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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Seqüestro em Muriaé - Eficiência da PM

Por Robson Rocha

Recebemos várias fotos do cárcere privado em Muriaé e comecei a reparar nas fotos e nas imagens o trabalho da PM.
O Coronel Gilmar Simões de Lima comandou pessoalmente a operação policial. Ele é operacional e competente.
Na rebelião na penitenciaria de Juiz de Fora, ele mostrou que não é coronel à toa. É linha dura e vai pra linha de frente.
Com ele estava um negociador da Polícia Militar que é um velho amigo, o capitão Jeferson Ulisses.

Capitão Ulisses foi comandante do GATE em Juiz de Fora e independente do tipo da ocorrência, nunca o vi agredir ou agir com violência com alguém que tivesse sido detido ou preso.
O cara é grande e forte pra caramba, parece um guarda-roupa de portas abertas. Mas, apesar do tamanho, sempre foi educado no tratamento com qualquer pessoa que fosse presa.

Claro que muitas vezes o tom de voz tinha que ser enérgico.
E isso, parece que é a forma do GATE agir.
São policiais extremamente competentes, preparados para lidar com situações extremas, onde muitas vezes é necessário o uso da força, mas não são policiais violentos.

Nas fotos, dá pra ver o capitão Ulisses conversando com o seqüestrador, enquanto o Grupo de Ações Táticas Especiais segue em direção ao Luciano, que está com as mãos sobre a cabeça.
Apesar de o primeiro policial estar para dar uma revista no Luciano, o segundo PM está pronto para defender o grupo em caso de uma reação do bandido.

E, pelo menos um atirador de elite está com o Luciano na mira.
Isso porque temos que lembrar, que quando o capitão Ulisses tentava uma rendição, ele foi alvejado pelo bandido.
As marcas dos tiros ficaram nos vidros do caminhão.
Felizmente, Luciano não acertou nenhum tiro no negociador.
Por isso, os policiais estão preparados para atirar caso ele tenha uma arma escondida e tente reagir.

Quando o bandido é revistado, dá pra notar que não há nenhum tipo de violência contra ele.
O primeiro policial o segura pelas calças e pela mão enquanto o segundo, que dá cobertura, olha se não existe mais nada na cabine do caminhão.
O terceiro policial dá cobertura aos outros dois, enquanto outros policiais estão estrategicamente posicionados.

Nessa outra foto, eles perguntam ao Luciano onde está o armamento e ele mostra o lugar na cabine do caminhão.
Isso, sem nenhum tipo de violência.
Possivelmente, se eu tivesse sido alvejado como foi o negociador, eu teria dado umas porradas no cara.
Porém, esses policiais mostram que estão realmente preparados para essas situações.

Só achei estranho que, no caso do GATE de São Paulo, todos os “erros” foram expostos pela mídia e, no caso do GATE de Minas, ninguém mostrou que não houve nenhum tipo de violência e que toda a negociação deu certo.
Que os reféns saíram vivos e o bandido, apesar de merecer umas bolachas, não sofreu nenhum tipo de violência.

Por isso, parabéns à PM. Desde os policiais da Rotam, que abordaram o veículo, até o comando da operação. É por ações como essa, que a polícia de Minas continua sendo uma das mais respeitadas do país.