Uma família da zona norte de Juiz de Fora foi acordada ontem com a notícia de que o filho de 26 anos tinha sido assassinado.

Gilcimar Passos de Almeida tinha dois filhos.
Mas, nem o amor pela família impediu que ele se envolvesse com as drogas.
Segundo o pai, Gilcimar usava crack há 4 anos.

Quando conseguiu a confissão do jovem, tentou ajudar e conseguir a recuperação, mas falhou como ocorre com a maioria dos pais.
Não basta a família cobrar, o dependente químico tem que querer ser ajudado.
Gilson contou que as dívidas do filho com traficantes foram crescendo e aparecendo.

Na noite de terça-feira, o Gilcimar discutiu com o pai e saiu de casa dizendo que era melhor ele voltar num caixão.
Dito e feito.
Ele foi encontrado morto no campo de futebol do bairro Cerâmica, na zona norte de Juiz de Fora.
Uma pedra grande e ensanguentada estava ao lado do corpo e foi a arma do crime.

A Polícia Militar registrou o caso e foi à procura de dois suspeitos sugeridos por pessoas que conheciam a vítima.
Mas, eles não tinham ligação com o crime.
Menos de 24 horas depois do assassinato, a equipe da 3a Delegacia Distrital desvendou o caso.

Os investigadores descobriram que a vítima foi comprar droga numa boca que fica perto do campo, do outro da lado da linha férrea.
Como não havia o produto, ele discutiu com a mulher que, segundo os policiais, era a responsável pela venda.
Os filhos dela, de 20 e 21 anos, decidiram se vingar.
Um adolescente apreendido contou que os dois agrediram o Gilcimar até o campo.

Os jovens estão foragidos e o adolescente foi encaminhado ao Juizado da Infância e da Juventude com um pedido da Polícia Civil para que ele fosse encaminhado para o acautelamento.