Por Michele Pacheco
Os policiais federais investigavam há seis meses seis pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas. Hoje pela manhã, eles foram a uma casa que fica na rua São Luiz, número 477, num condomínio de luxo no Parque Jardim da Serra, às margens da BR 040.
A rua tranqüila tem poucas casas, no estilo granjas, com terrenos grandes, cercas vivas e pouca visibilidade para quem passa pelo lado de fora.
Era o esconderijo perfeito.
Afinal, quem poderia desconfiar de uma base de tráfico de drogas num lugar tão requintado?
Na casa luxuosa, com piscina, campo de futebol e garagem para seis carros, foi preso um suspeito de 32 anos.
A polícia encontrou num quiosque de alvenaria perto da piscina um laboratório de refino de cocaína.
Uma moto Yamaha XT 560 foi apreendida no local. Dentro de uma Parati e de um Golf, estavam vários sacos com pasta base e no laboratório havia mais. Ao todo, foram apreendidos 90 kg de pasta base que renderiam 400 kg de cocaína pura.
No quiosque, eles encontraram também um fogão, uma balança de precisão e vários produtos químicos que seriam usados no refino da droga.
Entre eles, vários saquinhos de ácido bórico, que serviria para fazer render o produto.Tudo foi apreendido.
Os policiais deixaram a casa com o material recolhido e o suspeito preso e seguiram para a delegacia da Polícia Federal.
O comerciante já cumpriu pena por tráfico de drogas em Juiz de Fora e saiu da Penitenciária há pouco tempo.
Segundo o delegado Cláudio Nogueira, ele faria parte de uma quadrilha forte na cidade. Os policiais investigam se a casa estava no nome do preso.
Vários documentos foram encontrados no local da prisão e podem indicar outros bens que pertencem à quadrilha, num indício de lavagem de dinheiro. Se isso for confirmado nas investigações, todos os imóveis devem ser embargados pela justiça.
A Polícia Federal apreendeu também um carregador com munição 9mm, de uso exclusivo das forças armadas e da PF. O suspeito vai responder a processo por porte ilegal de munição e tráfico de drogas. Os policiais apreenderam com ele 66 mil reais em dinheiro. Se for condenado, o comerciante pode pegar de 5 a 15 anos de reclusão, além de multa, segundo o artigo 33, da lei 11.343, de 2006.