Hoje, fizemos uma matéria sobre as reclamações sobre o IPTU.
A chuva do final da tarde me levou a pensar aonde vai o dinheiro que desembolsamos para esse imposto.
Moramos na Avenida Rio Branco, próximo ao antigo trevo do Bom Pastor, e toda vez que chove a avenida fica alagada.
O pessoal do Bahamas São Vicente corre para colocar barreiras para a água.
O IPTU de quem mora por aqui é alto, mas parece que o dinheiro não é suficiente para fazer uma limpeza na rede de águas pluviais.
Ultimamente a falta de limpeza dessa rede causa alagamentos até em áreas do centro da cidade, como na rua Batista de Oliveira.
Quem está trabalhando nas lojas entre as ruas Braz Bernardino e São João tem que parar o que está fazendo e vigiar o nível da água.
Se chove muito forte, há alagamentos em algumas dessas lojas.
Agora, se na região central a coisa não vai bem, imagine em alguns bairros.
O Linhares, por exemplo, parece abandonado.
Aliás, está abandonado!
Toda chuva mais forte, as pessoas começam a ligar relatando alagamentos e pedindo reportagem.
O trecho da Rua Diva Garcia entre o posto policial e a igreja católica do bairro é local de imagem garantida em dia de chuva.
Já o pessoal da rua Itália não sabe mais o que fazer.
Não precisa nem ir ao local pra fazer imagem.
É só usar o arquivo, isso porque a cena é a mesma.
Água e depois lama, muita lama.
Aí, depois do estrago, equipes do Demlurb aparecem para limpar as ruas.
A minha pergunta é: não seria mais fácil fazer dragagem para afundar um pouco o leito do córrego do Yung?
Outro trecho da Diva Garcia, conhecido como curva da Mangueira está com a tubulação entupida há quase um ano e aí, a chuva é sinal de alagamento.
Para piorar, um trecho pouco antes está com os coletores de água tomados por terra e a água escorre pelo barranco e segue para a curva da Mangueira aumentando o alagamento.
O barro toma conta da pista quando a água baixa.
Mas, o morador do Linhares está abandonado.
Posso falar de cadeira, porque minha família é do bairro.
Ah, a Prefeitura fez uma obra lá, próximo ao posto médico.
Local onde, em novembro, as águas do córrego do Yung levou parte de uma casa e também parte da casa de bombas da Cesama.
Mas, a obra foi tão bem feita que bastou chover que a água levou o muro e parte do quintal da casa do Zé Leite, comerciante mais antigo e mais conhecido do bairro.
Além de mal feita, a obra é lenta e até hoje não foi acabada.
Quem sabe estão esperando a enchente das goiabas?
Outro detalhe é que na rua Diva Garcia, logo depois do bairro Três Moinhos tem pedras enormes ameaçando cair desde o inicio de janeiro.
Mas, ela está lá.
Espero que se ela cair, pelo menos não atinja nenhum veículo e nem alguma pessoa.
Outro lugar abandonado é a praça do bairro.
A administração anterior inaugurou e a atual abandonou.
A última vez que passei por lá à noite, não havia nenhuma lâmpada acessa.
É o local ideal para o uso de droga.
Alias, foi naquela região que encontramos o personagem que apareceu na série que fizemos sobre o crack no ano passado.
Mas, se o Linhares está abandonado e os moradores tem que pagar o IPTU mais caro, pior é a situação dos moradores do bairro Santa Teresa.
Eles perderam as casas e, segundo o Sidenílson Alves Ferreira, diretor da Associação de Moradores, vão ter que pagar IPTU.
Os moradores são retirados de suas casas, elas são derrubadas pela prefeitura e vão pagar IPTU?
Pode até estar de acordo com a lei, mas falta no mínimo sensibilidade.
Hoje fizemos uma matéria sobre isso e a assessoria da secretária da Fazenda avisou que ela não iria falar sobre o assunto.
Uma contribuinte desabafou na fila que é absurdo você ter que pagar para depois reclamar.
Segundo ela, antes o governo municipal abria espaço para as dúvidas e reclamações antes do fim do prazo para pagar o IPTU à vista, com desconto de 20%.
Nessa administração, o desconto caiu para 12% e o prazo se encerrou dois dias antes do início do registro de reclamações.
O que o pessoal comentou foi que se a secretária não fala sobre o assunto com a imprensa, imagine com a coitada da população!
Mas, voltando andando pra casa hoje antes da chuva, registrei essas fotos.
A esquina da Av. Rio Branco com a independência parecia um depósito de lixo.
Pra quem chega à cidade é uma visão não muito agradável.
Cadê a fiscalização?
Cadê o investimento do IPTU.
Isso, fora o lixo acumulado pelas calçadas.
O vendedor de água de coco vende o liquido e larga o lixo a margem da principal via de Juiz de Fora.
Seguindo pela avenida, mais lixo pelas calçadas sujas.
Falta educação da população e fiscalização das autoridades.
Acho que a Câmara deveria elaborar uma lei para multar com valores bem altos quem suja a cidade.
Assim, vamos ter tantos fiscais quanto agentes de trânsito com seus bloquinhos sempre nas mãos.
O que, alias, é um outro tema interessante, mas para uma próxima oportunidade.