicos recebeu a informação de que uma quadrilha que vende droga em bairros nobres de Juiz de Fora tinha ido buscar entorpecentes numa cidade vizinha.

Três homens foram presos no bairro Retiro, zona sudeste de Juiz de Fora. Eles chegavam de Bicas com 600g de cocaína.
Ao verem que "o barraco caiu", eles levaram os agentes até o fornecedor, na cidade vizinha.
Lá, uma mulher foi presa e os policiais apreenderam duas balanças de precisão e material para embalar a droga.
O marido dela está foragido.

Ao todo, os policiais prenderam quatro pessoas e apreenderam 600g de cocaína, duas balanças de precisão, documentos, material para refinar e embalar a droga, celulares e um carro.
A Polícia Civil tem fechado o cerco ao tráfico e acredita ter tirado de circulação uma quadrilha forte em Juiz de Fora.
Se tiverem prisão confirmada, os homens vão para o Ceresp e a mulher para a Penitenciária Arioswaldo Campos Pires.

Diretora de abrigo indiciada por maus tratos

Por Michele Pacheco

Depois de quatro anos de investigação, a Delegacia de Mulheres de Juiz de Fora concluiu o inquérito sobre denúncias contra a responsável pela administração de um abrigo.
Segundo a delegada, a polícia civil foi acionada pelo Ministério público para apurar maus tratos, exploração sexual de adolescentes, venda de material de doação e fornecimento de bebida alcoólica a crianças e adolescentes.

Sônia Parma revelou que as investigações confirmaram as denúncias.
Foram ouvidos 14 crianças e adolescentes que vivem no abrigo.
Uma interna contou ter perdido a virgindade no local aos 12 anos e ter continuado a manter relações sexuais com funcionários e outros abrigados.
Em outros depoimentos, foi dito que o consumo de álcool era liberado no local.
Hoje, 25 crianças e adolescentes com idades entre 3 e 17 anos estão no abrigo.

A responsável pela administração ficou revoltada com o resultado do inquérito.
Ela negou todas as acusações.
"Para quem eu iria vender o material doado?
Eu ajudo várias outras entidades e muitas famílias carentes.
Antes que os alimentos passem do prazo de validade, eu distribuo.
Nunca vendi nada" desabafou a dirigente que atua há 40 anos abrigando crianças e adolescentes em situação de risco social.
Ela disse ainda que "quanto aos maus tratos, o abrigo é fiscalizado com frequencia e nunca encontraram nenhuma irregularidade.

A própria polícia civil já esteve aqui com peritos várias vezes e viu tudo em ordem."
A dirigente acredita que o preconceito dos vizinhos, num bairro nobre de Juiz de Fora, tenha despertado as denúncias.
"Ninguém quer o abrigo num bairro de classe média alta.
Somos discriminados e várias pessoas já pediram a nossa retirada daqui" desabafou.

Uma cópia do inquérito foi enviada à Promotoria da Infância e da Juventude.
Mas, o promotor afirma que não recebeu o documento.
Ele não fala sobre o caso.
O mesmo ocorre na Vara da Infância e da Juventude.
A Juíza não vai se manifestar, pois não foi comunicada pelo Ministério Público.